Revista + Vida 31 | Saúde no masculino

foco

SAÚDE NO MASCULINO

O PAPEL DA ENFERMAGEM NOS SERVIÇOS DOMICILIÁRIOS

SINTOMAS QUE NÃO DEVE IGNORAR

• Uma dor torácica opressiva (sensação de peso a meio do peito) no seguimento de esforços ou mesmo sem razão aparente pode ser um sintoma de doença coronária. Caso surja uma dor forte, súbita e prolongada, é motivo para procurar avaliação médica de imediato. Caso se trate de sintomas mais ligeiros, mas com agravamento progressivo, é recomendado marcar uma consulta com a maior brevidade possível. • Palpitações (batimento rápido do coração), tonturas ou desmaios súbitos podem ser sintomas de arritmias e devem levar à marcação de uma consulta. Perante um desmaio súbito ou uma dor intensa que não desaparece depois de 30 minutos, deve ser procurada assistência médica imediata.

subitamente, podem ser curadas através da ablação, com estes estudos eletrofisiológicos. Nos casos de fibrilhação auricular, neste momento é o tratamento mais eficaz e aquele que, com ou sem medicação associada, melhor evita o aparecimento de mais episódios de fibrilhação auricular”, explica a médica. Os dispositivos eletrónicos implantáveis são outra opção terap utica para doentes com patologia do foro cardíaco, nomeadamente em casos de doença coronária e má função cardíaca, em que as cicatrizes resultantes do enfarte podem vir a causar arritmias potencialmente fatais. Como explica a médica, nestes casos, pode haver a indicação para colocar um cardioversor-desfibrilador implantado, para prevenir a morte súbita cardíaca. “Mas nem todos os doentes que tiveram um enfarte t m essa indicação”, alerta Ana Lebreiro. Já nos casos em que a parte elétrica do coração começa a falhar, surge a indicação para a colocação de um pacemaker como forma de assegurar o ritmo. “É um pouco como as artroses. Está relacionado com a idade e com a evolução do nosso organismo: a certa altura, a condução elétrica do coração começa a ficar mais atrasada, ou seja, os impulsos vão percorrendo o coração de uma forma muito lenta, podendo mesmo ficar bloqueados. Em faixas etárias mais avançadas é frequente haver esses problemas elétricos e, por vezes, t m indicação para a colocação do pacemaker”, diz a médica, não deixando de sublinhar que cada caso tem indicadores específicos que t m de ser avaliados em consulta.

Ana Lebreiro • Cardiologista no Hospital CUF Porto

“A fibrilhação auricular começa por se manifestar com episódios autolimitados, passando espontaneamente. Podem passar-se anos até surgir um segundo episódio, que já pode obrigar a uma ida à urg ncia, à toma de medicação ou a uma cardioversão, que é um choque elétrico para repor o ritmo. Estes episódios tornam-se, depois, mais frequentes e vão exigindo medicação antiarrítmica numa base diária, até que nem esta funciona e acaba por ficar em fibrilhação auricular”, explica a cardiologista. “Se atuarmos antes de a arritmia se tornar persistente, podemos evitar ou atrasar a sua instalação. Isso traz muitos benefícios, nomeadamente na melhoria significativa da qualidade de vida.” Além da medicação, existem atualmente tratamentos capazes de repor o ritmo cardíaco de doentes com arritmias. É o caso do estudo eletrofisiológico, um procedimento minimamente invasivo em que são introduzidos cateteres no coração para estudar os mecanismos da arritmia e tratá-las através de aplicações de radiofrequ ncia (calor) ou através do frio (crio-ablação). “Algumas arritmias, como as taquicardias supraventriculares, em que o coração dispara

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ANTÓNIO PEDROSA (4SEE)

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