Revista + Vida 23 | A preparar campeões para a vida

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DESPORTO | A preparar campeões para a vida

LESÕES DESPORTIVAS O QUE PRECISA DE SABER Embora seja essencial na promoção da saúde, a prática desportiva também pode estar na origem de algumas lesões. No entanto, graças aos avanços na área da Imagiologia, o diagnóstico preciso e as melhores abordagens de tratamento permitem o regresso à forma. Mais tarde ou mais cedo as lesões musculoesqueléticas acabam por fazer parte da realidade de qualquer desportista. Podem ter uma natureza aguda, como é o caso de uma rutura músculo-tendinosa, ou crónica, quando o uso continuado de um determinado membro ou articulação provoca desgaste. O correto diagnóstico é fundamental para o tratamento adequado destas patologias.“A Imagiologia tem um papel importante não só no diagnóstico da lesão mas também na avaliação da gravidade e na indicação do tempo de paragem e de retorno à competição”, explica Alberto Vieira, coordenador de Imagiologia no Hospital CUF Porto, para quem esta área tem conquistado um papel cada vez mais importante como meio adjuvante de tratamento, como no caso de intervenções tendinosas ou articulares guiadas por ecografia.

AS LESÕES MAIS COMUNS

LESÕES POR OVERUSE

LESÕES AGUDAS TRAUMÁTICAS

Em alguns desportos, a utilização contínua e intensa de um determinado membro ou articulação pode resultar em tendinopatias degenerativas, como por exemplo: ▶ A rutura tendinosa insercional proximal no ísquion, no caso do atletismo ▶ Lesões relacionadas com a síndrome do polo inferior da rótula, provocadas pela realização continuada de saltos e também designadas por jumper’s knee (joelho do saltador), no andebol e basquetebol ▶ Lesão ou fratura da apófise do osso ganchoso do carpo, o chamado “punho do golfista”, no caso do golfe

São mais comuns em desportos de contacto, como o futebol, e incluem, de acordo com Alberto Vieira, “lesões contusionais por impacto direto com consequentes lesões osteoarticulares ósseas, cartilagíneas, meniscais, ligamentares ou músculo-tendinosas”. Estas últimas também podem surgir “como consequência de contração ou alongamento exagerado e não fisiológico resultante, por exemplo, da rutura do músculo reto femoral no decurso de um remate”.

▶ Epicondilite lateral do cotovelo, o “cotovelo do tenista”, no caso do ténis ou do padel

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