saúde
ONCOLOGIA
Cancro da mama: vigilância para um diagnóstico precoce O cancro da mama é, muitas vezes, um inimigo silencioso. Com o conhecimento, a experiência e o compromisso das equipas multidisciplinares, apoiadas pela tecnologia mais recente, a CUF defende a aposta no diagnóstico precoce e na personalização das medidas de vigilância.
A situação em Portugal: o que dizem os números? Os dados mais recentes sobre a incidência do cancro da mama, em Portugal, são referentes a 2020 e indicam que foram diagnosticados cerca de sete mil novos casos e morreram cerca de 1800 mulheres. Desses sete mil novos casos, cerca de metade foram identificados no grupo entre os 50 e os 70 anos, que é aquele que está no âmbito dos programas de rastreio de base populacional. Da outra metade fazem parte, por exemplo, os cancros que surgem em mulheres jovens entre os 30 e os 50 anos - idade fora da que é abrangida pelo rastreio. Segundo José Carlos Marques, Coordenador Nacional de Imagiologia Mamária da CUF, “as mulheres mais novas são o grupo onde temos de investir mais no diagnóstico precoce, porque continuamos a ter uma taxa de mortalidade elevada, ainda que os números em Portugal estejam equiparados à média europeia, e nalguns aspetos sejam até superiores”. É de notar que a sobrevida das mulheres ao fim de cinco anos é mais alta face à média da União Europeia. O especialista defende que os nossos números são bons, mas temos de investir mais no diagnóstico precoce, sobretudo em grupos etários mais jovens, na identificação dos perfis de risco e na personalização dos programas de vigilância.
PRINCIPAIS FATORES DE RISCO NO CANCRO DA MAMA:
• História familiar • Padrão de densidade mamária • Existência de patologia benigna ou realização de biópsias prévias • Ausência de exercício físico • Consumo de tabaco e álcool • Número de filhos • Idade à data da primeira gravidez (quanto mais tardia, maior o risco) • Idade aquando da primeira menstruação e da menopausa
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