e subtropicais ou em locais em que o acesso a água potável ou saneamento básico é precário, tem-se assistido nos últimos anos à sua disseminação para outras áreas geográficas.” Por este motivo,
é a vacina contra a febre amarela, uma doença viral hemorrágica transmitida pela picada de mosquitos.” Esta vacina é obrigatória para quem visita África, América
Bárbara Flor de Lima Médica especialista em Doenças Infeciosas no Hospital CUF Sintra, no Hospital CUF Torres Vedras e na Clínica CUF Miraflores
do Sul ou América Central, mas não é a única ponderada na consulta. “Poderá ser considerada a vacina da febre tifoide e hepatite A e, em viagens específicas, a vacina da raiva, da cólera ou da encefalite japonesa”, conclui a médica. Prevenção de picadas de insetos Tendo em conta que grande parte das doenças pode ser contraída através de picadas
“A Consulta do Viajante é adaptada em função do tipo e duração da viagem, tendo em conta a condição clínica do viajante.”
é recomendado que, antes de se deslocar para o estrangeiro, se dirija à Consulta do Viajante, “uma consulta adaptada em função do tipo e duração da viagem, tendo em conta a condição clínica do viajante”.
ALERTAS INTERNACIONAIS
Bárbara Flor de Lima Médica especialista em Doenças Infeciosas no Hospital CUF Sintra
Quando uma crise de saúde ou epidemia se alastra ao ponto de ser necessário aplicar recursos financeiros excecionais para a resolver, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emite uma Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional. Neste momento não há nenhuma em vigor, mas a última vez que a OMS proferiu esta declaração foi em 2016, a propósito do vírus Zika.
Por exemplo, as pessoas que vão visitar familiares ou amigos têm um maior risco de contrair síndrome febril (ou até malária) e em viagens superiores a quatro semanas é comum a chamada diarreia do viajante, uma condição causada frequentemente pelo tratamento deficiente da água. No entanto, de acordo com Bárbara Flor de Lima, os acidentes continuam a ser a principal causa de A Consulta do Viajante é frequentemente associada à prevenção de doenças através da vacinação. Bárbara Flor de Lima clarifica: “O Regulamento Sanitário Internacional em vigor estipula que a única vacina que poderá ser exigida aos viajantes na travessia das fronteiras morte prevenível nos viajantes. Vacinas necessárias
de vetores que, como explica Bárbara Flor de Lima, “são, sobretudo, artrópodes que transmitem a infeção através de picada quando são portadores de agentes patogénicos, como vírus e parasitas”, este é um dos focos mais importantes da consulta. É assim que se transmitem doenças como a malária, comum no continente africano e em alguns países da América Latina e do Sudeste Asiático. Esta doença parasitária pode até causar convulsões, insuficiência renal ou hepática e até mesmo coma. No entanto, os sintomas mais comuns consistem em febre, calafrios, dores de cabeça, musculares e nas articulações. Uma vez que ainda não existe uma vacina para impedir o contágio da doença, a prevenção passa pela adoção de um conjunto de precauções como aplicação de repelente e utilização de rede mosquiteira.
CONSULTA DO VIAJANTE NA CUF
O que trazer?
Boletim de vacinas (ou registo eletrónico das mesmas) Avaliação das vacinas do Programa Nacional de Vacinação
Quando ir?
Quatro a seis semanas antes da viagem
VIAJANTES DE MAIOR RISCO
Pode ser útil após o regresso ao país de origem se houver intercorrências
Doentes que estejam a realizar terapêutica imunossupressora
Prevenir doenças através da vacinação
Doentes diabéticos
Objetivos
Evitar que se contraiam doenças transmissíveis através da alimentação
Grávidas (ou mulheres que planeiam engravidar)
Doentes oncológicos
Advertir para a doença de altitude
Portadores de outras doenças crónicas
Doentes com doença renal crónica
Prevenir picadas de vetores
+vida _ julho 2019 | 45
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