Revista + Vida 25 | A sua saúde é uma prioridade

RICARDO LOPES/4SEE

"Senti-me completamente seguro. "

Manuel Faria Blanc Paciente CUF

Vencer o medo, salvar a vida Manuel Faria Blanc confessa que hesitou antes de se dirigir ao Atendimento Permanente do Hospital CUF Infante Santo, a 20 de abril. Dois dias antes, enquanto fazia exercícios na sua passadeira, em casa, tinha sentido um peso no peito que desapareceu depois de descansar um pouco. No entanto, naquele dia, uma dor de estômago alarmou-o. Com 65 anos e um enfarte do miocárdio no historial, sabia pertencer ao grupo de risco, mas estava confinado em casa desde 13 de março. “Estávamos em plena fase de pandemia ‘assanhada’, por assim dizer, e não me apetecia nada ir ao hospital”, admite. Acabaram por ser as suas filhas, ambas profissionais na área da saúde, que o convenceram a deslocar-se ao Hospital CUF Infante Santo. “Ainda bem que fui, porque estava a ter um enfarte”, recorda. “Dei entrada a 20 de abril e passei lá essa noite. No dia seguinte fiz um cateterismo, coloquei um stent e tive alta dois dias depois.” Apesar de ter experienciado um primeiro enfarte seis anos antes, Manuel Faria Blanc não reconheceu de imediato os sinais. “Os sintomas de enfarte são muito parecidos com os de quem tem um problema de refluxo gastroesofágico”, explica este administrador não executivo de um banco

que, durante o tempo que passou no hospital, se apercebeu de que os receios iniciais de recorrer ao Atendimento Permanente eram infundados. “Senti- me completamente seguro. Os circuitos estavam totalmente separados”, recorda. O teste à COVID-19 feito à chegada, bem como o raio X ao tórax, também lhe deram a garantia que, a nível dessa infeção, não tinha com que se preocupar. Manuel Faria Blanc é acompanhado na CUF desde o primeiro enfarte, com consultas a cada seis meses e a realização de exames que incluíram, entre outros, eletrocardiograma, holter e prova de esforço. No dia 1 de junho, regressou ao Hospital CUF Infante Santo para um eletrocardiograma que revelou que o enfarte sofrido em abril não deixou lesões. “E nessa altura já fui completamente tranquilo”, revela. Enquanto não chega a altura de fazer os próximos exames, Manuel Faria Blanc vai continuar a recuperar em casa, mantendo-se em regime de teletrabalho sem falhar as reuniões por videoconferência da administração do banco e da IPSS - Instituição Particular de Solidariedade Social, que dirige. “Também já estive uns dias fora de Lisboa. Mas sempre com cuidado.”

+vida _ julho 2020 | 19

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