Revista + Vida 29 | Saúde Mental

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DESPORTO

Adriana Chaves e Ricardo Paulino , Coordenador Técnico de Medicina Física e Reabilitação no Hospital CUF Sintra

Reabilitação pré-operatória é essencial Adriana Chaves foi submetida a uma ligamentoplastia do ligamento cruzado anterior, em setembro. Antes, cumpriu um período de reabilitação pré-operatória. “Este passo é essencial”, sublinha Daniel Pinha Cardoso. “Um ortopedista prefere operar um

médicos. Depois, o doente faz o número de sessões estipuladas com o fisioterapeuta responsável pelo seu processo”, explica Ricardo Paulino. “A primeira fase é essencialmente de adaptação a uma nova condição. Existe a necessidade de controlar o edema, que é normal após a cirurgia, e convergir para a normalização da articulação do joelho. À medida que o joelho vai reagindo favoravelmente, vamos colocando o pé no chão e realizando mais exercícios funcionais. Aparecem a bicicleta, os tapetes rolantes, os pesos, e o doente começa a ver que está a fazer cada vez mais atividade funcional.” Além dos exercícios realizados em contexto hospitalar, foram prescritos outros para a cavaleira realizar em casa. “No Hospital CUF Sintra, temos uma aplicação especializada, profissional, de fisioterapia, que permite ao doente fazer atividade monitorizada por fisioterapeutas a partir de casa, de modo a trabalhar também fora do hospital”, refere Daniel Pinha Cardoso. Adriana Chaves acabou por ter alta clínica, seis meses depois da cirurgia, e retomou de imediato os treinos. No verão de 2021, participou no Campeonato da Europa de Dressage, realizado em Oliva, Espanha, e ficou em quarto lugar no escalão júnior. Um resultado que a deixou verdadeiramente feliz, em especial tendo em conta a gravidade da lesão e o período de paragem forçada. Ricardo Paulino não duvida que o período pré-operatório, em que foi explicado à cavaleira de que forma ia evoluir a sua reabilitação, foi fundamental para este sucesso. “O processo de pré-operatório envolve muito a educação do doente. É-lhe explicado o que vai acontecer e programa-se o pós-operatório,

“Os médicos e fisioterapeutas disseram-me sempre que ia voltar a fazer a minha vida normal.”

joelho que já não esteja muito inflamado. Se a cirurgia for realizada sem um trabalho prévio de fisioterapia, pode haver atrofia muscular e uma diminuição do controlo postural do joelho.” Ricardo Paulino, Coordenador Técnico de Medicina Física e

Reabilitação no Hospital CUF Sintra, acrescenta que “o objetivo principal é o controlo da inflamação que existe no joelho, nesta fase. Com isso existirá um menor derrame articular o que irá facilitar uma melhoria gradual do controlo funcional de todo o membro inferior”. Depois da cirurgia, seguiu-se a reabilitação pós-operatória na Unidade de Medicina Física e Reabilitação do Hospital CUF Sintra. “Começamos com uma consulta de avaliação em termos

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RODRIGO CABRITA (4SEE)

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