Revista + Vida 25 | A sua saúde é uma prioridade

"A maior parte dos doentes recorre

Saúde no masculino Tipicamente avessos às idas ao médico, os homens têm tendência para desvalorizar o acompanhamento clínico continuado. “Os homens vão ao médico até aos 14-15 anos, levados pelas mães, e regressam por volta dos 50-60 anos, obrigados pela mulher ou pelos filhos”, afirma Ricardo Leão, Coordenador de Urologia do Hospital CUF Coimbra, para quem é fundamental que, tal como as mulheres são acompanhadas anualmente na consulta de Ginecologia, os homens tenham a preocupação de ir à consulta de Urologia e mantenham rotinas de auto- observação. “É algo que parte da população não conhece, mas o cancro do testículo é o tumor mais comum em indivíduos entre os 15 e os 35 anos, pelo que é aconselhado, sobretudo a jovens com histórico familiar, que se faça auto-exame testicular por palpação”, explica o médico. As consultas regulares permitem ainda avaliar as alterações hormonais que o homem vai sofrendo ao longo da vida. “Muitas vezes vemos que há alterações ao nível do trabalho, do humor e do relacionamento interpessoal que advêm de alterações hormonais algumas delas decorrentes do envelhecimento, outras, porém são manifestação de doenças urológicas”, diz Ricardo Leão. Sublinha ainda que determinados sintomas podem indiciar problemas de saúde mais graves. É o caso da disfunção erétil, um marcador precoce de patologia cardiovascular. “Se alguém com 50 anos e o hábito de ir à consulta de Urologia manifesta queixas desta ordem, pode e deve ser referenciado para o cardiologista para avaliação cardiovascular.” São os receios associados ao cancro da próstata, que afeta cerca de 22 mil homens em Portugal e regista aproximadamente 1900 mortes por ano, que justificam uma parte significativa das consultas de Urologia. Embora não exista um rastreio formal para o cancro da próstata, a Associação Europeia de criança está febril mas se mantém ativa e continua a brincar nos períodos sem febre, sob o efeito do antipirético, Graça Carvalho recomenda que seja observada apenas se a febre persistir por mais do que três dias. “No entanto, se a criança está prostrada, muito sonolenta, pálida, com queixume constante, vómitos contínuos ou manchas no corpo, tem de ser observada”, alerta a médica. Outros sintomas que implicam o recurso à urgência pediátrica são desmaios, vómitos incontroláveis e dificuldades respiratórias, bem como traumatismos, intoxicações e queimaduras.

ao urologista por razões benignas, nomeadamente sintomatologia do aparelho urinário, que pode estar associada a patologia prostática, mas também a alterações do funcionamento da bexiga, hipertensão arterial, diabetes, Alzheimer e medicação para outras causas."

Ricardo Leão Coordenador de Urologia do Hospital CUF Coimbra

SÉRGIO AZENHA/4SEE

+vida _ julho 2020 | 23

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