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VERDADES E MITOS
Implantes dentários Atualmente, os implantes dentários são a escolha mais eficaz para
PEDRO PADILHA Médico Dentista na Clínica CUF Montijo
substituir dentes em falta, melhorando a mastigação, a fonética e a estética. Tem dúvidas na decisão? Esclarecemos tudo.
Os diabéticos podem colocar implantes dentários
Verdade
É verdade que existe uma maior prevalência das doenças que afetam as gengivas e o osso que suporta os dentes, em pessoas com diabetes. Mas isto acontece quando os níveis de açúcar no sangue estão descontrolados e a capacidade de resposta às bactérias diminui. Nos casos em que os níveis de glicemia estão controlados, é possível uma cicatrização e integração normal, pelo que a aplicação de implantes dentários não gera qualquer problema. Só os idosos é que colocam implantes dentários Mito É importante reconhecer que a perda de dentes afeta não só pessoas na terceira idade, como também em qualquer fase da vida adulta ou, até mesmo, na adolescência, quer seja devido a doença dentária, um acidente ou a uma condição genética. Os implantes dentários podem ser uma escolha adequada para os mais jovens, desde que já tenham atingido o pico do crescimento ósseo. Deste modo, embora a cronologia de desenvolvimento de cada adolescente varie, normalmente, o crescimento do maxilar termina entre os 18 e os 20 anos de idade. Portanto, a partir desta idade, é possível colocar implantes para substituir ausências dentárias.
É normal o organismo rejeitar os implantes
Posso comer tudo depois de colocar implantes dentários devendo-se, para diminuir o incómodo, seguir as recomendações do médico dentista e tomar a medicação prescrita. Colocar implante dói Mito Colocar implantes dentários é um procedimento simples e indolor. Graças à anestesia local, não se sente dor durante o procedimento cirúrgico. É possível sentir algum desconforto depois da cirurgia,
Os implantes dentários têm uma duração média de dez anos
Mito
Verdade
Contrariamente à crença comum, os implantes dentários não podem ser rejeitados pelo organismo, como os transplantes de órgãos. A razão por detrás desta distinção está na composição dos implantes dentários. São fabricados com materiais biocompatíveis, desprovidos de células vivas ou material genético. O material predominantemente utilizado para implantes dentários é o titânio, no entanto, também existem implantes cerâmicos. Simplificando, estes materiais não se degradam, nem causam danos, quando entram em contacto com o tecido humano. Há, contudo, casos raros (cerca de 5%) de insucesso na cicatrização óssea, após a colocação de implantes dentários, que podem exigir a sua substituição. Mas estes casos nunca são devidos à rejeição do implante.
Apesar de terem uma durabilidade elevada, os implantes dentários não são eternos. O implante, que faz lembrar um parafuso devido à sua estrutura roscada, é posicionado cirurgicamente no interior do maxilar e integra-se no osso. Embora esta integração necessite de vários meses, o resultado, quando não há interferências, é uma ligação robusta. Atualmente, pode contar com uma duração média do implante dentário superior a dez anos. A exceção à regra é quando surgem infeções ou problemas mecânicos, por má higiene oral ou por não se realizarem consultas de manutenção, no máximo, a cada seis meses. A colocação de um implante dentário é um bom investimento na saúde a longo prazo – pela durabilidade, conforto e qualidade de vida que oferece, comparativamente a outras soluções, como as próteses dentárias.
Verdade
Nos dias que se seguem à colocação dos implantes, serão necessários alguns cuidados. O local ficará sensível e precisa de cicatrizar. Por isso, é recomendada uma dieta à base de alimentos frios, líquidos ou com consistência mole ou pastosa (sopas, iogurtes, batidos, purés…). Quando todas as fases do tratamento com implantes dentários estiverem concluídas, pode-se comer todos os tipos de alimentos.
+vida | 57
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