Revista + Vida 23 | A preparar campeões para a vida

incluímos determinadas práticas no plano de exercícios do doente”, afirma Rita Tomás. Uma realidade replicada noutros hospitais e clínicas CUF. “É verdade que o acompanhamento no dia a dia é diferente”, explica Miguel Medalhas Cardoso. “Com os atletas de alta competição é mais contínuo e personalizado, tenho o que chamo de ‘via verde atleta’: não importa as horas, podem procurar-me para resolver um problema. Mas também faço isso com um praticante recreativo.” O médico garante, aliás, que quem entra no seu consultório é tratado como um atleta de alta competição. “Temos uma boa equipa de Medicina Desportiva que funciona em rede como se se tratasse de um centro de alto rendimento. O nível competitivo não interessa, a consulta é que tem de ser de excelência. Eu não estou aqui pelas medalhas mas sim pelos campeões da vida.”

Intensidades diferentes mas a mesma dedicação No caso dos desportistas de alta competição, o número de profissionais que forma esta rede de acompanhamento é bastante maior. “Um desportista recreativo e um desportista de alta competição são atletas com um acompanhamento muito diferente, embora as lesões que apresentam acabem por ser muito semelhantes”, explica Ricardo Antunes. O médico do Hospital CUF Sintra sublinha que as principais diferenças entre estes dois tipos de atletas residem na proximidade do acompanhamento e no tempo de repouso: “Há um acompanhamento muito próximo ao desportista de alta competição, seja na área médica, na Nutrição, na Psicologia, na Fisiologia de Esforço ou na Fisioterapia. Por outro lado, um atleta de alta competição que se dedique de uma forma profissional à sua atividade pode repousar no intervalo dos treinos e das competições, enquanto o atleta recreativo tem uma profissão que não lhe permite repousar da mesma forma.” Rita Tomás, médica especializada em Medicina Desportiva e em Medicina Física e de Reabilitação na Clínica CUF Alvalade, também se tem vindo a deparar com esta realidade: “Na Clínica CUF Alvalade, além das consultas médicas, temos serviços de fisioterapia, dois ginásios – um mais ligado aos membros superiores e outro aos inferiores –, exames complementares como análise da passada ou estudo das pressões plantares e tratamentos como ondas de choque, infiltrações, viscossuplementação, mesoterapia, entre outros, e embora a maioria dos atletas que nos procuram sejam recreativos, queremos oferecer o mesmo nível de serviço que oferecemos a um atleta de elite, o que constitui um desafio, já que os atletas recreativos têm horários mais complicados e nem sempre é fácil conjugar fisioterapia, trabalho e treinos ou sugerir uma paragem.” Apaixonada pela atividade – também é ex-atleta e é atualmente médica da seleção feminina de futebol –, Rita Tomás considera de particular interesse acompanhar os atletas recreativos no seu regresso à atividade ou mesmo à competição após uma lesão. “Se houver alguma dificuldade, como a pessoa é acompanhada pelo médico e pelo fisioterapeuta, rapidamente se resolve o problema. Se tivessem logo alta era mais complicado fazer este acompanhamento. O objetivo é que voltem a fazer o que gostam sem ser em ambiente clínico.” Independentemente do nível ou da intensidade com que o desporto é feito, o tipo de tratamentos e cuidados fornecidos são os mesmos. “Os tratamentos e o know how médico são iguais quer se trate de um atleta de alta competição ou de um desportista recreativo. Além disso, a experiência dos médicos na área da competição faz com que estes consigam fazer com que a pessoa recupere mais rapidamente. Por outro lado, conseguimos fazer um pouco de prevenção de lesões quando, por exemplo,

PARCERIAS DE ALTA COMPETIÇÃO

A CUF tem mantido uma estreita colaboração com alguns clubes portugueses, incluindo a própria Seleção Nacional, sendo a parceira na área da saúde das seguintes instituições:

Federação Portuguesa de Futebol Até 2024 a CUF irá prestar cuidados de saúde às 24 seleções nacionais, femininas e masculinas, nos seus vários escalões nas modalidades de futebol, futsal e futebol de praia. É patrocinadora oficial de todas estas seleções. Sporting Clube de Portugal Além de prestar cuidados médicos aos jogadores profissionais, a CUF assegura o acompanhamento de todos os atletas olímpicos do clube. Garante ainda condições especiais no acesso às unidades de saúde da rede aos seus sócios, colaboradores e familiares. Clube Desportivo de Tondela Desde o seu nascimento, em 2016, o Hospital CUF Viseu tem acompanhado os atletas do clube, que realizam anualmente exames clínicos de início de época nesta unidade de saúde, além de outras análises ou tratamentos que sejam necessários ao longo do ano.

+vida _ julho 2019 | 25

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