Um estado de espírito mais tranquilo Júlio Duarte Ferreira Aos 84 anos, Júlio Duarte Ferreira é um dos muitos beneficiários dos avanços mais recentes no tratamento da doença cardíaca. Esta é a sua história. N ascido em Bucelas, em 1936, Júlio Ferreira trabalhou a vida inteira na área da construção civil depois de concluir o curso industrial na Escola Machado de Castro, em Lisboa. Até se reformar, em 2001, percorreu uma boa parte do sul do país. “Desde então, vivo da minha reforma e, além de ir ao ginásio, ocupo o tempo com pequenos trabalhos caseiros e reparações de carpintaria ou pintura, bem como de jardinagem e agricultura, na quinta que tenho fora de Lisboa”, conta. Foi em 2000, um ano antes da reforma, que sofreu aquilo que apelida de “um AVC ligeiro” e passou a ser acompanhado em consultas de Cardiologia. Nos anos que se seguiram, começou a sofrer de arritmia, o que acabou por lhe afetar as rotinas. “Sentia, por vezes, batimentos fortes e descompassados, e de seguida batimentos muito fracos”, recorda. “A arritmia preocupava-me e afetava-me a concentração durante o dia.” Já no início de 2020, no seguimento da reforma do cardiologista que até então o acompanhava e de um internamento súbito, Júlio Ferreira passou a ser seguido pela equipa do Hospital CUF Infante Santo. Chegou a este centro de cardiologia já com falta de ar, tosse e derrame pleural. A arritmia tinha progredido para insuficiência cardíaca. Após a alta, passou a ser seguido pelo cardiologista Luís Morais, que lhe sugeriu a colocação de um ressincronizador cardíaco, um dispositivo eletrónico que atua através de elétrodos para ajudar o coração a funcionar de forma mais coordenada. “O Dr. Luís Morais explicou-me as vantagens e eu aceitei. Falou então com o Prof. Mário Oliveira, tendo em vista a preparação da colocação do dispositivo, que veio a ocorrer no dia 29 de julho”, lembra Júlio Ferreira. Por enquanto, devido ao contexto atual de pandemia que o levou a suspender temporariamente as idas ao ginásio e os trabalhos de entretenimento, Júlio ainda não consegue estabelecer uma comparação com a vida que levava anteriormente, mas os resultados imediatos não podiam ser mais positivos: “As pulsações regularizaram para 60 por minuto, o pânico das baixas pulsações ficou retificado e o estado de espírito ficou mais tranquilo.”
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DIANA TINOCO/4SEE
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