Revista + Vida 31 | Saúde no masculino

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SAÚDE NO MASCULINO

CONSULTE AQUI INFORMAÇÃO SOBRE O PROGRAMA DE DETEÇÃO PRECOCE DO CANCRO DO PULMÃO CUF

Para Vanessa Mendes esta é uma realidade que torna ainda mais importante a vigilância. “Na Medicina Geral e Familiar apostamos muito na prevenção e, como tal, a partir dos 50 anos é fundamental a realização de exames de rastreio - por exemplo, o despiste do cancro colorretal, com colonoscopia ou análise das fezes”, defende. No caso da prevenção do cancro da próstata, apesar de não apenas de não estar preconizado como rastreio populacional, pode revelar-se importante a realização da análise ao antigénio prostático específico (PSA), a partir dos 50 anos. No que refere à parte respiratória, a especialista recomenda que “todos os fumadores de longa duração e inclusive ex-fumadores com cargas tabágicas elevadas, dada a elevada probabilidade de desenvolver doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), devem fazer uma avaliação da sua função respiratória, por exemplo, através de uma espirometria. Nas pessoas a partir dos 50 com elevado risco de cancro do pulmão, também muito associado ao consumo de tabaco, a CUF desenvolveu o “Programa de Deteção Precoce do Cancro do Pulmão” para o qual os doentes que cumpram determinados critérios devem ser encaminhados. Para Vanessa Mendes “Os profissionais de Medicina Geral e Familiar têm uma posição privilegiada no acompanhamento das pessoas, ao longo de toda a sua vida, sendo verdadeiros gestores da saúde, desde a sua promoção ao seguimento de várias doenças. E no caso de identificarmos uma doença que necessita de avaliação por outra especialidade funcionamos como elo de ligação, de ponte, com outros colegas, o que nos permite oferecer o melhor tratamento no menor tempo possível”.

Vanessa Mendes • Coordenadora de Medicina Geral e Familiar e da Unidade da Família do Hospital CUF Tejo

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que garantem uma maior capacidade física no dia a dia, entre os quais o aumento do fluxo sanguíneo ao nível cerebral, a regulação da temperatura corporal, a otimização metabólica com o aumento da sensibilidade à insulina e consequente melhoria da utilização de glicose ou as alterações cardiovasculares, que permitem melhorar a capacidade de transporte e consumo de oxigénio. No dia a dia, traduz-se, ainda, num aumento de força e mobilidade e num bem-estar mental com melhores níveis de autoestima. Marco Botelho lembra ainda outro benefício associado à prática do exercício: a promoção da interação social. Este último aspeto tem maior expressão no caso dos homens que tendem a preferir atividades coletivas e com caráter competitivo. “É uma realidade que tende a diluir-se porque, felizmente, as mulheres também aderem cada vez mais à prática de exercício físico em contexto social e competitivo, mas ainda se nota que os homens optam por atividades coletivas em que estão com amigos”, afirma Marco Botelho. Estas escolhas refletem-se igualmente no tipo de lesões sofridas, sendo as lesões traumáticas do tornozelo e do joelho as mais comuns entre os desportistas masculinos.

“Sabemos que cerca de um terço dos adultos são considerados inativos ou, pelo menos, não t m o nível de atividade física ou exercício físico pretendido para uma pessoa saudável”, alerta Marco Botelho, especialista em Medicina Desportiva na Clínica CUF Alvalade e na Clínica CUF Almada. Os dados são especialmente preocupantes quando se sabe que a inatividade é um fator de risco relevante e conhecido para o aparecimento de doenças cardiovasculares, metabólicas (responsável por cerca de um terço dos casos de diabetes mellitus ) e oncológicas (impacto em 25% dos casos de cancro colorretal). Importa distinguir entre atividade física – qualquer movimento que gera disp ndio de energia – e exercício físico, feito de forma programada e com um objetivo definido. Com um papel fundamental na prevenção primária de várias doenças, o exercício tem um caráter transformador do organismo. “Quando fazemos exercício de forma regular dão-se uma série de adaptações fisiológicas que são a forma de o organismo conseguir manter as melhores condições para o seu funcionamento”, explica o especialista, antes de citar a “cascata de processos”

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JOSÉ FERNANDES (4SEE)

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