Revista + Vida 25 | A sua saúde é uma prioridade

meios digitais, o que constitui também uma oportunidade. Nesta crise conseguimos, em muito pouco tempo, dois fenómenos extraordinários: o primeiro foi, como já referi, colocar mil pessoas em teletrabalho em dois ou três dias, o que tem funcionado muito bem; e o segundo foi abrir um serviço de teleconsultas que colocou à disposição mais de mil médicos e, em muito poucos dias, atingiu cerca de mil consultas diárias. Penso que a digitalização é um fenómeno que vai ser acelerado e é, certamente, uma oportunidade que vamos aproveitar. Outra oportunidade que identifico é a de estarmos mais próximos das pessoas, aproveitando a tecnologia para ir ao encontro das pessoas onde estiverem, nomeadamente em casa. Estamos a trabalhar num conjunto de projetos nesse sentido. Numa visão de futuro, o que ambicionamos é estar com as pessoas onde elas estiverem.

por semana e durante estes três meses, semanalmente, mais de 80% deixaram de ser diagnosticados. Esta realidade só vai ser percebida a médio e longo prazo, quando esses cancros já forem muito mais graves do que seriam se fossem identificados precocemente. O nosso apelo é, por isso, para que as pessoas não deixem de vir ao hospital sempre que precisem de cuidados. Acredita que assistiremos a uma nova forma de prestar cuidados de saúde? Emergirá um novo paradigma? Penso que esta pandemia trará, de facto, alterações nos comportamentos. Enquanto prestadores de cuidados de saúde teremos de estar muito atentos a essas mudanças, na maneira de pensar e de agir. Até porque estamos completamente empenhados em estar ao serviço das pessoas. Uma tendência que me parece que veio para ficar prende-se com o maior recurso a

“A CUF tem tido a capacidade de inovar sistematicamente. Nos últimos 75 anos, transformou e ajudou a transformar a medicina em Portugal.”

+vida _ julho 2020 | 37

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