Revista + Vida 25 | A sua saúde é uma prioridade

ENRIC VIVES RUBIO (4SEE)

Sucesso na recuperação dos doentes

A pandemia obrigou a uma reorganização de todo o Hospital CUF Infante Santo. Foram criadas zonas limpas e definidos circuitos para evitar o cruzamento de pessoas, que ajudaram a que cada profissional soubesse o tipo de proteção que deveria usar em cada espaço. Os novos doentes com suspeita ou confirmação de COVID-19 foram internados nos dois quartos de isolamento com pressão negativa existentes na UCIP. Já os gabinetes dos médicos e enfermeiros foram transferidos para o corredor externo que circunda a unidade. “Transformámos a UCIP quase numa cápsula, onde apenas havia uma porta de entrada para profissionais, outra para doentes e outra para a segregação de sujos e de lixos”, explica João Branco. De acordo com Pedro Ponce, foi ainda criada uma zona de cuidados intermédios no piso inferior, na qual ficavam internados os doentes com COVID-19 cujo estado de saúde não era grave, bem como aqueles que saíam dos cuidados intensivos. Estes doentes continuavam a ser supervisionados pela equipa da UCIP através de telemetria, um sistema tecnológico que permite a monitorização à distância. Por sua vez, os doentes sem COVID-19 que também necessitavam de cuidados intensivos foram internados no bloco operatório e na respetiva sala de recobro, espaços devidamente adaptados à nova realidade. À medida que novas informações sobre a doença iam surgindo, eram partilhadas e discutidas pelos médicos e enfermeiros. “O esquema acabou por funcionar muitíssimo bem. A estandardização dos cuidados foi bastante bem feita, sem haver confusões nem mal-entendidos sobre o que se esperava em cada situação”, ressalva.

Pedro Ponce Médico Coordenador da Unidade de Cuidados Intensivos Polivalentes do Hospital CUF Infante Santo

A família sempre por perto

Durante o internamento, a UCIP contacta três vezes por dia com o familiar de referência para o manter informado sobre o estado de saúde do doente.

ENRIC VIVES RUBIO (4SEE)

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De manhã, um funcionário administrativo transmite um resumo clínico estandardizado, elaborado pelo médico e/ou enfermeiro de serviço para o efeito. No período da tarde, um enfermeiro atualiza a informação clínica e do estado geral do doente, situando o doente quanto à sua evolução. Ao final do dia, o familiar de referência fala com o médico para esclarecer dúvidas, incluindo os resultados de exames realizados durante a manhã. Regularmente, são enviadas fotografias do doente e facilitado o contacto com a família através de videochamada. Os doentes que mantenham condições para isso podem ter o telemóvel pessoal consigo.

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João Branco Enfermeiro Coordenador da Unidade de Cuidados Intensivos Polivalentes do Hospital CUF Infante Santo

+vida _ julho 2020 | 45

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