Revista + Vida 29 | Saúde Mental

Garantir uma boa saúde mental é essencial para manter a qualidade de vida e lidar com os desafios de uma sociedade em constante renovação. Contudo, o estigma e o preconceito, aliados, por vezes, ao desconhecimento, levam muitas vezes ao adiamento ou mesmo à recusa da procura de cuidados especializados. Saiba o que fazer para cuidar melhor da sua mente.

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Porque não existe saúde sem saúde mental, saiba como a CUF está preparada para diagnosticar e tratar as principais doenças do foro psicológico e psiquiátrico Saúde Mental

Desporto Conheça o caso da jovem cavaleira portuguesa que, após uma lesão grave no joelho, foi tratada com sucesso na CUF

Reportagem Descubra os cuidados de excelência que fazem da Maternidade CUF uma referência nacional

Inclusão Saiba como a CUF tem construído equipas mais fortes e diversas através da aposta na integração de pessoas com deficiência

Febre? Não pergunte à Dra. Internet, pergunte à CUF.

O My CUF responde, a CUF trata. O Avaliador de Sintomas My CUF é uma ferramenta certificada para uso clínico, criada por médicos e suportada por inteligência artificial, que o ajuda a perceber as possíveis causas para os seus sintomas e orienta para os cuidados de saúde mais adequados. Disponível para adultos e crianças gratuitamente, a qualquer hora, 365 dias por ano.

editorial

Não existe saúde sem saúde mental

Começam, na maior parte dos casos, de forma silenciosa. Mas, mesmo quando se tornam audíveis, ainda geram indiferença, por vezes estigma, outras preconceito, sendo muitas vezes desvalorizadas, sobretudo por mero desconhecimento. A pandemia colocou-as ainda mais na ordem do dia, tornando evidente que as doenças e a saúde mental são uma realidade que não pode ser ignorada. E tal como a saúde física se tornou, nos últimos dois anos, cada vez mais central nas nossas vidas, também as doenças do foro psicológico e psiquiátrico são merecedoras de semelhante atenção e resposta. Porque não existe saúde sem saúde mental, como bem refere a Organização Mundial de Saúde. Os números são preocupantes. De acordo com a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM), as patologias mentais e de comportamento representam quase 12% da carga global das doenças em Portugal, ultrapassando até as doenças oncológicas. Dados que alertam para a necessidade de uma resposta determinada a esta realidade e em diferentes níveis. Por um lado, no que diz respeito ao acesso às inovações terapêuticas que, nos dias de hoje, asseguram aos doentes não só o tratamento e o acompanhamento necessários, mas também a manutenção da sua qualidade de vida, algo que no passado era muitas vezes questionado mas que na atualidade sabemos ser perfeitamente compatível. Em benefício das necessidades dos doentes, por outro lado, apostando numa abordagem multidisciplinar a estas doenças, com a articulação da Psicologia e da Psiquiatria com diversas outras especialidades, o que por vezes se torna fundamental para um maior sucesso dos tratamentos. A CUF tem já hoje uma resposta clara para estas necessidades, dispondo, em toda a sua rede, de cuidados especializados na área da saúde mental, seja qual for a idade, contando com mais de 100 psicólogos, 90 psiquiatras e pedopsiquiatras. Apostamos numa abordagem conjunta e integrada das especialidades de Psicologia e Psiquiatria com as equipas de Neurologia, Medicina Interna, Endocrinologia, Oncologia, entre muitas outras, de acordo com as necessidades dos doentes. Privilegiamos a inovação clínica, os tratamentos mais inovadores e contamos com a vasta experiência dos nossos especialistas nesta área.

Rui Diniz Presidente da Comissão Executiva da CUF

E se é verdade que a doença mental é mais comum do que imaginamos – com ou sem pandemia –, é, por isso, fundamental promover a literacia em saúde junto da população, de forma a que estas doenças se tornem cada vez menos silenciosas e possam ser diagnosticadas cada vez mais precocemente. É com esse objetivo que dedicamos esta edição da revista +VIDA à saúde mental, de forma a podermos contribuir para esta missão, dando voz aos especialistas, aqueles que melhor conhecem estas doenças, mas também a corajosos testemunhos de quem viveu e lutou contra estas patologias.

5 Todas as notícias na área da saúde e ainda as novidades da CUF. notícias testemunhos

foco 20 Especial

Saúde mental Garantir uma boa saúde mental é essencial para manter a qualidade de vida e lidar com os desafios de uma sociedade em constante renovação. Saiba como cuidar da sua mente.

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A criadora de conteúdos digitais conta como foi ter a sua filha na Maternidade do Hospital CUF Descobertas. Perfil Alice Trewinnard

saúde 36 Conheça os cuidados de excelência que fazem da Maternidade CUF uma referência nacional. 42 Descubra a Unidade da Família, 44 Saiba mais sobre a unidade que a CUF criou para ajudar a combater a diabetes, uma doença que continua a crescer em Portugal e no mundo. Família Unidade da Diabetes 46 Compreenda as causas, os sinais de alerta e o papel que pais e professores devem um projeto diferenciador da CUF, focado numa prestação ampla e integrada de cuidados de saúde. Família Unidade da Família Reportagem Maternidade CUF Infantil Aprendizagem

conhecimento

54 Descubra o que pode fazer para retardar ou evitar os resultados Conselhos e Dicas Osteoporose

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Histórias Felizes Pedro Correia

Conheça o caso de Pedro Correia, que, depois de diagnosticado com uma apneia do sono, voltou a ter um sono reparador com a ajuda de um dispositivo de avanço mandibular.

de uma das mais comuns doenças do esqueleto.

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Cidadania Empresarial A inclusão como prioridade

56 Conheça a ferramenta digital que o ajudará a esclarecer as suas dúvidas de saúde de forma mais rápida e eficaz. 57 Esclareça as suas dúvidas sobre uma das manifestações mais comuns da doença venosa crónica. Descomplicador Avaliador de Sintomas My CUF Verdades e Mitos Varizes

Saiba porque é que a integração de pessoas com deficiência acrescenta valor às organizações e como a CUF tem vindo a fazer essa aposta, construindo equipas mais fortes e diversas.

Inovação Cardiologia de Intervenção Fique a conhecer um procedimento inédito que levou à substituição de uma válvula cardíaca tricúspide por uma prótese feita à exata medida do coração do doente. assumir perante as dificuldades de aprendizagem das crianças.

A CUF é líder na prestação de cuidados de saúde no setor privado em Portugal, desenvolvendo a sua atividade através de 19 hospitais e clínicas de Norte a Sul do país. Conselho Editorial: Direção de Comunicação da CUF Edição: Adagietto • R. do Centro Cultural, 6A, 1700-107 Lisboa Coordenação: Tiago Matos Redação: Andreia Vieira, Carolina Morais, Fátima Mariano, Rita Penedos Duarte, Sónia Castro, Susana Torrão Coordenação Criativa: Tiago Monte Paginação: Joana Mota, Tetyana Golodynska Fotografia: António Azevedo, António Pedrosa, Luís Filipe Catarino, Miguel Madeira, Miguel Proença, Raquel Wise, Ricardo Lopes, Rodrigo Cabrita (4SEE) e CUF • Imagens: iStock Propriedade: CUF • Av. do Forte, Edifício Suécia, III - 2.º 2790-073 Carnaxide Impressão e acabamento: Lidergraf

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CUF Kids Vem aí um bebé!

Explique aos mais novos o que precisam de saber para se prepararem para a chegada de um irmãozinho ou de uma irmãzinha.

50 Conheça o caso de uma cavaleira portuguesa que, apenas seis meses depois de sofrer uma rutura completa do ligamento Desporto Adriana Chaves

Tiragem: 3.000 exemplares Depósito legal 308443/10 Publicação: Março de 2022 Distribuição gratuita

cruzado anterior do joelho, estava de volta aos treinos.

notícias

CUF CHEGA A LEIRIA A CUF EXPANDE ESTE ANO A SUA REDE NACIONAL DE CUIDADOS COM A CRIAÇÃO DE UMA NOVA UNIDADE DE SAÚDE NA REGIÃO DE LEIRIA.

HOSPITAL CUF LEIRIA • Área com mais de 12 mil metros quadrados • Três pisos de atividade assistencial • Mais de 20 especialidades médico-cirúrgicas • 34 gabinetes de consultas e meios complementares de diagnóstico • Imagiologia de última geração e exames de especialidade • Mais de 30 camas de internamento • Unidade de Cuidados Intermédios • Três salas de Bloco Operatório • Hospital de Dia Médico e Oncológico • Atendimento Médico Não Programado (Adultos e Pediátrico) • 300 lugares de estacionamento 30 camas de internamento, incluindo uma Unidade de Cuidados Intermédios, três salas de Bloco Operatório e 34 gabinetes de consulta, e com equipamentos de diagnóstico e tratamento de última geração que permitirão dar resposta, com qualidade e segurança, até aos casos mais complexos. “O Hospital CUF Leiria é a materialização do projeto de expansão da rede CUF”, refere Rui Diniz, Presidente da Comissão Executiva da CUF. “É um projeto que acreditamos que virá contribuir para o desenvolvimento socioeconómico de uma região que, por si só, já é muito dinâmica e dispõe de recursos humanos muito qualificados. Uma região para a qual trazemos os 76 anos de experiência e conhecimento clínico da rede CUF, que hoje já conta com 19 unidades de saúde e mais de dez mil colaboradores, de Norte a Sul do país.”

Com conclusão prevista para 2025 , o novo Hospital CUF Leiria trará uma oferta clínica diferenciada a uma área de influência de mais de meio milhão de habitantes da região Centro do país. Ficará localizado na Urbanização da Quinta da Malta, onde já a partir deste ano entrará em atividade uma Clínica CUF, para responder às necessidades da população com uma vasta oferta de consultas e exames. Criado em parceria com o grupo local Mekkin, o Hospital CUF Leiria representa um investimento de 50 milhões de euros que levará à criação de mais de 300 postos de trabalho, diretos e indiretos. Com uma área de mais de 12 mil metros quadrados, disponibilizará, entre outros, os serviços de Imagiologia, Atendimento Médico Não Programado (Adultos e Pediátrico) e Hospital de Dia Médico e Oncológico. Contará ainda com mais de

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notícias

SEGUNDA OPINIÃO CUF ONCOLOGIA

COMO SOLICITAR A SEGUNDA OPINIÃO CUF ONCOLOGIA 1.

Saiba mais através deste código QR

• Avaliação dos seus exames de imagem • Avaliação das amostras de Anatomia Patológica • Reunião multidisciplinar para avaliação conjunta dos seus dados clínicos • Consulta com o médico responsável • Relatório de segunda opinião Preencha o formulário disponível no site da CUF ou contacte a linha gratuita da CUF Oncologia (800 100 007). Reúna toda a documentação clínica que evidencia o seu diagnóstico, como exames e relatórios. Quanto mais completa for a documentação, mais rápido será o processo e mais completa será a sua avaliação. Ser-lhe-á atribuído um médico responsável pelo seu processo de avaliação, que compreenderá as seguintes etapas:

Segunda Opinião CUF Oncologia. É este o nome de um novo programa especializado de avaliação médica, lançado pela CUF Oncologia, que se destina a todas as doenças oncológicas e é realizado por uma equipa de peritos composta, entre outros, por oncologistas, cirurgiões, radioncologistas, anatomopatologistas e radiologistas, com o acompanhamento administrativo de um gestor dedicado ao longo do processo. Através deste serviço, os doentes poderão solicitar uma segunda opinião sempre que desejem confirmar um diagnóstico, assegurar o plano terapêutico apresentado por outro especialista, saber como atuar em caso de suspeita de recaída da doença ou perceber se já existem outras opções terapêuticas a um tratamento que estejam a realizar ou que já tenham realizado. Num momento tão difícil e complexo como o do diagnóstico oncológico, a Segunda Opinião CUF Oncologia confere aos doentes toda a segurança de que estes necessitam para poderem tomar uma decisão e avançar com maior confiança para o tratamento.

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CUIDADOS DOMICILIÁRIOS ALARGADOS A SANTARÉM E VISEU

A atividade de Cuidados Domiciliários engloba a prestação de consultas médicas ao domicílio e a prestação de cuidados de enfermagem, havendo apoio clínico, sempre que necessário, nas áreas de Reabilitação, Cuidados a Idosos, Cuidados Paliativos, Cuidados na Patologia Neurológica e Cuidados Pós-Cirúrgicos.

A CUF estendeu ao Hospital CUF Santarém e ao Hospital CUF Viseu os seus serviços de Cuidados Domiciliários já existentes nos hospitais da Grande Lisboa e Grande Porto. A disponibilização destes serviços leva em conta a preferência dos doentes pelos cuidados de proximidade, a tendência de envelhecimento da população com doenças crónicas associadas e as necessidades específicas impostas pela pandemia da COVID-19. Os Cuidados Domiciliários estão disponíveis todos os dias do ano e contam com uma equipa de profissionais dedicada, com uma vasta experiência e competências diferenciadas, sempre em articulação com o médico assistente e respetivos recursos existentes nas unidades.

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TÉCNICA PIONEIRA NO DIAGNÓSTICO DO CANCRO DA PRÓSTATA

O Hospital CUF Tejo é pioneiro , em Portugal, no desenvolvimento de uma técnica inovadora de diagnóstico de cancro da próstata: a biópsia da próstata por via transperineal, ou seja, através da pele do períneo, sob anestesia local. Atualmente recomendada como padrão nas guidelines internacionais de Urologia, esta abordagem tem a vantagem de evitar complicações infeciosas graves e o risco de hemorragia retal. Garante ainda uma maior precisão no diagnóstico, o que a torna uma melhor alternativa quando comparada com a abordagem transretal clássica. Paulo Jorge Dinis, Urologista no Hospital CUF Tejo, explica que “a biópsia da próstata por via transperineal sob anestesia local é uma técnica minimamente invasiva que fornece aos homens uma via mais segura para a biópsia”. Outra vantagem, de acordo com o Urologista, é a precisão: “A capacidade de precisão conseguida através da biópsia da próstata por via transperineal evidencia uma melhoria significativa na taxa de deteção de cancro, já registada em vários estudos.”

O Hospital CUF Tejo terminou o ano de 2021 distinguido com três prémios internacionais e um prémio nacional na área do design . Em causa o seu projeto de Ambiente e Sinalética, desenvolvido pela agência P06 Atelier e agora reconhecido ao mais alto nível, que tem como principais objetivos proporcionar uma maior segurança e uma melhor experiência aos doentes HOSPITAL CUF TEJO MULTIPREMIADO

24 HORAS POR DIA

PRÉMIOS CONQUISTADOS EM 2021

O Atendimento Permanente do Hospital CUF Descobertas , disponível para adultos e crianças, está agora disponível 24 horas por dia. A medida foi tomada com o objetivo de robustecer a oferta clínica desta unidade hospitalar e, em simultâneo, melhorar a sua capacidade de resposta e a experiência dos doentes. No site da CUF é possível consultar, em tempo real, os tempos de espera, bem como outras informações sobre este serviço nos hospitais e clínicas CUF.

Red Dot Design Award European Design Award German Design Award Festival Clube de Criativos de Portugal: Bronze

durante a sua permanência e deslocação neste hospital.

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notícias

PARCERIA EM FORMAÇÃO MÉDICA

CENTRO DE SIMULAÇÃO DA CUF ACADEMIC CENTER

O Centro de Simulação da CUF Academic Center e o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) estabeleceram um protocolo para a organização de programas de formação específica pós-graduada. O objetivo é promover ações de formação baseadas em simulação com um elevado nível de diferenciação. “Este protocolo, celebrado com base no interesse recíproco das duas instituições em desenvolver ações que contribuam para a partilha de conhecimento e ações de formação de Medicina Intensiva, prevê a realização regular de formações teórico-práticas base, com recurso a equipamentos de simulação de elevada componente tecnológica, com complemento de formação em Ginásio de Simulação”, explica Paulo Freitas, Diretor do Serviço de Medicina Intensiva do HFF. “Com esta parceria, podemos proporcionar aos nossos internos de Medicina Intensiva formação específica em Broncofibroscopia, o que será certamente uma mais-valia para uma resposta mais eficiente às necessidades específicas da nossa população.” O modelo pedagógico do Centro de Simulação da CUF Academic Center, localizado no Hospital CUF Tejo, assenta numa vertente inovadora que permite que os profissionais de saúde realizem horas de treino suplementar, baseadas em simulação, com vista a “alcançar proficiência e segurança na execução de técnicas e procedimentos específicos”, refere Pedro Garcia, Diretor Clínico do Centro de Simulação da CUF Academic Center. O modelo permite ainda “uma curva de aprendizagem progressiva até à obtenção de proficiência técnica em Broncofibroscopia, com recurso a equipamentos que, além de possuírem uma elevada componente tecnológica, simulam cenários reais de uma Unidade de Cuidados Intensivos”. Até ao final de 2022, estão previstas cinco ações de formação resultantes do protocolo agora estabelecido. O arranque está anunciado para o mês de março.

SERVIÇO DE MEDICINA INTENSIVA DO HOSPITAL PROFESSOR DOUTOR FERNANDO FONSECA Um dos maiores Serviços de Cuidados Intensivos da região de Lisboa, com 35 camas divididas em quatro Unidades, abrangendo uma população de 550 mil habitantes. Participa no ensino pré-graduado, por acordo com a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, e também no ensino pós-graduado, na formação de especialistas em Medicina Intensiva. Durante a resposta à pandemia da COVID-19, este serviço aumentou a capacidade para 42 camas de nível 3 e 10 camas não COVID-19. Desenvolvido em parceria com a NOVA Medical School, com o objetivo de reforçar a capacidade formativa em saúde da CUF. Preparado para dar resposta às necessidades formativas de todas as áreas assistenciais, médicas e cirúrgicas, e para desenvolver programas adequados aos diferentes níveis de experiência e especialização dos profissionais de saúde. Composto por um corpo docente de excelência, equipamentos de elevada especialização tecnológica e um Ginásio de Simulação, conceito inovador que permite aos profissionais de saúde a realização de horas de treino suplementar baseado em simulação, acompanhados pelo seu formador ou personal trainer.

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JOINT COMMISSION INTERNATIONAL O Hospital CUF Porto obteve, pela segunda vez consecutiva, a acreditação pela Joint Commission International (JCI), a mais prestigiada entidade acreditadora independente ao nível mundial. Para a obtenção desta distinção, o Hospital CUF Porto foi submetido a uma rigorosa avaliação, por parte de auditores internacionais, na qual foram analisados e validados mais de mil parâmetros, de modo a garantir que são obedecidos os mais elevados padrões de qualidade e segurança em todas as áreas de prestação de cuidados clínicos e desenvolvidas as melhores práticas de gestão. A obtenção desta acreditação, recebida pela primeira vez em 2018, comprova, uma vez mais, o compromisso do Hospital CUF Porto com a qualidade e segurança dos cuidados prestados aos doentes, em linha com as melhores práticas internacionais. SOCIEDADE EUROPEIA DE ONCOLOGIA MÉDICA A Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital CUF Porto voltou a ser acreditada pela Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO), uma das instituições médicas mais importantes na área da Oncologia. O Hospital CUF Porto renovou a acreditação obtida em 2018, continuando, por isso, a fazer parte dos “ESMO Designated Centres” como Centro Integrado de Oncologia e Cuidados Paliativos, a mais relevante e prestigiante distinção ao nível europeu nesta área de cuidados. A reacreditação assenta na avaliação de práticas clínicas de qualidade e no reconhecimento de que muitos doentes oncológicos beneficiam de uma intervenção precoce de cuidados paliativos ao longo da sua doença e não apenas nos últimos dias de vida. É mais um reconhecimento do compromisso permanente desta unidade com a prática clínica e a humanização dos seus cuidados médicos. REACREDITAÇÕES INTERNACIONAIS NO PORTO

PLANO +CUF EMPRESAS

ADIRA AO PLANO +CUF EMPRESAS ATRAVÉS DE...

CUF.pt

Linha telefónica 210 025 192

Um ano e meio após o lançamento do Plano +CUF para clientes individuais, também as empresas já podem aderir a uma solução especialmente pensada para elas, que permite assegurar um maior apoio à saúde dos colaboradores e reforçar a responsabilidade social corporativa. À semelhança do plano para clientes individuais, o Plano +CUF Empresas é um plano de saúde completo, com consultas pré-incluídas no valor da mensalidade, que permite aceder a todos os hospitais e clínicas da rede CUF a preços especiais, sem limite de idade, sem exclusão de doenças pré-existentes e sem qualquer período de carência.

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testemunhos

PERFIL

“Sabia que ia estar em boas mãos” Alice Trewinnard

10 | +vida BI Nasceu a 9 de junho de 1990, em Lisboa É formada em Dietética e Nutrição

Trabalha como criadora de

Em 2015, publicou o livro

conteúdos digitais, na área da beleza, e é seguida por milhares de pessoas nas várias redes sociais

Alice no Mundo das Tranças e dos Penteados

Foi na Maternidade do Hospital CUF Descobertas que a criadora de conteúdos digitais Alice Trewinnard teve, em maio de 2021, a sua primeira filha. Em entrevista à +VIDA , revela como correu a experiência. Foi mãe pela primeira vez em maio de 2021. O que a levou a escolher a CUF para o nascimento da Vera? Já era acompanhada pelo meu ginecologista/obstetra na CUF, por isso fazia sentido não só continuar esse acompanhamento como também escolher a CUF para o nascimento da Vera. Além disso, tenho muitas amigas que já tinham tido os seus filhos na CUF e o feedback sempre foi excelente. Sabia que ia estar em boas mãos. Além do nascimento da sua filha, teve alguma outra passagem marcante pela CUF que possa partilhar? Em 2020, fiz a cirurgia LASIK para tratar a minha miopia. Foi das melhores decisões que tomei na minha vida. Tudo correu lindamente. Superou as expectativas. Desde então, continuo a recomendar não só a própria cirurgia LASIK como também fazerem-na na CUF. No geral, como avalia a forma como correu o acompanhamento da sua gravidez na CUF? Foi ótimo e, acima de tudo, muito profissional e meticuloso, o que nos dá a confiança e segurança de que tanto precisamos nesta fase da nossa vida. É superimportante sentirmos que estamos em boas mãos e que confiamos plenamente na equipa que nos está a acompanhar. Além disso, o meu obstetra sempre se mostrou disponível para qualquer dúvida ou receio que eu tivesse, o que ajudou muito. Sentiu-se segura durante o parto? O acompanhamento em consulta ajudou a que tudo corresse da melhor forma? Senti-me sempre supersegura e, sem dúvida, o acompanhamento foi fundamental para já saber, mais ou menos, o que esperar. Tive a sorte de o meu obstetra ter realizado o parto, porque, dada a imprevisibilidade do dia e hora do parto, nem sempre o médico que nos acompanha pode estar disponível. Isso deu-me ainda mais segurança e conforto. A recuperação pós-parto pode ser difícil para muitas mulheres. Depois do nascimento da Vera, adotou alguns cuidados para facilitar esse processo? É verdade, se bem que é uma situação que varia muito de mulher para mulher e consoante o tipo de parto. A minha recuperação da cesariana foi incrível. Acredito que a preparação

física ao longo da gravidez possa ter ajudado, mas sem dúvida que o profissionalismo e expertise do meu obstetra na realização da cesariana foi fundamental para uma ótima recuperação. Além disso, na maternidade promovem logo a recuperação da cesariana, com o apoio de enfermeiras no levante e durante o internamento inteiro. Ao longo da gravidez, recorda-se de alguma dúvida particular que tenha esclarecido com os profissionais da maternidade do Hospital CUF Descobertas? Sim. Durante o internamento, depois de a Vera nascer, as enfermeiras passaram-nos muita informação útil relacionada com o recém-nascido, como a manobra de desengasgamento, as massagens anticólicas e ainda algumas dicas de amamentação que ajudaram nos primeiros tempos. Sentimo-nos sempre bem acompanhados e, acima de tudo, voltámos para casa esclarecidos e com mais confiança. Continua a recorrer à CUF para questões relacionadas com a sua saúde e com a da sua filha? Continuo. Atualmente, a Vera é acompanhada pelo serviço de pediatria da CUF. Temos uma ótima relação com o seu pediatra e estamos supersatisfeitos!

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testemunhos

HISTÓRIAS FELIZES

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Pedro Correia foi diagnosticado com uma síndrome da apneia obstrutiva do sono em 2019. Após a realização de exames, no Centro de Medicina do Sono do Hospital CUF Tejo, foi-lhe prescrito um dispositivo de avanço mandibular que lhe permitiu voltar a ter um sono reparador. “Quase todas as noites acordava com falta de ar”

uma endoscopia do sono (DISE – exame de avaliação da via aérea superior durante o sono induzido com sedação farmacológica) e uma TAC dos seios perinasais e da faringe. “A síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) é caracterizada pela interrupção ou redução da respiração, sucessivamente, por tempo suficiente para interromper o sono, diminuindo temporariamente a quantidade de oxigénio e aumentando a quantidade de dióxido de carbono no sangue. Estas paragens ocorrem, geralmente, porque há um colapso da via aérea superior”, explica Pedro Miguel Cebola, Médico Dentista no Centro de Medicina do Sono do Hospital CUF Tejo. “Há apneias obstrutivas do sono que chegam a durar perto de dois minutos e o doente pode nem sequer chegar a ter perceção disso. Há doentes que são mais sensíveis a estas alterações e que podem despertar. Outros não.” De acordo com o Médico Dentista, os sintomas mais comuns da doença são a roncopatia, a sonolência diurna excessiva e o cansaço anormal ao acordar. Poderão também registar-se falhas de memória ou de concentração, bem como irritabilidade ou alteração do humor. “Outro sinal é a dificuldade de controlar a hipertensão arterial com medicação ou a existência de uma diabetes descontrolada.”

P raticante de diversas modalidades desportivas, às quais se dedica vários dias por semana, e sem qualquer doença identificada até então – tinha, inclusive, deixado de fumar há vários anos –, Pedro Correia estranhou quando, em 2019, começou inesperadamente a sofrer de problemas respiratórios durante o sono. “Quase todas as noites acordava repentinamente com falta de ar. Sentava-me na cama, com o coração a bater muito depressa e parava de respirar”, recorda este técnico comercial de 55 anos, residente em Corroios, no concelho do Seixal. “No dia seguinte, sentia-me sempre cansado. Sentava-me em qualquer lado e adormecia.” Em simultâneo, a sua mulher queixava-se de que ele ressonava muito, o que também interferia com a qualidade do sono dela. Cedo, o trabalho e humor de Pedro Correia começaram a ressentir-se. “Se uma pessoa anda cansada e com sono, a produtividade e a disposição nunca são as mesmas”, afirma. Numa fase inicial, julgou que o cansaço resultava do facto de ter uma vida fisicamente muito ativa e de, por vezes, trabalhar até altas horas da noite. Entretanto, começou a preocupá-lo a possibilidade de vir a sofrer um ataque cardíaco devido às dificuldades de respiração que sentia durante a noite. Decidiu, por isso, procurar ajuda no Centro de Medicina do Sono no Hospital CUF Tejo, onde foi observado por vários especialistas com diferenciação em Medicina do Sono: Susana Sousa (Pneumologista), Cristina Caroça (Otorrinolaringologista), Pedro Cebola (Médico Dentista) e Paula Moleirinho Alves (Fisioterapeuta). Depois de realizar um exame do sono (polissonografia), os médicos concluíram que Pedro Correia sofria de síndrome da apneia obstrutiva do sono, uma doença que afeta sobretudo os homens a partir dos 40 anos e as mulheres após a menopausa. Estima-se que, só em Portugal, cerca de um milhão de pessoas sofram desta doença, que pode ser ligeira, moderada ou grave. Para uma avaliação mais profunda e individualizada, foi também realizada

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LUÍS FILIPE CATARINO (4SEE)

testemunhos

HISTÓRIAS FELIZES

Diagnóstico rápido e tratamento eficaz

As potenciais causas da síndrome da apneia obstrutiva do sono são diversas, sendo uma das mais comuns a obesidade, uma vez que a gordura depositada à volta do perímetro do pescoço faz uma maior compressão no diâmetro da faringe. “Há estudos que indicam que, perdendo 20 quilos quando há um índice de massa corporal superior a 30 kg/m 2 , o índice de apneia-hipopneia (IAH) pode diminuir em 50%. Ou seja, o doente pode passar de uma apneia grave para uma apneia ligeira”, exemplifica Pedro Miguel Cebola. No caso de Pedro Correia, os exames médicos concluíram que a sua condição resultava da existência de um palato mole extenso, o que criava um obstáculo à passagem do ar, provocando-lhe a roncopatia e as apneias obstrutivas do sono. O diagnóstico surpreendeu-o. Embora já tivesse ouvido falar em apneia do sono, associava a doença apenas a pessoas com problemas cardíacos ou obesas. “Felizmente, não tenho nenhum desses problemas. Mas ainda bem que foi isto e não outra doença mais grave”, refere. Na apneia obstrutiva do sono moderada a grave, o tratamento de primeira linha recomendado é conhecido como CPAP. Trata-se de um ventilador de pressão positiva contínua da via aérea que o doente tem de utilizar sempre que dorme, mesmo em sestas breves. Por outro lado, se a apneia for ligeira ou moderada e não existir outra doença associada, poderá ser prescrito um dispositivo de avanço mandibular (DAM). Este é um dispositivo intraoral removível que promove o avanço da mandíbula, língua e/ou outras estruturas de suporte das vias aéreas superiores, ou seja, este dispositivo aumenta o espaço para a passagem do ar ao nível da faringe. Foi a opção terapêutica apresentada a Pedro Correia. Entre a primeira consulta no Centro de Medicina do Sono do Hospital CUF Tejo e o dia em que o técnico comercial começou a utilizar o DAM passou apenas um mês e meio, um período de tempo curto que se deveu, em grande parte, ao facto de ter sido observado pelos vários especialistas num único espaço. “Se uma pessoa pode ter todos os serviços centralizados num determinado ponto, é claro que isso é uma mais-valia. Sem dúvida! E, para mim, todos os médicos foram cinco estrelas. Não tenho razão de queixa absolutamente nenhuma”, afirma Pedro Correia. O Médico Dentista Pedro Miguel Cebola sublinha que o foco na abordagem multidisciplinar resulta numa “taxa de eficácia superior” no tratamento da doença e confere mais confiança ao doente. “Há um tratamento individualizado.

Pedro Miguel Cebola • Médico Dentista no Centro de Medicina do Sono do Hospital CUF Tejo

Reunimos sempre em equipa multidisciplinar para discutir o que é melhor para cada pessoa”, explica. Pedro Correia confessa que, inicialmente, causou-lhe alguma estranheza adormecer com o aparelho. “Nos dois primeiros dias, senti algum desconforto. Não estava habituado. No entanto, hoje em dia, para mim, é algo perfeitamente natural”, garante. “É um aparelho pequeno. Mesmo que vá em viagem, é muito fácil de transportar.” Pedro Miguel Cebola explica que o período de adaptação habitual é de uma semana, embora os doentes possam notar melhorias logo desde o primeiro dia de uso. No caso de Pedro Correia, o Médico Dentista refere que a sua situação está perfeitamente estabilizada: “Repetimos o exame do sono passado um mês, com o dispositivo colocado, e observámos que a abordagem terapêutica foi eficaz. Atualmente, repetimos este exame anualmente para termos a certeza de que o sucesso terapêutico se mantém estável.” Desde que utiliza o DAM, Pedro Correia nunca mais ressonou nem acordou com falta de ar. “Felizmente, agora consigo ter boas noites de sono”, afirma, aliviado.

Cerca de das pessoas que ressonam têm apneia obstrutiva do sono 80%

A síndrome da apneia obstrutiva do sono afeta entre da população adulta, em especial homens acima dos 40 anos, mulheres pós-menopausa e crianças 9 e 24%

SABIA QUE...

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Centro de Medicina do Sono do Hospital CUF Tejo A apneia do sono é apenas uma das mais de 80 doenças do sono identificadas na Classificação Internacional dos Distúrbios do Sono e é a doença respiratória do sono mais frequente. Um estudo realizado pela DECO revelou que, em 2016, 60% da população portuguesa tinha problemas do sono. Estima-se que essa percentagem terá aumentado nos dois últimos anos devido à pandemia da COVID-19. Tendo em conta a diversidade de doenças do sono existentes, há cada vez mais necessidade de uma resposta multidisciplinar. E é isso que oferece o Centro de Medicina do Sono do Hospital CUF Tejo, em Lisboa, onde trabalham profissionais de diferentes áreas clínicas: Neurologia, Pneumologia, Psiquiatria, Otorrinolaringologia, Cirurgia Maxilo-Facial, Cardiologia, Medicina Dentária, Cirurgia Bariátrica, Nutrição e Endocrinologia. O Centro de Medicina do Sono do Hospital CUF Tejo dispõe ainda de avançadas técnicas de diagnóstico que permitem identificar mais rapidamente as doenças e encontrar as terapêuticas adequadas para cada caso.

Estima-se que de portugueses sofram com esta doença um milhão

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testemunhos

CIDADANIA EMPRESARIAL

Saiba porque é que a integração de pessoas com deficiência acrescenta valor às organizações e como a CUF tem vindo a fazer essa aposta, construindo equipas mais fortes e diversas. A inclusão como prioridade

A inclusão social e profissional de pessoas que, por força de incapacidades físicas ou psicológicas, se veem limitadas na sua atuação é um dos grandes desafios do mundo moderno – e um desafio ao qual as empresas não podem ser alheias. Decidida a ter um papel ativo em prol de uma sociedade mais inclusiva, a CUF assumiu, por isso, o compromisso de integrar no seu quadro de colaboradores um maior número de pessoas portadoras de deficiência, investindo não só no seu recrutamento, mas também na sua formação e capacitação. Uma política totalmente em linha com os valores de base da sua cultura, como explica o Diretor de Recursos Humanos da CUF, José Luís Carvalho: “O tema da inclusão já era uma preocupação na realidade da CUF, e que já vem da cultura do Grupo José de Mello, do qual a CUF faz parte. A esta cultura juntou-se a experiência pessoal e familiar do nosso CEO, Rui Diniz, que desafiou e impulsionou um maior compromisso da CUF com a inclusão, nomeadamente através da integração da CUF no Inclusive Community Forum (ICF).” Instituído com o fim de promover uma comunidade mais inclusiva, o ICF é uma iniciativa da NOVA School of Business and Economics (NOVA SBE) que desafia as empresas a promover a empregabilidade de pessoas com deficiência. “Esse compromisso é, depois, materializado de forma diferente pelas

várias organizações, consoante as suas realidades, mas tem a grande vantagem de permitir que não olhemos para este desafio sozinhos, e sim numa plataforma integrada, com o apoio científico e académico da NOVA SBE. Permite ainda que, através da dinamização do ICF, as empresas partilhem as suas boas práticas neste desafio coletivo.” Na sequência do compromisso assumido, a CUF admitiu 21 novos colaboradores portadores de deficiência desde 2019, um número especialmente significativo se tivermos em conta o contexto de instabilidade dos últimos dois anos, devido à pandemia. José Luís Carvalho reforça, contudo, que, mais do que alcançar determinadas métricas, o objetivo é promover a empregabilidade destas pessoas, incorporando os seus talentos nas funções existentes. Há ainda que assegurar a correta integração destes colaboradores, razão pela qual a CUF não só alocou um elemento da Direção de Recursos Humanos a este tema como tem vindo a reavaliar os seus processos internos à luz desta realidade. “Outro passo importante é a rede que estabelecemos com as instituições”, explica José Luís Carvalho. “Aqui entra uma das vantagens do ICF, mas também os contactos diretos com associações que trabalham vários tipos de deficiência e que são quem melhor consegue acompanhar os candidatos desde o recrutamento até à integração na empresa.”

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Garantir a inclusão com os melhores talentos

A inclusão não pode ser vista como um processo de facilitismo, pelo que as competências e o mérito dos candidatos serão sempre fatores essenciais e indispensáveis. “A inclusão de pessoas com deficiência é como a de qualquer outra pessoa”, assegura José Luís Carvalho. “Dependendo das suas características, esta pode ter excelentes competências ou ser uma boa aquisição para uma equipa onde acrescente os seus conhecimentos e experiências. E é claro que uma vida de superação e desafios, pela realidade que a deficiência muitas vezes encerra, pode acrescentar muito valor às equipas.” A multiplicidade de pontos de vista é ainda mais vantajosa em organizações como a CUF, onde as equipas trabalham de forma cada vez mais multidisciplinar. “Além disso, a inclusão de alguém com deficiência ajuda a relativizar problemas menores com que muitas vezes lidamos e que tendemos a sobrevalorizar, assim como nos impele a olhar de forma diferente para a maneira como trabalhamos e interagimos. É um desenvolvimento cultural muito importante para a CUF.” Para assegurar que atrai os melhores talentos, a CUF tem vindo a desenvolver programas e parcerias que visam a formação e capacitação. “Alguns exemplos são o protocolo com a Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger (APSA), no âmbito do qual convidamos jovens a realizar estágios na CUF, a parceria com a Escola Superior de Educação de Santarém, no sentido de receber dois formandos por ano do curso de Literacia Digital para o Mercado de Trabalho para pessoas com deficiência, ou a ligação a projetos de inclusão de pessoas com outras dificuldades além da deficiência, como o Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS), que dá apoio a refugiados e migrantes.” Embora reconheça que, não obstante as várias ações já implementadas, a área do recrutamento inclusivo permanece ainda um desafio com um longo caminho por percorrer, José Luís Carvalho reforça a crença de que se trata de uma área fundamental para a CUF, pelo impacto que pode ter na sociedade: “Quando vencemos as nossas resistências iniciais e damos oportunidade a alguém que, apesar das suas limitações, pode acrescentar muito valor à organização, somos surpreendidos pelo seu desempenho e dedicação.” E acrescenta: “Se queremos que a CUF seja mais e melhor, como dizia Alfredo da Silva, fundador da CUF, então queremos uma CUF mais inclusiva.”

José Luís Carvalho • Diretor de Recursos Humanos da CUF

Sabia que...

A CUF tem procurado desenvolver várias parcerias, na área da inclusão, junto das comunidades onde os seus hospitais e clínicas se encontram inseridos. Alguns exemplos: Visitas de colaboradores a instituições que trabalham com pessoas com deficiência. Programas de estágios e desenvolvimento com o apoio das unidades e dos profissionais da CUF. Apoio à edição em braille da revista Visão , de distribuição gratuita junto da comunidade de cegos em Portugal e nas escolas de ensino especial.

ATENDIMENTO EM LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA

Para garantir que todos os clientes com incapacidades auditivas podem ser atendidos de forma direta e autónoma, a CUF associou-se, em 2018, ao Serviin, um serviço de vídeo-interpretação em língua gestual portuguesa que permite que o atendimento seja feito por videochamada, através do número 12472, no Skype , ou do Portal do Cidadão Surdo. Mais informações CUF.pt ou portaldocidadaosurdo.pt

MIGUEL MADEIRA (4SEE)

testemunhos

CIDADANIA EMPRESARIAL

Ana Sofia Salazar sofre de uma incapacidade auditiva, mas isso não a impede de desempenhar eficazmente a sua função como Administrativa de Estágios e Processos na CUF Academic Center. “Não sinto grandes limitações, graças à equipa que tenho e às aplicações informáticas que hoje em dia existem e que facilitam muito a execução e a comunicação entre as pessoas, quer no escritório, quer em teletrabalho”, afirma, antes “A integração tem sido muito boa” ANA SOFIA SALAZAR

trabalhar como coordenadora de andares num hotel de quatro estrelas, no centro de Lisboa. No entanto, devido à pandemia, o referido hotel viu-se obrigado a fechar portas e a profissional de 28 anos decidiu recorrer ao Centro de Recursos da Casa Pia de Lisboa, que atua na integração de pessoas com incapacidade auditiva, para encontrar uma oportunidade numa área diferente. Acabou por ingressar na CUF, em setembro de 2021, envolvendo-se numa experiência profissional sobre a qual, até ao momento, só tem palavras positivas. “A integração tem sido muito boa. Fui muito bem recebida e tenho uma equipa que se ajuda mutuamente”, assegura Ana Sofia Salazar, cuja rotina engloba diversas tarefas: “No dia a dia, faço a gestão de estágios que estão protocolados e a ponte entre as universidades e os hospitais e clínicas da CUF, recebendo e respondendo aos respetivos e-mails . Também faço o acompanhamento e a admissão dos alunos, assegurando as assinaturas dos gestores dos respetivos estágios. Por fim, faço a administração e controlo de toda a documentação inerente a estas e outras tarefas administrativas.” O trabalho é, para esta profissional, uma fonte de orgulho: “A melhor parte é pensar que ajudo, de alguma forma, as pessoas a conseguirem os seus estágios e a realizarem os seus objetivos.” Uma missão que se interliga, de forma perfeita, com as suas próprias convicções: “Acho fundamental que existam, nas organizações, condições para a inclusão e diversidade com respeito pela diferença, seja ela qual for. Afinal, um emprego é fundamental para a autonomia e para a qualidade de vida de qualquer pessoa.”

“O universo de pessoas surdas no Grupo CUF é considerável, o que nos faz sentir mais valorizados, integrados e acompanhados.”

de realçar que não se sente isolada na sua condição: “O universo de pessoas surdas no Grupo CUF é considerável, o que nos faz sentir mais valorizados, integrados e acompanhados.” Licenciada em Gestão e Administração Hoteleira, Ana Sofia Salazar costumava

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ANTÓNIO AZEVEDO (4SEE)

Inês Rocha tem uma deficiência motora que a leva a utilizar duas próteses nos membros inferiores. Em 2018, concluiu a licenciatura em Enfermagem, mas, para seu desalento, tardou a encontrar emprego na sua área. “Infelizmente, em Portugal, a taxa de desemprego das pessoas com deficiência motora “Todos os dias tento ser melhor” INÊS ROCHA

é significativamente superior à média nacional”, explica, antes de confessar que chegou a sentir relutância, por parte dos recrutadores, quando mencionava a sua deficiência nas entrevistas de emprego. “As pessoas com deficiência motora não são

“As pessoas com deficiência motora não são espécies raras. Como todas as outras, querem trabalhar e ser úteis à sociedade.”

espécies raras. Como todas as outras, querem trabalhar e ser úteis à sociedade. Eu só não tenho duas pernas, não vejo qualquer problema nisso.” Depois de mais de um ano a procurar uma oportunidade na sua área, seguiu o conselho de uma amiga e inscreveu-se na Associação Salvador, uma instituição particular de solidariedade social que facilita a ligação entre profissionais com deficiência motora e empresas. “Foi assim que fui a um encontro de recrutamento e, depois de várias entrevistas, tive o meu primeiro contacto com a CUF.” Hoje, trabalha como Enfermeira no Serviço de Pediatria do Hospital CUF Porto. “Desempenho funções em duas áreas: consulta e internamento. São áreas completamente diferentes, mas igualmente desafiadoras”, explica esta profissional de 28 anos, que, nas suas palavras, tem sempre encontrado estratégias para contornar as limitações de mobilidade no exercício das suas funções: “Comecei por ver como os meus colegas faziam e depois tentava adotar a posição física que eles adotavam. Tenho sempre de ter em conta que não posso fazer demasiados esforços, nem adotar posturas consideradas fáceis para qualquer pessoa, como estar de pé durante muito tempo ou colocar-me de cócoras.” Não obstante, os rostos satisfeitos das famílias, quando as crianças que acompanha recebem alta, são motivação mais do que suficiente para se continuar a adaptar. E a aprender. “Todos os dias são dias de aprendizagem e, por isso, só tenho a agradecer a compreensão de todos os profissionais que se cruzaram comigo. Todos os dias tento ser melhor. Felizmente, tenho ao meu lado uma equipa que me recebeu de braços abertos, que nunca me recusou ajuda e que me orientou desde o primeiro dia.”

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MIGUEL PROENÇA (4SEE)

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