Revista + Vida 28 | Cancro da Mama

testemunhos

CIDADANIA EMPRESARIAL • Bolsas GO UP

Reconhecer e desenvolver talento

Nunca é tarde para cumprir sonhos, sobretudo quando estes passam por voltar a estudar. Em 2019, a CUF criou as bolsas GO UP para incentivar os colaboradores não licenciados a frequentarem o ensino superior. Ao fim de pouco mais de três anos, 21 colaboradores já foram abrangidos pela iniciativa. Rui Moura e Maria José Oliveira são dois desses exemplos.

C oncluir um curso superior era um sonho há muito na Direção de Novos Modelos Assistenciais da CUF. No passado, chegou a frequentar uma licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial, mas viu-se obrigado a interromper os estudos pouco tempo depois de os ter iniciado. “Tinha de trabalhar, inclusive nas férias, e por isso tinha pouco tempo. Acabei por parar”, explica. Ambicioso e exigente consigo mesmo, mas também confiante das suas capacidades, Rui Moura sempre acreditou que um dia haveria de concretizar esse seu sonho. Depois de ter experimentado Matemática Aplicada e a Escola Naval da Marinha, em 2018, reinscreveu-se no curso de Engenharia e Gestão Industrial em regime pós-laboral. No ano seguinte, já a frequentar o segundo ano da licenciatura, candidatou-se a uma das cinco bolsas GO UP criadas na altura pela CUF – e foi um dos vencedores. Curiosamente, começou por ter dificuldade em acreditar que tinha ganho, até porque, como diz, não costuma “ter muita sorte nestas coisas”. Acabou, contudo, por cair em si quando se realizou perseguido por Rui Moura, que, aos 36 anos, integra a equipa de Produção de Medicina Dentária, um projeto integrado a cerimónia de entrega das bolsas. “Esta bolsa permitiu-me retomar o que tinha parado e deu-me a energia e o empurrão de que eu precisava”, confidencia. “Se não tivesse ganhado a bolsa, teria parado os estudos e não sei se os iria retomar.” De acordo com Mariana Ribeiro Ferreira, Diretora de Cidadania Empresarial da CUF, as bolsas GO UP foram criadas

com o intuito de “incentivar os colaboradores a complementarem as suas atuais formações com uma licenciatura ou um mestrado integrado ou com cursos técnicos superiores profissionais no ensino superior, através de apoio financeiro para pagamento das propinas e material escolar”. Há vários anos que a CUF apoia a formação superior dos filhos dos seus colaboradores através de bolsas de estudo concedidas pela Fundação Amélia de Mello, no entanto ainda não tinha uma medida estruturada que fosse diretamente dirigida aos colaboradores que quisessem aumentar o seu nível de escolaridade. Integradas no programa CUF Inspira, as bolsas GO UP permitiram preencher essa lacuna. Com um valor individual de 900 euros, são renovadas anualmente mediante a apresentação dos comprovativos de aprovação ou transição para o ano letivo seguinte. Qualquer colaborador sem formação superior pode candidatar-se. “A candidatura à bolsa GO UP pode ser apresentada sem qualquer limitação de área formativa, embora um dos critérios de ponderação das candidaturas seja a ligação entre a área de estudo e as funções desempenhadas. Este é, no entanto, um critério de ponderação entre outros e não um fator de exclusão”, esclarece Mariana Ribeiro Ferreira. “Em caso de igualdade, são considerados outros critérios na apreciação das candidaturas, como a avaliação de desempenho, a antiguidade do colaborador e o montante do seu vencimento, privilegiando-se os que auferem vencimentos mais baixos.”

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