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TECARTERAPIA: TRATAR MELHOR E MAIS RÁPIDO

A tecarterapia é uma técnica de reabilitação utilizada para redução da dor e inflamação, para acelerar a recuperação das lesões musculares e promover a regeneração dos tecidos. Trata-se de uma tecnologia inovadora que permite reduzir o tempo de recuperação de forma significativa e que está disponível na Clínica CUF Alvalade desde 2021. Através de elétrodos fixados na pele, é transmitida uma corrente de alta frequência. “O doente apenas poderá sentir um aumento da temperatura na região em tratamento”, explica Joana Serranho. De acordo com a fisioterapeuta, o equipamento pode ser ajustado consoante o tipo de lesão e tecido no qual se pretende intervir. “Além de outras vantagens fisiológicas, a tecarterapia permite tratar os sintomas de forma mais rápida e chegar a zonas mais difíceis de aceder, como o piramidal. Temos tido bons resultados com esta técnica – muitas pessoas referem melhorias significativas dos sintomas de uma sessão para a seguinte”, resume Joana Serranho.

Foco na autonomia do doente Tipicamente, os doentes chegam à consulta ainda com o diagnóstico por estabelecer. Apresentam dor na região da nádega, muitos já experimentaram algumas medidas sem sucesso, mas não sabem exatamente qual o problema. O diagnóstico costuma passar pela observação pelo médico (exame físico e história clínica), além de exames de imagem, como a ressonância magnética. O tratamento varia de caso para caso, mas costuma ter uma peça essencial: a fisioterapia. Segundo Joana Serranho, fisioterapeuta na Clínica CUF Alvalade que acompanhou Ivo Dimitrov no seu plano terapêutico, a fisioterapia atua em várias frentes. Por um lado, aumenta a mobilidade e a flexibilidade da estrutura lesionada. Em simultâneo, fortalece os estabilizadores da zona e melhora o equilíbrio, de modo a permitir o funcionamento dinâmico da articulação e assim melhorar a noção corporal que o doente tem do seu próprio corpo. Se, numa primeira fase, o trabalho de fisioterapia está focado na resolução ou minimização dos sintomas, a verdade é que o objetivo final é a autonomia do doente. “Há um compromisso desde o início: nós estamos ali para nos dedicarmos 100% ao doente, mas ele também deve estar empenhado no processo. É um trabalho de equipa, no qual o sucesso depende, em grande medida, do papel ativo do doente. Quando assim é, torna-se mais fácil chegar a um resultado como o do Ivo, que está agora completamente autónomo. Faz o trabalho de ginásio, acrescentou exercícios de mobilidade ao seu treino, sabe o que fazer para não voltar a ter sintomas e também está preparado para reconhecê-los mais rapidamente”, afirma Joana Serranho. “O meu conselho para pessoas com dor aguda é que não esperem demasiado tempo para reconhecer o problema e para procurar ajuda médica. As lesões nos músculos ou ligamentos podem demorar bastante tempo a recuperar – e quanto mais tempo deixarmos passar, pior. Devemos estar atentos ao nosso corpo”, aconselha Ivo Dimitrov.

Joana Serranho, Fisioterapeuta na Clínica CUF Alvalade

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