Revista + Vida 26 | Doenças do Futuro

PERFIL testemunhos

Nasceu a 11 de fevereiro de 1938, em Lisboa BI Começou a cantar aos 19 anos, quando integrou o Centro de Formação dos Artistas da Rádio, de Motta Pereira

Simone de Oliveira “Tenho a obrigação de ser uma mulher feliz” Há cerca de três décadas que a cantora e atriz Simone de Oliveira é assistida na CUF. Em conversa com a +VIDA , destaca o envolvimento dos profissionais de saúde que a têm acompanhado e deixa conselhos para quem pretende envelhecer com saúde.

Aos 82 anos de idade, tem uma vida ativa e bastante preenchida a nível profissional, social e familiar. Que cuidados mantém com a sua saúde? Sou muito cuidadosa comigo. Tento não comer coisas que me fazem mal. Tomo apenas a medicação que tenho de tomar: uma coisinha para o estômago, uma coisinha para o sistema nervoso à noite, mas nada de muito especial. Tenho uma certa cautela. Não sou obsessiva. Tenho tido muita sorte. Já tive coisas complicadas, mas passaram. Tenho uma vida normal. Enquanto puder bastar-me a mim própria, ter a cabeça no lugar, continuar a andar, a cantar e a representar, tenho a obrigação de ser uma mulher feliz. Afirmou, no passado, que o seu maior receio é perder a memória. Adota algum comportamento específico que a ajude a treinar o cérebro e a estimular a memória? Faço um espetáculo com 14 canções e não tenho um papel à frente – acho que isto é suficiente. Até hoje nunca foi preciso mais nada. Leio, não sou dependente da televisão mas vejo bastantes programas, faço palavras cruzadas, sou muito atenta ao que está à minha volta. Tenho aqueles esquecimentos normais de qualquer pessoa, de não saber

onde pus as chaves ou os óculos e estão à minha frente ou na cabeça. Mas é só. E que cuidados tem com a voz, tão importante na sua carreira e com a qual até já teve alguns contratempos no passado? Nenhuns. Tenho aulas de voz, uma vez por semana, há cinco anos. O que vou fazer mais aos 82 anos? É continuar a cantar, que é uma coisa ótima. Se eu cantar todas as semanas ou de 15 em 15 dias, faço o exercício absoluto. Ainda se recorda da primeira vez que entrou numa unidade de saúde CUF? Lembro-me muito bem. Tinha 50 anos, cancro da mama, e fui tratada no Hospital da CUF, onde fiz uma mastectomia. Regressei 15 ou 16 anos depois, com cancro no outro peito, mas desde os 50 anos que entro na CUF com uma certa regularidade. Ao longo destes anos de acompanhamento na CUF, lembra-se de algum momento que a tenha marcado particularmente? Talvez o acompanhamento que me foi feito na primeira vez, quando fiz a mastectomia. Tenho as melhores e as mais gratas recordações, bem como o maior respeito,

Venceu o Festival RTP da Canção com “Sol de Inverno”, em 1965. Conseguiu novamente o primeiro lugar em 1969, com “Desfolhada”

Abraçou vários ofícios: cantora, atriz, jornalista, locutora de continuidade e apresentadora de televisão e rádio

Tem dois filhos e quatro netos

Foi agraciada, em 1997, com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, por Jorge Sampaio, e, em 2015, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, por Aníbal Cavaco Silva

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