Revista + Vida 31 | Saúde no masculino

testemunhos

HISTÓRIAS FELIZES

Uma questão de confiança João já tinha desistido de procurar ajuda médica. Não acreditava na possibilidade de, um dia, ficar curado. Foi então que, em 2021, a sua mãe o convenceu a realizar uma teleconsulta com Sofia Pinto Luz, médica que acompanhava através da página “Senhora Alergia”, nas redes sociais. A médica, ao conhecer o seu histórico e compreender os seus receios, explicou-lhe que muitos casos de alergia alimentar são transitórios, ou seja, com o tempo, os doentes podem adquirir tolerância e acabam por voltar a ingerir os alimentos sem qualquer reação. Para perceber como é que o João reagia ao contato com o alergénio, a médica expôs-lhe a possibilidade de, com o acompanhamento correto e seguro em âmbito hospitalar, ser avaliado.“Transmitiu-me tanta tranquilidade que aceitei ir a Lisboa fazer exames.” A Imunoalergologista recorda que, não obstante, João chegou apreensivo: “Estava muito cético, porque achava que já não havia nada a fazer por ele e que teria de viver com as restrições o resto da vida.” No entanto, o teste cutâneo por picada que fez na Clínica CUF São Domingos de Rana revelou que a alergia estava controlada. “Senti-me seguro e acompanhado durante todo o processo”, garante João. “O enfermeiro foi cinco estrelas. Explicou-me como o teste era feito, o que contribuiu para eu ultrapassar a barreira psicológica.” O passo seguinte foi a realização de uma prova de provocação oral no hospital de dia do Hospital CUF Tejo, monitorizada pela Imunoalergologista e a equipa de enfermagem, pelo risco de reações alérgicas graves, que, caso ocorram, t m de ser imediatamente controladas pela equipa clínica. Durante o teste, o João comeu, pela primeira vez na sua vida, um croissant com fiambre e queijo. O resultado não podia ser mais animador: o corpo não teve qualquer reação, o que significava que já não era alérgico às proteínas do leite de vaca.

ALERGIA ALIMENTAR

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Sintomas

O que é?

Os mais comuns são erupção cutânea, urticária, olhos lacrimejantes, espirros, vómitos, diarreia e dor abdominal. Nas reações mais graves pode ocorrer um choque anafilático, ou seja, inchaço dos lábios, língua ou garganta, diminuição repentina da pressão arterial, falta de ar, dificuldade em engolir, perda de consciência ou mesmo morte, caso o doente não tenha tratamento médico imediato.

É uma resposta imunológica anormal a uma determinada fração (alergénio) de um alimento que o organismo considera uma entidade agressora. Pode manifestar-se em apenas alguns minutos ou até duas horas após a ingestão, inalação ou contacto com o alimento. Não deve ser confundida com intolerância alimentar, que é algo que ocorre quando há falta da enzima necessária à boa digestão de uma fração do alimento e cujos sintomas envolvem apenas o sistema digestivo (gases, cólicas e diarreia).

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ANTÓNIO AZEVEDO (4SEE)

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