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CUIDAR DA SAÚDE DE TODA A FAMÍLIA
Conservar a saúde dos olhos
Durante a infância, a criança deve ser reavaliada entre os cinco e os seis anos, altura que coincide com a entrada na escola e com o atingir da acuidade visual máxima. Depois, explica Cláudia Loureiro, a regularidade no acompanhamento vai depender da história de cada criança. “Caso não haja problemas do sistema visual, necessidade de uso de óculos ou história familiar, aconselha-se uma vigilância de rotina de dois em dois anos”, recomenda. Ao longo de toda a vida, há rotinas que, individualmente ou em família, ajudam a uma boa saúde oftalmológica. Cláudia Loureiro evidencia o impacto de uma boa alimentação, que inclua “ nutrientes como ácidos gordos ómega-3, luteína, zinco, vitaminas C e E, porque ajudam a prevenir o envelhecimento do olho e de várias doenças”. A médica recomenda a adoção de estilos de vida saudáveis, com um acréscimo do tempo passado ao ar livre, o uso moderado de ecrãs eletrónicos, e consultas regulares de Oftalmologia. A isto, há a juntar a utilização de óculos de proteção solar, sobretudo em atividades aquáticas e na neve “além de garantir um maior conforto, ajuda a diminuir o risco de patologias como a catarata, a degenerescência macular associada à idade e tumores na pele das pálpebras”, revela Cláudia Loureiro.
Em idades mais precoces, um problema de visão pode não ter qualquer sintomatologia. No entanto, pode comprometer a aprendizagem – e ter uma recuperação mais difícil – quando não diagnosticado atempadamente. Assim, é fundamental incluir as consultas de Oftalmologia nas rotinas médicas familiares, devendo a criança ser vista por volta dos três anos, caso seja saudável e não tenha sintomas. “Nesta idade, já existe geralmente colaboração para avaliar a acuidade visual”, explica Cláudia Loureiro, oftalmologista no Hospital CUF Santarém e na Clínica CUF Miraflores. No entanto, em crianças com histórico familiar de doenças oculares ou com outros problemas de saúde geral é importante realizar um exame oftalmológico ainda durante o primeiro ano de vida. Trata-se de um comportamento preventivo por parte das famílias, que permite detetar alterações que causem baixa visão. Estão consideradas para esta consulta crianças com história familiar de alta miopia, cataratas ou glaucoma congénitos. “Também crianças com história de prematuridade, atraso no desenvolvimento, doenças genéticas e complicações perinatais, têm maior risco de desenvolver problemas oculares mais precoces”, alerta a médica.
"Um acompanhamento individualizado adapta-se às características de cada doente permitindo otimizar o diagnóstico, a prevenção e o tratamento"
26 | +vida
MIGUEL MADEIRA (4SEE)
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