Revista + Vida 27 | A saúde em primeiro plano

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ENTREVISTA • RUI DINIZ

Além da digitalização, que outras tendências antevê para o futuro da prestação de cuidados de saúde? E em quais se irá focar a CUF? A aposta tecnológica de que falámos é um espelho da forma como a CUF entende os seus cuidados de saúde e de como aposta em práticas diferenciadas e integradas, nomeadamente nas doenças crónicas. A diabetes, a saúde mental e a oncologia são áreas às quais estamos a dar a maior atenção, e assim continuaremos – somos, aliás, o sexto maior diagnosticador de cancro em Portugal e o maior no setor privado. Esta medicina com vista às doenças do futuro, que também incluem as doenças cardiovasculares e as neurociências, implica o investimento em tecnologia de ponta capaz de assegurar cuidados cada vez mais precisos e seguros, com uma abordagem centrada na prevenção e com recurso aos mais avançados meios diagnósticos e cirúrgicos.

A propósito de futuro, como projeta o da CUF? Numa altura em que tanto se fala da importância de as empresas terem um propósito e numa instituição que tem na sua génese a responsabilidade social, de que forma a CUF poderá continuar a criar valor para a sociedade? Projetamos o futuro da CUF a partir dos nossos ativos. São eles as nossas forças. Destaco três ativos muito importantes. O primeiro será o talento reunido entre todos os extraordinários colaboradores que compõem as nossas equipas. A CUF tem hoje mais de 4000 médicos, mais de 2000 enfermeiros, gestores experientes, técnicos, administrativos, auxiliares, entre muitas outras categorias profissionais. A nossa pool de talento é o nosso principal ativo. Por outro lado, também a gestão em rede é a nossa marca, conjugando o melhor de unidades individuais muito fortes com uma marca respeitada, reconhecida e associada a qualidade em todas as frentes. A tecnologia é o terceiro ativo que destaco. Tem sido alvo de grandes investimentos, nomeadamente em dados e sistemas de informação que facilitam as tomadas de decisão clínicas mas também a relação com o cliente, que reconhece o acompanhamento em todo o processo. É com estes três ativos conjugados que perspetivamos o futuro, de forma a aprofundarmos a posição da CUF como prestador de referência nos cuidados de saúde, com um foco claro na diferenciação do nosso corpo clínico, na qualidade dos nossos processos e na segurança em toda a linha de tratamento. Além disso, temos a ligação à academia, nomeadamente com a NOVA Medical School, numa aposta clara na relação entre o ensino e a prática clínica. Queremos ser capazes de continuar a responder às questões mais complexas sem deixar de estar perto da população. Queremos ser a instituição na qual as pessoas podem confiar, ao oferecermos cuidados de saúde essenciais, ajudando igualmente na gestão da sua saúde. É assim que pensamos criar valor para a sociedade: tornando a nossa presença cada vez mais forte junto da comunidade. Somos membros de conselhos comunitários de apoio social e trabalhamos com as instituições locais de forma a contribuir para programas ao nível local e criar um impacto positivo, com valor efetivo, na comunidade.

“A digitalização vem ao encontro de tendências importantes nos cuidados de saúde: maior amplitude nos cuidados, prestação mais abrangente e gestão em rede.”

UMA MENSAGEM AOS COLABORADORES DA CUF

De acordo com Rui Diniz, nenhuma palavra define melhor os profissionais da CUF no último ano do que “superação”. O Presidente da Comissão Executiva da CUF explica que, particularmente no período de pandemia, tão exigente para as instituições de saúde, “todos os colaboradores demonstraram uma disponibilidade muito clara e, sem eles, não teria sido possível dar a resposta concertada que a CUF efetivamente deu”. Rui Diniz acrescenta: “Nunca é demais reconhecer e agradecer o trabalho que foi feito por todos, num esforço que foi conjunto, mas com um foco merecido a quem trabalhou na linha da frente. Foi a união e a organização concertada que permitiram prestar este serviço.” E dá um exemplo: “Lembro os colaboradores responsáveis pela limpeza, que tiveram um papel decisivo numa altura em que os níveis de higienização e desinfeção eram temas determinantes”, destacando ainda “o espírito de entreajuda que esteve sempre presente e que deixou clara a grande proximidade das pessoas aos nossos valores, em servir os nossos doentes, indo ao encontro da expectativa dos clientes e fazendo jus à confiança depositada em nós.” O Presidente da Comissão Executiva da CUF garante que, ao longo dos últimos 18 meses, houve a preocupação de comunicar regularmente também com as famílias dos colaboradores, que demonstraram orgulho no trabalho que estava a ser feito: “Ficou claro que esta é uma vertente à qual queremos dar ainda mais enfoque no futuro. Estamos, por isso, a trabalhar num programa reforçado de conciliação e equilíbrio da vida familiar e profissional, como parte do nosso compromisso para um melhor futuro para todos.”

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