garantem a possibilidade de aprendizagem, de evolução e desenvolvimento profissional”, sublinha a diretora de Recursos Humanos. “As pessoas deste hospital vestem muito a camisola.” Humanizar o serviço hospitalar A preocupação com o bem-estar dos utentes estende-se também ao cuidador informal. No âmbito do projeto Cuidar em Parceria, a pessoa que habitualmente trata do doente em casa pode permanecer junto dele 24 horas por dia e colaborar com o enfermeiro e o auxiliar nos cuidados diários. “O objetivo não é que ele substitua o enfermeiro, mas sim que se capacite ainda mais. Para quem está internado, é muito mais agradável, na maior parte das vezes, ser cuidado pela pessoa que conhece”, diz Fátima Faria. Acrescenta, contudo, que “é lógico que o enfermeiro também tem de estar atento ao cuidador, porque há momentos em que é até aconselhável que a pessoa fique em casa a descansar”. Ainda a pensar nos cuidadores informais, foi lançado o projeto Ensino ao Cuidador, no âmbito do qual são realizadas reuniões entre aqueles e profissionais de várias áreas: enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas, farmacêuticos, etc. “O principal objetivo é que, em conjunto, os cuidadores verbalizem dúvidas, partilhem experiências e esclareçam situações com os profissionais”, explica a enfermeira diretora. “O enfermeiro é um dos profissionais que funciona como elo nesta equipa multidisciplinar”, explica Fátima Faria. “É quem lá está quando o doente é internado e quando tem alta. É quem acolhe a família quando vai visitar o doente pela primeira vez, quem esclarece, quem encaminha.” Através do projeto Mais Presença é garantido que em cada quarto, no espaço de uma hora, passa sempre alguém (um enfermeiro ou um assistente
Banco de Sangue inaugurado em 2015
Pimpolho ajuda a prevenir a ambliopia com idades entre os 18 e os 45 anos podem também registar-se como potenciais dadores de medula óssea. No dia 6 de maio de 2015 entrou em funcionamento o Banco de Sangue do Hospital de Braga. “Era absurdo um hospital desta natureza não ter um”, refere o presidente da Comissão Executiva, João Ferreira. No primeiro ano foram recebidas 2.500 dádivas de sangue. Quatro anos depois, o hospital tornou-se autossuficiente. Os seus 7.500 dadores garantem que agora seja possível recolher anualmente as mais de seis mil dádivas de sangue necessárias para salvar quem sofre acidentes, vai ser operado ou está a realizar determinados tratamentos médicos. Desde maio de 2017 os dadores do Banco de Sangue Lançado em 2014, o Pimpolho – Projeto de Prevenção da Ambliopia tem como missão o rastreio da ambliopia em crianças entre os três e quatro anos de idade. A ambliopia é uma disfunção oftálmica que atinge entre 2 e 3% das crianças. Na maioria dos casos, surge antes dos dois anos de idade, mas todas as crianças com menos de oito anos podem desenvolver a doença. O diagnóstico precoce do “olho preguiçoso”, como também é conhecido, é importante para a reversão do problema e a recuperação da visão. No âmbito do Pimpolho, dezenas de crianças deslocam-se todas as semanas ao Hospital de Braga para serem examinadas. Os resultados dos testes são enviados aos pais, através da própria criança, em carta fechada. Os despistes realizados têm permitido detetar outras doenças
João Ferreira, presidente da Comissão Executiva do Hospital de Braga
oftalmológicas, como estrabismo, astigmatismo ou hipermetropia.
Fátima Faria, enfermeira diretora do Hospital de Braga
2013
2014
2015
2016
Junho Além da renovação da
6 de maio Começa a funcionar o Banco de Sangue do Hospital de Braga.
27 de setembro Nasce a Liga de Amigos do Hospital de Braga, uma associação não lucrativa de fins humanitários.
Arranca o projeto Pimpolho – Projeto de Prevenção da Ambliopia, desenvolvido em parceria com as câmaras de Braga, Amares, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro, Vieira do Minho e Vila Verde.
acreditação global, o Hospital de Braga recebe pela primeira vez na sua história a Certificação de Qualidade ISO 9001 que engloba um conjunto de serviços.
+vida _ julho 2019 | 41
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