Revista + Vida 27 | A saúde em primeiro plano

O acompanhamento médico regular é essencial para garantir uma vida saudável e diagnosticar atempadamente doenças que, quando reveladas em fases avançadas, podem ter consequências graves ou mesmo letais. Apesar disso, desde o início da pandemia, muitos portugueses têm vindo a adiar consultas ou a realização de exames. Um comportamento que a CUF quer contrariar ao desenvolver uma resposta cada vez mais completa no apoio aos doentes com COVID-19 ao mesmo tempo que incentiva a retoma segura dos cuidados de saúde habituais.

27 JUNHO 2021

Hospital Vila Franca de Xira Reportagem sobre os 10 anos desta parceria público-privada que transformou a prestação de cuidados de saúde na região da sua segunda filha, a atriz e apresentadora faz o balanço da sua experiência na CUF Cláudia Vieira Mais de um ano após o nascimento Rui Diniz Entrevista com o Presidente da Comissão Executiva da CUF sobre os desafios do passado e as prioridades para o futuro

Retome os seus cuidados de saúde habituais com a maior segurança e conheça ainda a resposta da CUF no apoio aos doentes com COVID-19 A sua saúde em primeiro plano

Junho 2021

5 Todas as notícias na área da saúde e ainda as novidades da CUF. notícias testemunhos

saúde 40 Terminados os 10 anos desta Reportagem Hospital Vila Franca de Xira parceria público-privada com gestão CUF, conheça o balanço global do trabalho realizado. 46 Valorizar a saúde oral é Família Saúde oral

52 A nova unidade do Hospital CUF Tejo oferece a qualquer pessoa Desporto Unidade de Saúde e Performance os mesmos cuidados disponibilizados aos atletas de elite.

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Mais de um ano após o nascimento da sua segunda filha, a atriz e apresentadora faz o balanço da sua experiência na CUF. Perfil Cláudia Vieira

essencial para uma visão mais completa do estado geral de saúde de cada pessoa. Descubra porquê. Infantil Atendimento Permanente Pediátrico No Hospital CUF Descobertas, o Atendimento Permanente Pediátrico conta com um novo conceito de urgência único em Portugal.

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conhecimento

54 Descubra como reconhecer, prevenir e tratar a doença arterial periférica. 56 Conheça os princípios essenciais para uma alimentação infantil saudável. 57 Esclareça as suas dúvidas sobre dor crónica e descubra como é tratada. Conselhos e Dicas Doença arterial periférica Descomplicador A alimentação das crianças Verdades e Mitos Dor crónica

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Histórias Felizes Paula Monteiro

Conheça o caso de Paula Monteiro, a primeira pessoa a passar do internamento convencional para a Hospitalização Domiciliária da CUF.

50 Conheça o caso de Ana Rita Sousa e do pequeno Maternidade Neonatologia

Lourenço, que contou com o acompanhamento diferenciado da unidade de Neonatologia do Hospital CUF Porto.

foco

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Efeméride Alfredo da Silva

A Fundação Amélia de Mello assinala o 150.º aniversário do fundador do Grupo CUF com um programa de conferências que lembram a vida e obra do industrial português.

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CUF Kids Cabelos brancos

Explique aos mais novos porque é que as pessoas ficam com cabelos brancos.

34 18 Tema de Capa Entrevista Rui Diniz

A sua saúde em primeiro plano Descubra como a CUF tem desenvolvido uma resposta completa no apoio aos doentes com COVID-19 ao mesmo tempo que incentiva a retoma segura dos cuidados de saúde habituais.

A CUF é líder na prestação privada de cuidados de saúde em Portugal, contando com uma rede de 18 unidades de saúde, nove das quais são hospitais. Conselho Editorial: Direção de Comunicação da CUF Edição: Adagietto • R. Flores de Lima, 16, 1700-196 Lisboa Coordenação: Tiago Matos Redação: Carolina Morais, Fátima Mariano, Inês Pereira, Luís Garcia, Rita Penedos Duarte, Rita Vassal, Sónia Castro, Susana Torrão Fotografia: António Pedrosa, Bruno Colaço, Carla Tomás, Miguel Madeira, Miguel Proença, Raquel Wise, Ricardo Lopes, Rodrigo Cabrita (4SEE) e CUF • Imagens: iStock Propriedade: CUF • Av. do Forte, Edifício Suécia, III - 2.º 2790-073 Carnaxide Impressão e acabamento: Lidergraf Coordenação Criativa: Tiago Monte Paginação: Joana Mota, Sara da Mata

O Presidente da Comissão Executiva da CUF faz um balanço de 2020 e identifica as prioridades estratégicas da CUF para o futuro.

Tiragem: 2.200 exemplares Depósito legal 308443/10 Distribuição gratuita

editorial

Dever cumprido

A pandemia de COVID-19 atingiu Portugal no dealbar da primavera de 2020 e, a partir desse momento, marcou – e continua a marcar –, de modo indelével, a vida de todos nós. A rede CUF não podia ficar imune a este “terramoto” que afetou a vida dos portugueses e, por isso, desde o primeiro dia, a nossa organização abriu-se, voluntária e solidariamente, ao esforço coletivo de uma nação no combate à pandemia. Este esforço envolveu, de modo integrado, todos os níveis da organização, desde a gestão de topo até ao nível operacional, demonstrando a disponibilidade, a abnegação, o empenho e a qualidade profissional, técnica e humanista de todos os colaboradores – dos médicos aos enfermeiros, dos farmacêuticos aos assistentes operacionais, dos gestores aos técnicos, de todos, em suma. Similarmente, estendeu-se aos mais variados níveis da atividade – na assistência a doentes com COVID-19 e a doentes com outras patologias e necessidades, ao nível do internamento e dos cuidados intensivos, da consulta e do atendimento permanente e, até, do apoio e seguimento domiciliários, bem como aos diversos níveis da gestão e reorganização dos processos. Implicou uma antecipada e planeada reorganização dos serviços e atividades, a qual envolveu a criação de condições para uma resposta competente, integrada e simultânea aos problemas colocados pela pandemia e pelas outras doenças (que não deixaram de existir). Equipas unidas e empenhadas, disciplinadas e cientes dos seus papéis, asseguraram uma longa e resiliente resposta, traduzida em mais de 500 internamentos de doentes com diagnóstico de COVID-19 (mais de 200 dos quais em resposta a solicitações de hospitais do setor público), incluindo múltiplos internamentos em Cuidados Intensivos, inúmeros diagnósticos no Atendimento Permanente (e subsequente vigilância epidemiológica, incluindo ao nível dos contactos), numerosas consultas de acompanhamento pós-COVID-19 e, posteriormente, colaboração ativa no processo de vacinação. Numa abordagem intimista, apesar de todos os dramas e dificuldades vividas, este foi o período mais desafiante e, simultaneamente, mais entusiasmante e gratificante da minha vida profissional, ficando-me a reconfortante sensação de “dever cumprido” no âmbito de uma organização solidária, socialmente responsável e que esteve, uma vez mais, ao serviço do país e dos portugueses.

Paulo Bettencourt Coordenador da Unidade de Medicina Interna do Hospital CUF Porto

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ANTÓNIO PEDROSA (4SEE)

notícias

Dedicada em exclusivo à Medicina Dentária , a nova clínica da CUF conta com uma equipa de profissionais vasta e altamente especializada na prevenção, diagnóstico e tratamento das patologias da cavidade oral. Equipada com tecnologia diferenciada, esta unidade disponibiliza tratamentos multidisciplinares integrados de todas as áreas da Medicina Dentária de acordo com as necessidades dos clientes, garantindo conforto, segurança e qualidade clínica. Dispõe ainda de acordos com seguradoras e condições de financiamento. Composta por 16 médicos, a equipa da Clínica CUF Medicina Dentária Braamcamp desenvolve a sua atividade clínica, sempre que os planos de tratamento o exijam, em estreita articulação com as diferentes áreas de cuidados e equipas do Hospital CUF Tejo. Situada numa zona com excelentes condições de acessibilidade e com horários alargados, a nova unidade da CUF proporciona aos seus clientes uma oferta diferenciada e um acompanhamento contínuo desde o primeiro momento. A CUF REFORÇA O SEU POSICIONAMENTO NA ÁREA DA SAÚDE COM A ABERTURA DA CLÍNICA CUF MEDICINA DENTÁRIA BRAAMCAMP, LOCALIZADA NO CENTRO DE LISBOA. JÁ ABRIU A CLÍNICA CUF MEDICINA DENTÁRIA BRAAMCAMP

CLÍNICA CUF MEDICINA DENTÁRIA BRAAMCAMP Morada Rua Braancamp, 40B, Lisboa Horário

Segunda a sexta, das 9h00 às 20h00, e sábado, das 9h00 às 18h00 Telefone 213 926 100

Uma oferta que engloba: • Dentisteria • Reabilitação e Estética Dentária

• Odontopediatria • Endodontia • Periodontologia • Higiene Oral • Medicina Dentária do Sono • Medicina Oral

• Cirurgia Oral • Implantologia • Ortodontia

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notícias

HELDER NOVAIS E BASTOS RECEBE BOLSA D. MANUEL DE MELLO Helder Novais e Bastos , professor e investigador na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) e médico pneumologista no Centro Hospitalar Universitário de São João, recebeu a Bolsa D. Manuel de Mello, o maior prémio nacional de incentivo à investigação para jovens médicos, no valor de 50 mil euros. A Bolsa, atribuída pela Fundação Amélia de Mello em parceria com a CUF, permitirá avaliar a evolução da fibrose pulmonar, uma doença grave e subdiagnosticada, com o objetivo de melhorar o seu prognóstico e respetivo tratamento. Um incentivo à investigação Rui Diniz, Presidente da Comissão Executiva da CUF, considera que “o investimento no ensino e na cooperação com as instituições universitárias é estratégico para o futuro dos cuidados de saúde, pelo que iniciativas como a Bolsa D. Manuel de Mello são fundamentais para valorizar o mérito dos investigadores portugueses e dos seus trabalhos, e contribuir para a melhoria contínua dos cuidados de saúde”. Por sua vez, Vasco de Mello, Presidente da Fundação Amélia de Mello, sublinha que, “com 14 anos de história e mais de uma dezena de projetos de investigação apoiados, a Bolsa D. Manuel de Mello cumpre e continuará a cumprir o propósito para o qual foi instituída, de contribuir para a investigação e para o progresso das ciências de saúde em Portugal”. A cerimónia de entrega decorreu no dia 21 de abril, no auditório do Hospital CUF Porto, e contou com as presenças de António Lacerda Sales, Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, e Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos.

SOBRE O PROJETO VENCEDOR Título: “FIBRA-Lung: Interações hospedeiro-microbioma na busca por biomarcadores de doenças pulmonares intersticiais fibrosantes que regem a aceleração” Coordenação: Helder Novais e Bastos Objetivo: Investigar a prevalência das doenças pulmonares que conduzem à fibrose progressiva e explorar as interações entre a genética do indivíduo e os diferentes fatores ambientais, por forma a identificar novos biomarcadores que permitam avaliar a evolução da doença e indicar precocemente o tratamento mais adequado e personalizado para cada indivíduo afetado. O projeto prevê a criação do primeiro registo português de doentes com fibrose pulmonar, com um biobanco associado, no qual os participantes serão seguidos e monitorizados ao longo dos primeiros anos após o diagnóstico.

CENTRO GAMMA KNIFE RETOMA ATIVIDADE Vocacionado para o tratamento de lesões intracranianas, benignas e malignas, o Centro Gamma Knife, instalado no Hospital CUF Tejo, já se encontra em funcionamento. Dotado de um corpo clínico altamente especializado e do mais avançado equipamento de radiocirurgia, único em Portugal e considerado um dos três melhores no mundo, o Centro Gamma Knife disponibiliza os mais recentes avanços

tecnológicos na radiação com alta precisão de lesões localizadas no cérebro, cabeça e zonas altas da coluna cervical. A tecnologia de que é dotado este centro permite tratar vários tumores cerebrais (benignos ou malignos), malformações arteriovenosas e metástases que, em muitos casos, estariam inacessíveis através da cirurgia tradicional. O tratamento é feito numa única sessão, apenas com anestesia local, e, em condições normais, o doente tem alta nas 24 horas seguintes.

CUF E PINGO DOCE LANÇAM NOVO PROGRAMA CONJUNTO

Depois de terem lançado, em conjunto, o programa “Menos Sal Portugal”, de incentivo à redução do consumo de sal, a CUF e o Pingo Doce voltam a unir esforços, enquanto agentes económicos responsáveis e marcas de referência nos seus setores, para sensibilizar os portugueses a adotarem uma alimentação diversificada e equilibrada e um estilo de vida mais saudável. O nome do novo programa é “A Saúde Alimenta-se”. Um tema que, no atual contexto de pandemia, assume uma relevância ainda maior.

Numa primeira fase, o programa centra-se na promoção do conhecimento em saúde, com a disponibilização de conteúdos informativos (sob o formato de conselhos, dicas e receitas) sobre os benefícios e propriedades de frutas e legumes, e o seu papel na saúde e na prevenção de doenças. Estes conteúdos encontram-se disponíveis nos hospitais e clínicas CUF, nas lojas Pingo Doce e nos sites da CUF e do Pingo Doce. De acordo com Rui Diniz, Presidente da Comissão Executiva da CUF, “esta é uma parceria que surge de forma natural entre duas empresas nacionais que partilham princípios e valores e que, reconhecendo a importância do seu papel na sociedade portuguesa, têm vindo a trabalhar em conjunto com o propósito de promover a saúde e a qualidade de vida dos portugueses”.

PLANO DE SAÚDE +CUF

“O PLANO +CUF É UMA MAIS-VALIA PARA TODOS” ALMERINDA CATROGA, CLIENTE DO PLANO DE SAÚDE +CUF, AO QUAL ADERIU ATRAVÉS DO HOSPITAL CUF SANTARÉM, EXPLICA COMO TEM SIDO A SUA EXPERIÊNCIA. O que a motivou a aderir ao Plano +CUF? Quando temos uma doença ou um problema de saúde, procuramos um médico – e procuramos sempre aquele que nos serve melhor. Foi isso que me levou à CUF. Tenho muito boas referências dos seus profissionais e decidi marcar uma consulta. Depois, aderi ao Plano +CUF de modo a ter acesso a preços mais vantajosos. Acho que é um serviço muito bem conseguido. O que mais valoriza no Plano +CUF? Em primeiro lugar, como referi, os serviços tornam-se mais acessíveis. Mas a disponibilidade do Hospital CUF Santarém e dos seus médicos também merece destaque. Se tiver um problema de saúde, sei que me posso dirigir à CUF com a certeza de que sou atendida com profissionalismo. Sente que a sua saúde está acautelada com o Plano +CUF? Sim, sem dúvida, foi por isso que aderi. Senti que era bem tratada na CUF e isso deu-me confiança para aderir ao Plano +CUF. Sei que estou a ser bem atendida, vigiada e medicada. E já converti o meu marido – ele também vai aderir. Como avalia a sua experiência até agora? Tem sido muito boa. Até já recomendei o Plano +CUF aos meus vizinhos. Acho mesmo que é uma mais-valia para todos, especialmente para quem não tenha seguro de saúde. Eu nem sequer vivo assim tão perto do Hospital CUF Santarém, uma vez que estou a cerca de 78 quilómetros, mas é onde quero continuar a ser atendida. Sempre que precisar de tratar da minha saúde, a CUF será a minha escolha.

“Enquanto especialista alimentar, o Pingo Doce sabe bem como a alimentação influencia a saúde e a qualidade de vida. Daí estarmos, desde há muito tempo, focados em disponibilizar, quer através da marca própria, quer dos frescos, produtos de qualidade, seguros e nutricionalmente equilibrados. Queremos ser o grande aliado dos portugueses na promoção da saúde através da alimentação.”

Isabel Ferreira Pinto CEO do Pingo Doce

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notícias

O Presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, e o Selecionador Nacional, Fernando Santos , visitaram o Hospital CUF Tejo, no dia 27 de abril, para conhecerem a nova Unidade de Medicina Desportiva e Performance, que garante serviços de retaguarda e apoio clínico às equipas das diferentes seleções. “Na Unidade de Medicina Desportiva e Performance da CUF, todos podem ter acesso aos equipamentos e serviços médicos que disponibilizamos aos atletas de elite das federações e clubes de quem a CUF é parceira oficial no apoio médico”, explicou Paulo Beckert, Coordenador da nova unidade e também da Unidade de Saúde e Performance da FPF, que aproveitou para reforçar o posicionamento da CUF enquanto promotora da prática de exercício físico. A visita estendeu-se ainda a outros espaços do Hospital CUF Tejo, nomeadamente o Centro de Ortopedia e Musculoesquelético, o Bloco Operatório e o Centro de Simulação CUF, que permitiu reforçar a parceria existente entre a FPF e a CUF na área da formação clínica. Isto porque, através da CUF Academic Center e da Portugal Football School da FPF, está a ser preparada uma formação de simulação que dará suporte a cursos da UEFA e desenvolverá cursos de Trauma e Emergência Médica quer para as equipas da FPF, quer para as equipas médicas de outras federações e clubes. EM PROL DA SAÚDE DESPORTIVA

REFORÇO E DIFERENCIAÇÃO DA IMAGIOLOGIA CUF O investimento em tecnologia de ponta na área de Imagiologia tem sido uma forte aposta da CUF com o objetivo de prestar uma resposta mais célere e diferenciada às necessidades diagnósticas dos clientes. Têm sido vários os reforços das unidades a esse nível: Hospital CUF Tejo • Ressonâncias Magnéticas com tecnologia direcionada para as principais doenças do futuro (com estudos de perfusão com stresse, na área cardiovascular, e com algoritmos de inteligência artificial e imagem funcional, na área das neurociências). • Tomografia Computorizada que possibilita a realização de estudos coronários num único batimento, com uma redução da dose de radiação até 82%. Hospital CUF Porto • Ressonância Magnética 3 Tesla • Densitometria óssea • Ecógrafo de arquitetura digital com tecnologia que permite melhorar, significativamente, a precisão e rapidez do diagnóstico Hospital CUF Descobertas • Ressonância Magnética 3 Tesla • Densitometria óssea • Atualização de equipamentos na sala de raio X

Saiba mais sobre a Unidade de Medicina Desportiva e Performance da CUF na página 52 . “Acredito que a nova Unidade de Medicina e Performance da CUF espelha o trabalho conjunto com a Federação Portuguesa de Futebol e vai tornar ainda mais robusta a prestação de serviços, quer aos atletas das nossas mais de 25 seleções, quer a todos os desportistas que queiram ter acesso à excelência na área dos cuidados médicos.” Fernando Gomes, Presidente da Federação Portuguesa de Futebol

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OFERTA ALARGADA NA DETEÇÃO DO CANCRO DA MAMA

HOSPITAL CUF DESCOBERTAS CELEBRA 20 ANOS O Hospital CUF Descobertas assinala em junho o seu 20.º aniversário. Inaugurado em 2001, o Hospital tem vindo a construir um percurso de sucesso, sendo a escolha de muitos portugueses. A confiança dos clientes tem levado a uma procura crescente dos serviços desta unidade de saúde, o que justificou, em 2018, o crescimento e o reforço da oferta clínica com a abertura de um novo edifício. Hoje, o Hospital conta com mais de 56 mil m ! , dos quais 39 mil são dedicados a atividades clínicas. Um crescimento que traz uma maior diferenciação de cuidados e serviços e garante uma maior acessibilidade aos doentes.

A TOMOSSÍNTESE ESTÁ DISPONÍVEL EM... • Clínica CUF Almada • Clínica CUF Belém • Hospital CUF Cascais • Hospital CUF Descobertas • Hospital CUF Santarém • Hospital CUF Tejo • Hospital CUF Torres Vedras • Hospital CUF Viseu

A tomossíntese, também conhecida como mamografia 3D , é uma tecnologia em franco desenvolvimento que se antevê fulcral no diagnóstico precoce do cancro da mama. O primeiro equipamento da rede CUF chegou ao Hospital CUF Descobertas em 2015 e, desde então, a realização do exame tem vindo a ser alargada a outras unidades. “Quando realizada em conjunto com a mamografia 2D, esta técnica traz um acréscimo de informação diagnóstica de 27 a 30%, uma redução de 15 a 20% de falsos diagnósticos face à mamografia convencional 2D isolada e um aumento da taxa de diagnóstico de novos cancros de mama (25 a 27%), dos quais 40% eram invasivos à data do diagnóstico.” Beatriz Assis, Imagiologista mamária no Hospital CUF Descobertas “A tomossíntese é uma evolução que veio para ficar e que, dadas as suas potencialidades e mais-valias, vai progressivamente substituir os atuais equipamentos de mamografia 2D, quer na mamografia de rastreio, quer de diagnóstico e intervenção.” Carlos Aragão, Imagiologista mamário no Hospital CUF Viseu

“O facto de se conseguir diagnosticar focos malignos de dimensões mínimas (até 3-4 milímetros) altera o percurso terapêutico da mulher, permitindo cirurgias mais conservadoras, com remoção de segmentos de mama cada vez menores, podendo, por vezes, evitar algumas etapas mais difíceis deste percurso, como a quimioterapia.” Isabel Pereira, Imagiologista mamária no Hospital CUF Tejo

À data de abertura, em 2001, o Hospital CUF Descobertas foi o maior investimento privado numa unidade de saúde em Portugal. SABIA QUE...

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PERFIL testemunhos Claúdia Vieira “Sinto-me em excelentes mãos”

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Mais de um ano após o nascimento da sua segunda filha, Cláudia Vieira faz o balanço da sua experiência na CUF. C láudia Vieira não necessitou de muito tempo para decidir em que hospital nasceria a filha Caetana a partir do momento em que soube estar grávida pela segunda vez. “Tinha ótimas referências da CUF e isso pesou na decisão”, revela a atriz e apresentadora. “No entanto, a partir do momento em que a minha médica obstetra, a Dra. Madalena Conceição, que me acompanha desde sempre e em quem confio de olhos fechados, passou para o Hospital CUF Descobertas, nem poderia ser de outra forma.” A segunda gravidez de Cláudia Vieira decorreu de forma muito tranquila e “sem grandes acontecimentos” – pelo menos até ao momento em que o percentil da bebé começou a baixar e os pais, em conjunto com a médica, se viram obrigados a intensificar as avaliações regulares de todos os valores. O receio de que Caetana nascesse prematura, tal como a irmã Maria, em 2010, justificou os cuidados redobrados. “Estávamos realmente muito atentos, porque se poderia repetir... e foi exatamente o que aconteceu”, recorda Cláudia Vieira. Às 35 semanas de gestação, a apresentadora começou a sentir fortes contrações e notou a aparente ausência de movimentos por parte da bebé, o que a fez dirigir-se de imediato para o Hospital CUF Descobertas. Caetana, cujo nascimento estava previsto para 6 de janeiro de 2020, acabou por nascer no dia 1 de dezembro de 2019, uma experiência que, não obstante, decorreu “com toda a segurança, todos os cuidados e nas melhores mãos”. Acompanhamento desde o primeiro momento A prematuridade de Caetana obrigou a que a bebé necessitasse dos cuidados de Neonatologia nas suas primeiras 24 horas de vida. “É um momento que, para nós, pais e mães, nos deixa sempre um bocadinho angustiados”, confessa Cláudia Vieira. “No entanto, ela acabou por não necessitar de ajuda para respirar e também agarrou logo facilmente o biberão e a maminha. Conseguimos dar-lhe o colostro inicial, o que foi maravilhoso. As enfermeiras deram-me todo o apoio com as melhores dicas para que isso fosse possível e o crescimento acontecesse.” A apresentadora não hesita, por isso, em fazer um balanço “muito positivo” dos cuidados recebidos neste período: “Houve uma excelente gestão para fazermos visitas à nossa bebé nas horas de pós-parto. Tudo com muito cuidado. Os profissionais da CUF estiveram atentos às quantidades que a bebé comia, de quanto em quanto tempo, à temperatura, ao batimento cardíaco, tudo o que a equipa de Neonatologia sabe melhor do que ninguém. Toda a equipa prestou um apoio gigante, incluindo a pediatra, que esteve sempre presente.” Cláudia Vieira refere-se a Cristina Matos, Pediatra no Hospital CUF Descobertas, que continua a acompanhar a bebé. “A Caetana nasceu na CUF, continua a ser acompanhada na CUF e assim se manterá”, afirma Cláudia. “Não só me sinto em excelentes mãos, com uma profissional que sabe acompanhar todas as fases do bebé, fazer testes e dar todas as indicações

PARA CLÁUDIA VIEIRA, UM BOM PEDIATRA DEVE...

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Estar atento a todos os pormenores Ser capaz de esclarecer todas as dúvidas dos pais Tratar cada bebé e cada família de forma personalizada Ter sentido prático Ter uma atitude descontraída Transmitir confiança e sabedoria Ser cauteloso

MARISA MARTINS

BI necessárias, como o próprio hospital é excelente na sua logística, tanto ao nível de marcações como de rigor.” E até dá um exemplo: “As deslocações ao hospital são muito bem geridas. No dia em que vamos fazer uma consulta, aproveitamos e fazemos também a vacinação necessária. Esta gestão é muito importante para qualquer mãe ou pai, bem como para racionar as deslocações do bebé, ainda mais na fase de pandemia que vivemos.” Para Cláudia Vieira, o pediatra assume inquestionavelmente uma importante base de apoio para as famílias: “É o nosso maior aliado porque, por muito que nós investiguemos, nos informemos e preparemos, precisamos de direção.” A profissional de comunicação acredita que é essencial CLÁUDIA VIEIRA

Segurança em tempos de pandemia A pandemia da COVID-19 obrigou a CUF a alterar protocolos, de modo a continuar a salvaguardar a segurança geral. Cláudia Vieira explica que sente esse reforço de cuidados sempre que leva a Caetana às consultas de pediatria: “Sinto-me escolher-se um médico em quem se confie quase “cegamente” e que cumpra todos os requisitos que os pais definam como indispensáveis: “A pediatria é a maior aliada que uma recém-mãe pode ter.”

Nasceu a 20 de junho de 1978, em Lisboa

É mãe de duas meninas: Maria, com 11 anos, e Caetana, com 1 ano e meio

super-segura ao entrar na CUF. Estranhamente, tendo em conta que é para os hospitais que os doentes se dirigem, é também nos hospitais que nos sentimos mais seguros, porque são altamente rigorosos e sabem como tomar as devidas precauções.” As medidas adotadas passam, entre outras, por circuitos diferenciados, pela constante desinfeção de equipamentos e pela proibição de acompanhantes nas

“Nos hospitais, a segurança é extrema, a higiene é absoluta e a forma como todas as unidades estão preparadas para nos receber é de louvar.”

É atriz e apresentadora

A sua estreia como atriz aconteceu em Maré Alta , mas foi como protagonista da segunda temporada de Morangos com Açúcar que saltou em definitivo para o estrelato, tendo participado já em várias séries, filmes e telenovelas

salas de espera, exceto em casos estritamente necessários. Tendo isto em conta, Cláudia Vieira garante que está fora de questão interromper as consultas de pediatria e aconselha todos os pais a não deixarem que o medo relegue para segundo plano o acompanhamento pediátrico. “Nos hospitais, a segurança é extrema, a higiene é absoluta e a forma como todas as unidades estão preparadas para nos receber é de louvar. Os pais têm de acreditar e não deixar acumular avaliações porque, isso sim, pode trazer inconvenientes e problemas. Eu sinto-me sempre extremamente segura nas minhas consultas com a Caetana. Nunca coloquei nada em causa. O maior conselho que posso dar é que não deixem passar esses momentos. Confiem.”

Posou para as capas das revistas GQ , Lux Woman e Activa e deu a cara em diversas campanhas publicitárias

Estreou-se como apresentadora na terceira edição de Ídolos , ao lado de João Manzarra, com quem apresentou recentemente o programa Regresso ao Futuro , na SIC

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“A pediatria é a maior aliada que uma recém-mãe pode ter.”

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testemunhos

HISTÓRIAS FELIZES

“Fui muitíssimo bem tratada” Após uma cirurgia de urgência, Paula Monteiro foi a primeira pessoa a passar do internamento convencional para a Hospitalização Domiciliária da CUF, um serviço pioneiro no setor privado da saúde em Portugal, que lhe permitiu recuperar no conforto da sua casa. T udo começou com uma remoção malsucedida de um calo num pé, em junho de 2020. “A zona infetou, o pé e a perna incharam e começou a sair pus”, recorda Paula Monteiro, advogada de 50 anos. Na

acompanhada em casa com a mesma qualidade que receberia se permanecesse no hospital. O facto de estar impossibilitada de receber visitas, devido à pandemia da COVID-19, também pesou muito na decisão. “Em casa temos outro conforto: a nossa televisão, o nosso computador, estamos com a família”, explica. O filho, então com 19 anos, tinha regressado há pouco tempo a Lisboa para passar uns dias com ela. Caso permanecesse no hospital, não poderiam usufruir da companhia um do outro. Paula Monteiro foi a primeira doente tratada por esta que é a primeira Unidade de Hospitalização Domiciliária do setor privado da saúde em Portugal. “A Hospitalização Domiciliária é, em tudo, igual ao internamento convencional”, assegura Pedro Correia Azevedo, Diretor Clínico dos Cuidados Domiciliários e da Unidade de Hospitalização Domiciliária da CUF. “O doente mantém os mesmos direitos

e deveres, e é garantida a mesma qualidade de serviço.” O médico acrescenta que “a aceitação tem sido fantástica”. O internamento no domicílio de Paula Monteiro durou cerca de uma semana. “Foi o tempo que a evolução clínica exigiu”, explica o especialista. “A Paula tem comorbilidades associadas, como doença pulmonar crónica e diabetes, e foi necessário fazer antibiótico por via intravenosa para controlo da infeção, sempre em articulação com o cirurgião plástico assistente.” O balanço que a advogada faz deste novo serviço da CUF não podia ser mais positivo: “Fui muitíssimo bem tratada, muitíssimo bem cuidada”, garante, sem poupar elogios aos profissionais de saúde que a acompanharam no difícil período que viveu: “Foram todos muito profissionais, muito empenhados, e demonstraram um grande carinho e preocupação.”

farmácia, foi aconselhada a dirigir-se a uma urgência hospitalar – e assim o fez, optando pela do então Hospital CUF Infante Santo, agora Hospital CUF Tejo. “Fiz análises e uma TAC ao pé, através das quais foi detetada uma infeção grave e uma anemia. Já não me deixaram sair. Fui operada por volta da meia-noite.” Após a cirurgia, e uma vez estabilizada a sua situação clínica, os médicos sugeriram a opção de Hospitalização Domiciliária. Paula Monteiro desconhecia este conceito, mas não hesitou em aceitar depois de lhe ter sido explicado que continuaria a ser

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Critérios de elegibilidade A Hospitalização Domiciliária exige que estejam assegurados determinados critérios clínicos, sociais e geográficos. É, além disso, voluntária. “Tem de haver um consentimento informado”, confirma o Diretor Clínico. “Da mesma forma que o doente tem de aceitar ficar internado num hospital, também tem de aceitar ficar em Hospitalização Domiciliária. Pode perfeitamente recusar e optar pela hospitalização convencional.” Para ser elegível, o doente tem de estar clinicamente estável e com um diagnóstico estabelecido. Os principais diagnósticos elegíveis são os de insuficiência cardíaca, infeções respiratórias, urinárias, de pele e tecidos moles, e, em alguns doentes cirúrgicos, infeções de material protésico. O internamento domiciliário pode ser uma excelente alternativa para antecipar a saída de doentes cirúrgicos do internamento convencional, nomeadamente nas áreas de Neurocirurgia, Ortopedia e Cirurgia Geral. Devem ser cumpridas condições sociais, nomeadamente a casa do doente deve ter boas condições de salubridade, tem de existir telefone para contacto e é obrigatório que esteja definido um cuidador. “Tem de haver • Tratamento médico e de enfermagem individualizado e humanizado • O doente permanece no conforto de sua casa, junto da família • Menos comorbilidades e eventuais complicações associadas ao internamento convencional • Menos quadros de confusão ou delírio nos doentes mais idosos, pois permanecem no seu ambiente familiar • Melhoria da qualidade do sono • Redução do tempo médio de internamento e menor probabilidade de reinternamento • Maior disponibilidade de camas de hospital para os doentes que têm necessariamente de estar em internamento convencional • Promoção da educação para a saúde VANTAGENS DA HOSPITALIZAÇÃO DOMICILIÁRIA

um familiar de referência que nos possa ajudar a vigiar o doente, bem como um telefone para contactar a equipa – que está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana”, explica Pedro Correia Azevedo. A CUF garante uma visita de manhã, com um médico e um enfermeiro, e outra à tarde, com um enfermeiro (o médico está de prevenção). À noite, mantêm-se sempre de prevenção um médico e um enfermeiro. “Se for preciso, também vamos a casa do doente durante a noite. Afinal, não faria sentido termos internamento domiciliário se depois vertêssemos para outras entidades a responsabilidade sobre o nosso doente em determinadas horas do dia.” Por fim, ainda há que ter em conta o critério geográfico, a fim de garantir a segurança clínica: “O doente tem de estar a uma distância de 30 minutos face à nossa base.” Por enquanto, a Hospitalização Domiciliária está disponível nos Hospitais CUF Tejo, Descobertas, Sintra e Cascais, mas já se encontra a ser preparada a sua extensão ao Hospital CUF Porto. “O objetivo é que este serviço venha a ser uma oferta transversal a toda a rede CUF.”

Pedro Correia Azevedo • Diretor Clínico dos Cuidados Domiciliários e da Unidade de Hospitalização Domiciliária da CUF

EM NÚMEROS 80 em Hospitalização Domiciliária entre junho de 2020 e abril de 2021 INTERNADOS 5 MÉDICOS DE MEDICINA INTERNA e 15 ENFERMEIROS integram atualmente a Unidade de Hospitalização Domiciliária da CUF

UMA RESPOSTA CLÍNICA INTEGRADA

A Hospitalização Domiciliária integra os Cuidados Domiciliários CUF, que são uma extensão dos serviços prestados nas clínicas e hospitais da rede CUF. Integram ainda os Cuidados Domiciliários Especializados, que englobam serviços de reabilitação, cuidados a idosos, apoio a pais e filhos, cuidados paliativos, cuidados na patologia neurológica e oncologia. Os Cuidados Domiciliários estão disponíveis nas regiões da Grande Lisboa e do Grande Porto, a qualquer hora ou dia. Na atual fase de pandemia, também é possível realizar testes de despiste a COVID-19 em casa por marcação. “Sentimos um grande aumento de pedidos de consultas domiciliárias por parte de pessoas que suspeitavam ter COVID-19 ou doentes já com diagnóstico que queriam uma reavaliação”, revela Pedro Correia Azevedo. “Para estes

doentes, fomos e continuamos a ser uma boa resposta, já que se diminui o risco de propagação da doença, tendo em conta que o doente permanece no conforto de sua casa. Muitos acabaram por ser referenciados dos Cuidados Domiciliários para a Hospitalização Domiciliária.” Acrescente-se que, para que a referenciação de doentes com COVID-19 aconteça para a Hospitalização Domiciliária, “é necessário que haja estabilidade da infeção respiratória e que tenham decorrido sete dias com sintomas”.

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MIGUEL MADEIRA (4SEE)

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EFEMÉRIDE

Alfredo da Silva: 150 anos do maior industrial português do século XX A Fundação Amélia de Mello assinala o 150.º aniversário de Alfredo da Silva, fundador do Grupo CUF, com um programa de conferências que lembram a vida e obra do industrial português, mas que destacam também o presente e futuro de grandes áreas da economia e da sociedade portuguesa. F oi em Lisboa, no dia 30 de junho de 1871, que nasceu o primeiro de quatro filhos do comerciante Caetano e da sua mulher Emília. Chamava-se Alfredo da Silva e viria a tornar-se o maior industrial português do século XX. Desde cedo demonstrou ter veia para o negócio e, mesmo antes de terminar a formação superior em Comércio – com uma média de 16,1 valores, a melhor do seu curso –, já participava ativamente em empresas nacionais de relevo, como a Carris ou o Banco Lusitano. Estas primeiras experiências foram cruciais para que Alfredo da Silva cultivasse o seu espírito empreendedor, viajasse, conhecesse o que de melhor se fazia no resto da Europa e se rodeasse das pessoas certas para o apoiarem no futuro. Ainda nem 30 anos tinha e já desbravava caminho em áreas tão distintas como saúde, transportes, construção naval, metalomecânica ou banca. O auge da sua carreira acabou, contudo, por ser a criação do Grupo CUF, o maior e mais diversificado grupo empresarial português, que chegou a integrar mais de uma centena de empresas. Não obstante, esse não foi o seu único feito. Também se destacou pela sua obra social. “Alfredo da Silva percebeu o que os empresários da sua época não percebiam – e, mesmo hoje, poucos percebem: o sucesso da produção e do negócio está na forma como se tratam os funcionários”, começa por explicar Jaime Branco, Diretor da NOVA Medical School e membro da Comissão das Comemorações dos 150 anos de Alfredo da Silva. “Quis dar melhores condições de vida aos seus funcionários e às suas famílias, melhores locais onde morar e deixar os filhos, bons espaços para momentos de lazer, entre outros.” Foi esse desígnio

que o levou a conceber o primeiro Hospital da CUF, cujas portas abriram em 1945, já após a sua morte. “Inicialmente, este hospital era dedicado sobretudo aos funcionários da CUF e respetivos familiares, para os proteger na doença. Era uma abordagem completamente nova em Portugal, razão pela qual associamos Alfredo da Silva a responsabilidade social e inovação.” Coube ao genro do industrial português, Manuel Augusto José de Mello, e aos seus netos darem continuidade ao Grupo CUF após a sua morte. Parte dessa herança é o Grupo José de Mello tal como hoje o conhecemos e, mais concretamente, a CUF, ou iniciativas como os Prémios Alfredo da Silva e a Bolsa D. Manuel de Mello, responsáveis pelo apoio a projetos de investigação de jovens médicos. “O fim maior destes prémios é a melhoria da prestação de cuidados de saúde. Têm cumprido a sua função”, assegura Jaime Branco. É tão rico o legado de Alfredo da Silva que, este ano, por ocasião do 150.º aniversário do seu nascimento, o inesquecível industrial será celebrado com um vasto programa de conferências e iniciativas.

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3 PERGUNTAS A... ? JAIME BRANCO Diretor da NOVA Medical School

Nasce Alfredo da Silva 30 DE JUNHO DE 1871

e membro da Comissão das Comemorações dos 150 anos de Alfredo da Silva

1892 Conclui o Curso Superior de Comércio de Lisboa

Quando pensa na vida e obra de Alfredo da Silva, que palavras lhe vêm à cabeça? Empreendedorismo, responsabilidade social, inovação, visão nacional e internacional. Como acha que Alfredo da Silva contribuiu para as bases da Medicina que se pratica atualmente? Não tenho qualquer dúvida de que a medicina privada hospitalar em Portugal seria hoje completamente diferente se Alfredo da Silva não tivesse decidido construir o Hospital da CUF. Não é por acaso que a CUF é o maior grupo privado hospitalar português. Claro que Alfredo da Silva não tinha essa visão de mudar a Medicina – na altura, estava apenas preocupado com a proteção dos seus funcionários e familiares –, mas foi pioneiro e a sua influência no longo prazo é inegável. Que pontos destaca no plano das comemorações dos 150 anos de Alfredo da Silva? A inauguração do Hospital CUF Tejo, que é, neste momento, o mais moderno dos hospitais portugueses. Além disso, destaco as conferências dedicadas à área da saúde, como a que decorreu a 13 de abril [“Futuro da Medicina e Temas Centrais de Vida”], que focou temas como o envelhecimento, a ética ou as tecnologias da saúde, e aquela que se realizou a 28 de maio [“O Contributo da CUF para a Medicina em Portugal”].

1894 Ocupa o cargo de administrador-gerente da Companhia Aliança Fabril (CAF) e casa com Maria Cristina Resende Dias de Oliveira

1898 Nascimento da nova CUF (após a fusão da CAF com a então concorrente CUF)

1906 Início da obra social a favor dos trabalhadores da CUF, através da construção de uma escola, uma farmácia e um posto de socorros médicos

1919 Dois atentados contra a vida de Alfredo da Silva obrigam-no ao exílio. Entretanto, a sua única filha, Amélia da Silva, casa com Manuel Augusto José de Mello

O CONTRIBUTO DA CUF PARA A MEDICINA EM PORTUGAL Uma das mais relevantes conferências do plano das comemorações dos 150 anos de Alfredo da Silva intitulou-se “O contributo da CUF para a Medicina em Portugal”, cuja missão foi a de refletir sobre o papel da CUF no sistema de saúde em Portugal ao longo dos últimos 75 anos. Para ajudar a pensar o futuro, estiveram presentes vários especialistas nacionais em áreas como a Inteligência Artificial, a Simulação Médica ou a Inovação Farmacológica. A conferência contou ainda com a intervenção de Sandra Swain, reconhecida oncologista e investigadora americana, especialista na área do cancro da mama. Saiba mais em alfredodasilva150anos.pt .

Morre Alfredo da Silva 22 DE AGOSTO DE 1942

1945 Inauguração do primeiro Hospital da CUF

1961 Inauguração da Lisnave, outro dos projetos que Alfredo da Silva deixou pensados antes de morrer e que viria a tornar-se um dos maiores estaleiros de reparação naval ao nível mundial

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A SUA SAÚDE EM PRIMEIRO PLANO

O acompanhamento médico regular é essencial para garantir uma vida saudável e diagnosticar atempadamente doenças que, quando reveladas em fases avançadas, podem ter consequências graves ou mesmo letais. Apesar disso, desde o início da pandemia, muitos portugueses têm vindo a adiar consultas ou a realização de exames. Um comportamento que a CUF quer contrariar ao desenvolver uma resposta cada vez mais completa no apoio aos doentes com COVID-19 ao mesmo tempo que incentiva a retoma segura dos cuidados de saúde habituais.

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A SUA SAÚDE EM PRIMEIRO PLANO

H á pouco mais de um ano, Portugal tendo em vista a preparação dos hospitais da rede para a pandemia que, já se sabia, chegaria, desconhecendo-se, no entanto, a dimensão e o impacto que acabaria por ter no país. “Pelo que se estava a passar na Europa, tínhamos a noção do que poderia acontecer”, recorda Maria de Fátima Grenho, Coordenadora de Medicina Interna no Hospital CUF Tejo. “Eu e a minha equipa reunimos virtualmente com colegas de Itália e começámos a preparar-nos para uma situação como a que ocorreu em Espanha e Itália.” Este foi apenas o primeiro momento de um esforço combinado que levou a CUF a alocar quatro hospitais para o tratamento de doentes com COVID-19 – Hospital CUF Tejo, Hospital CUF Porto, Hospital CUF Descobertas e Hospital CUF Sintra –, juntando-lhes ainda uma nova Unidade de Hospitalização Domiciliária. No total, a rede CUF chegou a ter 137 camas reservadas para a resposta à COVID-19, 26 das quais em unidades de cuidados intensivos, tendo recebido mais de 200 doentes encaminhados pelo Serviço Nacional de Saúde. O Hospital CUF Infante Santo – hoje Hospital CUF Tejo – “foi um dos primeiros a ser chamado ao combate à pandemia”, Maria de Fátima Grenho • Coordenadora de Medicina Interna no Hospital CUF Tejo vivia ainda em aparente normalidade. As ruas tinham o movimento habitual, os engarrafamentos repetiam-se à hora de ponta e os locais turísticos fervilhavam com visitantes estrangeiros. Contudo, em fevereiro de 2020, entre as equipas médicas da CUF, a realidade já era outra,

recorda Maria de Fátima Grenho, ressalvando que a equipa desta unidade já se encontrava, em antecipação, a adaptar as suas instalações, a treinar elementos e a criar protocolos antes mesmo de ser anunciado o primeiro estado de emergência. Adicionalmente, profissionais de saúde de outras unidades CUF reforçaram as equipas do Hospital CUF Infante Santo. Um apoio que permitiu garantir uma resposta adequada às necessidades apresentadas por um dos maiores e mais exigentes desafios colocados ao sistema nacional de saúde. “Era tudo novo para nós, pelo que fomos estabelecendo os protocolos de acordo com o que se estava a fazer internacionalmente. Exigiu uma preparação muito grande.” Felizmente, ao contrário do que se temia, na primeira vaga só uma minoria dos doentes internados necessitou de cuidados intensivos. A situação revelou-se bem distinta em 2021, por ocasião da nova grande vaga da doença. “Em janeiro, houve alturas em que chegámos a ter praticamente todas as camas ocupadas”, revela Maria de Fátima Grenho. “Ocupámos um piso inteiro de internamento, cerca de 70 camas, para o tratamento da COVID-19.” A responsável recorda, aliás, que chegaram a ter famílias inteiras internadas. “O lado positivo foi o facto de muitos doentes terem recuperado, apesar das horas de angústia em que tememos que isso pudesse não acontecer.” Adicionalmente, com as 14 camas da Unidade de Cuidados Intensivos Polivalentes (UCIP) do Hospital CUF Tejo dedicadas a estes doentes, foi necessário criar uma nova UCIP para atender os restantes doentes – porque, como é importante lembrar, há vida (e doença) além da COVID-19.

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“SENTI-ME SEGURO E ACOMPANHADO NO MEU DIA A DIA”

Para Maria de Fátima Grenho, as diferenças entre as duas vagas foram colossais, inclusive nos tratamentos adotados. “Na mais recente vaga, através de publicações e casuística, aprendemos que podíamos tratar estes doentes recorrendo a terapêutica com corticoides e, eventualmente, a heparina de baixo peso, um anticoagulante eficaz na prevenção de fenómenos trombóticos.” Não obstante, a verdade é que se em março de 2020 até houve doentes que puderam ficar em casa com vigilância, o ano de 2021 trouxe situações mais graves. “Por vezes os doentes chegavam ao Atendimento Médico Permanente com saturações de oxigénio muito baixas, sem sequer terem noção de que estavam com dispneia (dificuldade respiratória). Apenas se queixavam de cansaço. As pneumonias também eram mais graves e, ao contrário do que aconteceu em 2020, tivemos de escalar a terapêutica com oxigénio antes de os doentes passarem para os cuidados intensivos.” João Froes foi um destes doentes. Com 66 anos e uma vida ativa, sempre se considerou saudável. Por isso, quando adoeceu com COVID-19, em conjunto com a mulher e um dos filhos, não se sentiu demasiado preocupado. Os sintomas do filho começaram num domingo; os de João e da sua mulher na terça-feira seguinte. “Todos sentíamos tosse seca, mas a minha mulher e o meu filho também tinham febre.” Os três tomaram paracetamol e, com a exceção de João, os sintomas foram melhorando e desapareceram em poucos dias. “Já o meu caso foi completamente diferente. Quase uma semana depois, a minha febre subiu para 38,5°C e comecei a sentir-me muito cansado. Entretanto, também já tinha começado a sentir alterações ao nível do paladar.” Com a sensação de fadiga a aumentar, ligou para a Saúde 24 e deslocou-se a um hospital lisboeta para fazer análises e um raio X. “Passei o resto dessa semana sempre com febre, que nunca baixava dos 38°C, cansado e sem me sentir bem.” Depois de quase desmaiar numa dessas noites, a sua família contactou o INEM. “Os bombeiros fizeram-me uns testes e disseram que os níveis de oxigénio não eram preocupantes, por isso decidi manter-me em casa.” No entanto, o seu estado de saúde teimava em não melhorar, pelo que a família acabou por levá-lo para uma reavaliação no Atendimento Médico Permanente do Hospital CUF Tejo. “Estava psicologicamente em baixo, porque tinha visto a minha mulher e o meu filho a terem um percurso completamente diferente, mas a minha expectativa era de que o médico se limitasse a alterar-me a medicação e me mandasse de volta para casa.” Não foi o que aconteceu. Quando chegou à unidade da CUF, João encontrava-se já com uma pneumonia bilateral e saturações de oxigénio muito baixas. “Quando o João deu entrada, tinha saturações de 70 (o normal é 98), mesmo com suplementação de oxigénio de três litros por minuto”, recorda Maria

de Fátima Grenho, que acompanhou o caso. “Nestes doentes, o que pretendemos é que estejam acima de 94-95, caso contrário entrarão em exaustão e precisarão de suporte respiratório”, explica a médica, recordando que “o valor baixo do João levou à necessidade de recurso a uma máscara de alto débito – que permite obter a concentração máxima de oxigénio (100%)”. João acabou por ficar nove dias internado na CUF. Além do apoio respiratório, o tratamento consistiu na administração de medicação para prevenir e combater a possibilidade de ficar imunodeprimido ou sujeito a infeções bacterianas, situações que podem ocorrer em doentes infetados com uma doença viral. “O grau de comprometimento pulmonar é que determina a evolução, mas existe uma janela, entre os oito e 12 dias de doença, em que a evolução pode surpreender, por isso estes doentes têm de ter um acompanhamento médico e de enfermagem quase constante”, indica Maria de Fátima Grenho. João Froes não poderia sentir-se mais satisfeito com a forma como foi assistido: “O serviço prestado foi excelente a todos os níveis. Senti-me seguro e acompanhado no meu dia a dia.”

João Froes • Doente tratado à COVID-19 no Hospital CUF Tejo

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RAQUEL WISE (4SEE)

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