Revista + Vida 25 | A sua saúde é uma prioridade

tecnológico que sistematicamente temos vindo a fazer e de que os robôs cirúrgicos são apenas um dos exemplos. Este aniversário ocorre num contexto muito particular e inesperado. Como foi recebido este desafio inusitado, mas incontornável? Tem sido um desafio muito grande. Diria mesmo que tem sido o desafio das nossas vidas. Passados estes primeiros meses, estou muito satisfeito com o desempenho e com a abordagem da CUF. Os profissionais têm sido excecionais na forma como têm respondido a esta pandemia. Desde o início, elegemos três objetivos muito claros de resposta. O primeiro era, naturalmente, proteger colaboradores e clientes; o segundo era ajudar as autoridades de saúde; e o terceiro era ajudar o país no reforço de meios que se viessem a revelar necessários. Nestes três objetivos, a CUF teve um comportamento exemplar. No que respeita à proteção de clientes e colaboradores, reforçámos muitíssimo as regras de segurança, em poucos dias conseguimos colocar em teletrabalho mais de mil profissionais. Na colaboração com as autoridades de saúde, organizámos os nossos hospitais para servirem e tratarem doentes com COVID-19: colocámos à disposição um hospital em Lisboa e outro no Porto onde tratámos cerca de 100 pessoas e testámos muitas mais. À medida que o tempo foi passando e a pandemia foi estando controlada, reorganizámos novamente a rede para nos dedicarmos àqueles que, não sendo doentes com COVID-19, necessitavam – e necessitam – de cuidados de saúde e que constituem, aliás, uma larga parte da população. Por fim, relativamente à contribuição para o reforço de meios, decidimos oferecer ao Ministério da Saúde cinquenta ventiladores. E fizemo-lo logo em março, numa altura em que havia a noção de uma escassez muito grande destes recursos.

Em 2020, a CUF assinala 75 anos. Se lhe pedisse para resumir esse percurso numa única palavra, qual seria? É difícil resumir numa só palavra um percurso tão rico, mas diria que a que melhor se adequa é impacto. A CUF tem marcado, desde o início, a medicina em Portugal. Tem marcado a vida de muitos portugueses que, desde o nascimento até às doenças mais difíceis, foram diagnosticados e tratados pela CUF. E de uma forma muito competente. Mas, se me permitir mais do que uma palavra, a segunda seria inovação. A CUF tem tido a capacidade de inovar sistematicamente. Nos últimos 75 anos, transformou e ajudou a transformar a medicina em Portugal, desde logo porque sempre apostou fortemente nos melhores profissionais de saúde. Foi assim desde o início. Quando, em 1945, abriu o Hospital da CUF, como era então chamado, os melhores médicos e enfermeiros estavam ali reunidos para prestar uma medicina de excelência. E o parque tecnológico também foi sempre muito inovador. De tal forma que o Hospital CUF Infante Santo foi considerado, desde muito cedo, “a clínica das inovações”. Pegando na palavra que escolheu para sintetizar esta já longa história, que impacto tem efetivamente tido a CUF na saúde e na medicina em Portugal? Há muito para dizer nesse capítulo. Porque o impacto tem sido enorme: desde 1945 que a CUF contribui para a qualidade de vida de milhares ou mesmo milhões de pessoas. Além disso, tem sido um ponto de encontro e de formação de profissionais de saúde de excelência. Gosto, aliás, de referir a CUF como uma escola para muitos profissionais – médicos, enfermeiros, técnicos, mas também gestores. Acresce que a CUF tem sido um fator de inovação permanente. Muitas das novas técnicas da medicina são aplicadas nas nossas unidades, fruto do investimento

+vida _ julho 2020 | 35

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