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REPORTAGEM

As melhores soluções de segurança “Esta pandemia, geradora de tantas mudanças no nosso quotidiano, chegou sem aviso prévio e provocou mudanças em todos os nossos processos familiares e profissionais. Enquanto enfermeiro no Hospital CUF Viseu, responsável pelo Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA), desde logo percebi que um grande desafio estaria pela frente, mas também que uma grande equipa estaria preparada para assegurar, acima de tudo, a segurança para colaboradores e doentes. Integrei a equipa do Gabinete de Crise do hospital e participei nas reuniões diárias do PPCIRA da CUF e o foco de todas as deliberações foi sempre encontrar as melhores soluções visando a maior segurança. Algumas decisões foram alteradas, alguns procedimentos foram revistos, mas tudo fez parte de um processo de aprendizagem a que evolução da situação obrigou. Sem dúvida que as medidas propostas e implementadas foram, no meu entender, as mais adequadas a cada momento. A nova ‘normalidade’ vai-se instalando gradualmente também dentro dos hospitais. Novas preocupações e até novas formas de reunir e comunicar, todo um novo desafio diário para encontrar o equilíbrio entre a retoma e a segurança, entre a confiança e os receios de doentes e colegas. Mas tudo isto faz parte da natureza da Enfermagem, a adaptação à mudança e o encarar de cada dificuldade como um novo desafio. Neste momento sinto, acima de tudo, orgulho por pertencer a uma equipa que aceitou um desafio para o qual ninguém estava preparado e que o encarou com determinação e segurança. Se estes últimos meses de trabalho se resumissem numa palavra: segurança.”

Adaptação em tempo recorde

“As medidas de proteção que foram implementadas, tanto para clientes como para colaboradores, basearam-se nas diretivas da Organização Mundial da Saúde e da Direção-Geral da Saúde, adaptadas à realidade do nosso hospital. Os temas foram amplamente debatidos nas várias comissões criadas para o efeito e o resultado foi uma adaptação em tempo recorde aos desafios que nos foram colocados, visando a segurança dos nossos doentes e dos profissionais. A minha equipa teve uma redução da sua atividade presencial em cerca de 90%. No entanto, o acompanhamento dos nossos doentes manteve-se assegurado através do contacto telefónico do médico assistente, com avaliação da situação clínica e ponderação da absoluta necessidade de observação presencial. Para o efeito, foi fundamental o acesso remoto às aplicações, bem como o trabalho do Contact Center CUF e dos elos de ligação que geriram os reagendamentos e os novos pedidos de observação. No contexto atual da retoma progressiva da atividade, estamos a seguir as normas da Direção-Geral da Saúde, que espelham as normas internacionais e que, por sua vez, são baseadas em toda a experiência adquirida e partilhada a nível internacional. Os Equipamentos de Proteção Individual necessários estão disponíveis e as normas de procedimento para circulação no hospital, no bloco operatório e na consulta estão definidas e a começar a fazer parte da rotina. Considero o exercício da minha função nas suas várias vertentes segura e adequada.”

António Almeida Enfermeiro no Hospital CUF Viseu e Gestor de Risco e GCL-PPCIRA

António Cartucho Médico Ortopedista no Hospital CUF Descobertas

48 | +vida _ julho 2020

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