N ascido e criado em Leça da Palmeira, António Portulez trabalhou durante anos na antiga refinaria da Petrogal. Aos 71 anos, está reformado e ocupa o tempo livre com passeios e caminhadas. Sempre foi saudável, por isso, quando aos 48 anos sentiu uma ard ncia persistente no peito, não hesitou em recorrer a uma urg ncia hospitalar. Os exames realizados não revelaram nada de anormal e António voltou para casa, medicado. “Mas mantinha-se o mal-estar. Voltei ao trabalho, mas, passados dois ou tr s dias, a ard ncia regressou. Terminei às 22h00 o meu turno e voltei a ir à urg ncia. Já não saí. Estava a sofrer um enfarte”, recorda. Na altura, fez um cateterismo, com colocação de stent , e passou a ser seguido em Cardiologia. Fora o facto de tomar medicação, que assume ser “para a vida”, a vida decorria normalmente. No entanto, há poucos anos, as queixas regressaram. “Sentia o coração acelerado. Não conseguia dormir bem e, quando me levantava, ficava com o corpo mole”, conta António Portulez. Foi então que passou a ser seguido na consulta de arritmologia da CUF. Após duas cardioversões que resolveram o problema de forma temporária, foi decidido que a ablação por cateter era a melhor técnica para lidar com a arritmia de António. “Notei logo uma grande melhoria. De vez em quando lá surgem uns batimentos mais acelerados, mas falo com a médica ANTÓNIO PORTULEZ
“Mais vale uma cirurgia do que perder qualidade de vida” Após a ablação, realizada em março de 2022, António Portulez continua a ser seguido na consulta de arritmologia a cada seis meses, fazendo também um holter para verificar a evolução da arritmia. António Portulez desmistifica eventuais “fantasmas” que este tipo de intervenção possa despertar a quem sofre de arritmia. “Se for preciso avançar com uma cirurgia, avança-se! Mais vale isso do que perder qualidade de vida”, diz. E sobre o que fazer na presença de sintomas como os que teve há 20 anos, é ainda mais taxativo: “Mal tenham dores no peito, falta de ar ou uma dor no braço, vão imediatamente à urg ncia. Avancem aos primeiros sintomas. Não hesitem!” e ajustamos a medicação. Não tem nada a ver com o que era antigamente”, garante António, que recuperou as noites de sono tranquilo.
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