Revista + Vida 31 | Saúde no masculino

“V -lo ultrapassar a sua alergia foi um momento muito bonito”, afirma Sofia Pinto Luz. “É sempre importante haver um acompanhamento médico regular e ter confiança e empatia com o médico. Aqui, a confiança foi fundamental.” João Alves confirma: “Não tenho palavras para descrever a forma como a Dra. Sofia lidou com todo o processo. Foi claramente um fator decisivo para este desbloqueio. Disse-me que podia seguir a minha vida como quisesse e que não era forçado a nada. Podia comer o que

quisesse, quando quisesse e na quantidade que quisesse. O facto de não ter pressão fez com que acabasse por comer de tudo.” E acrescenta: “Hoje, é-me muito estranho olhar para trás e pensar que tive todas aquelas restrições. Já faço uma vida normal.” Para celebrar, foi jantar a um restaurante com a família e a namorada. Provou lá, pela primeira vez, uma francesinha. “Foi muito interessante ver a reação de todos. Aliás, eu até era quem estava mais confiante e confortável”, recorda. “Foi o maior marco de todos.”

EM NÚMEROS Estima-se que, no mundo,

80%

8% das crianças

5% dos adultos

dos casos de alergia desaparecem

até aos 10 anos de idade

sejam afetados por alergias alimentares

Diagnóstico

A evicção alimentar total é a forma mais segura de prevenir a alergia alimentar. O doente não deve ingerir, inalar ou contactar com o alimento que desencadeia a reação alérgica ou com produtos que tenham o alimento na sua composição (como, por exemplo, medicamentos e produtos cosméticos). Quando os sintomas são ligeiros, o tratamento passa pelo uso de anti-histamínicos ou corticoides. Nos casos mais graves, o doente é aconselhado a transportar sempre uma caneta de adrenalina, que deve ser utilizada rapidamente em caso de choque anafilático. Tratamento

Em consulta médica, após uma conversa detalhada, são realizados exames complementares de diagnóstico, incluindo testes cutâneos por picada e análises sanguíneas para dosear a imunoglobulina E (IgE). Estes exames servem para identificar qual ou quais são os alimentos a que o doente é alérgico e em que grau. São também feitas provas de provocação oral, durante as quais o doente ingere pequenas doses dos alimentos suspeitos a intervalos regulares até ocorrer uma reação. Realizado em ambiente hospitalar, este exame também permite verificar se a alergia persiste ou se o doente está curado.

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