Revista + Vida 25 | A sua saúde é uma prioridade

saúde |

FAMÍLIA

Um médico para toda a família

Mais do que um profissional capaz de dar resposta aos problemas de saúde nas várias gerações e fases da vida, o médico assistente é alguém com quem o doente desenvolve uma relação próxima e de confiança. Saiba mais sobre o papel do médico de família.

O ficialmente, é conhecido como médico assistente. como “o médico da família”. Embora desempenhe um papel determinante na prevenção de doenças e na promoção da saúde, as suas funções não terminam no final dos tratamentos. E é através deste vínculo duradouro que, com frequência, se desenvolve uma relação de proximidade e confiança. “A importância de ter um médico No entanto, há quem prefira descrevê-lo simplesmente

“É o profissional que acompanha o doente em todo o seu percurso clínico. O seu olhar mais abrangente permite- lhe não só ter uma visão integrada da multiplicidade das suas patologias mas também relacionar as respetivas características clínicas com aspetos psicológicos, sociológicos ou mesmo etários específicos.” De acordo com a Internista, o médico assistente “é alguém facilmente acessível, que escuta o doente, lhe dá tempo e atenção, o trata com respeito e humanidade, o informa adequadamente e o conhece, bem como às suas prioridades e à sua circunstância profissional, familiar ou social.” Estas características acabam por facilitar o desenvolvimento de uma relação de partilha e respeito mútuo, muitas vezes alargada a outros elementos da família, que se revela fundamental para a identificação atempada de eventuais problemas de saúde. “Pessoalmente, e não raras vezes, chego a sentir-me uma espécie de extensão da família”, revela Ana Sofia Ventura. “Uma figura amiga em quem se confia e cuja opinião é procurada e ouvida em situações-chave relacionadas com a saúde ou até com a própria dinâmica familiar.” Nos cuidados de saúde privados, este

papel pode ser desempenhado tanto por especialistas em Medicina Geral e Familiar como, no caso da população adulta, por especialistas em Medicina Interna. A saúde não pode ser adiada A relação de proximidade entre médico assistente e doente tornou-se particularmente relevante no contexto de pandemia. Ana Sofia Ventura revela, porém, que na fase de confinamento “houve uma diminuição na procura do médico assistente, que se manteve quase exclusivamente ativa em situações pontuais, urgentes ou inadiáveis, ou em caso de necessidade

“A importância de ter um médico assistente acessível e próximo é hoje incontestável.”

Ana Sofia Ventura Médica Internista no Hospital CUF Sintra

assistente acessível e próximo é hoje incontestável, sobretudo quando se pretende e exige que a medicina seja cada vez mais individualizada”, explica Ana Sofia Ventura, Médica Internista no Hospital CUF Sintra.

50 | +vida _ julho 2020

Powered by