Todos a trabalhar para o bem comum Em 2022, a Santa Casa da Misericórdia de São João da Madeira decidiu participar na segunda edição do 500 MILES, trabalhando com a equipa de mentores constituída por Vera Duque, Gestora de Recursos Humanos da CUF, e Maria João Antunes, da Fundação Manuel Violante, nos tr s pilares do Programa: diagnóstico, formação e implementação. Apesar de, como revela Vera Duque, na fase do diagnóstico terem constatado que “já havia algum trabalho feito”, as mentoras aperceberam-se de que “havia um conjunto de intenções que estavam paradas e que, com o Programa, voltaram a ser avaliadas e postas em prática”, nomeadamente os descritivos de função de cada colaborador, o sistema de avaliação de desempenho e a comunicação interna e externa. Num segundo momento, ocorreram as ações de formação, envolvendo as pessoas responsáveis pelas várias val ncias da instituição, pois, frisa a mentora da CUF, “sem a colaboração das pessoas, as mudanças não acontecem”. O envolvimento, “deu-se logo desde o início” e foi, por isso, “um fator fundamental no sucesso do Programa”. Vítor Gonçalves reconhece que “nas instituições temos a noção do que temos de fazer, mas é muito mais fácil quando temos alguém de fora que nos motiva e envolve”, como acontece com a mentoria dos colaboradores da CUF e da Fundação. Vera Duque corrobora esta ideia, lembrando que, ao acompanharem de forma efetiva a implementação do plano de ação, os mentores “vão avaliando se as mudanças estão a acontecer, como estão a acontecer, e desbloqueiam alguma dificuldade sentida pelas instituições”. Em termos práticos, segundo o dirigente, o 500 MILES fez com que a instituição começasse por “redefinir a sua missão, incorporando as premissas de acolher, valorizar e cuidar, o que acaba por absorver todas as áreas de intervenção da instituição
sob os princípios do humanismo cristão, pois não podíamos deixar de colocar na nossa missão aquilo que resulta de sermos uma misericórdia”. Foram igualmente concluídos “vários procedimentos de gestão de recursos humanos, entre os quais os documentos onde estão descritas as funções de cada colaborador. Voltaram a olhar para todos os organogramas e fizeram, também, os descritivos de função que entretanto surgiram na organização e não estavam documentados”, lembra Vera Duque. Este foi um passo importante, diz a mentora, para realizar as avaliações de desempenho, processo que foi “redefinido e redesenhado” com a ajuda do 500 MILES, de acordo com os objetivos globais da instituição. Uma das necessidades identificadas no diagnóstico foi a de melhorar a comunicação interna entre as direções técnicas e a gestão de topo. Desta forma, foram criados dois momentos por ano para ambas as partes reunirem. Nestes momentos, cada área de intervenção da Santa Casa da Misericórdia de São João da Madeira tem a oportunidade de apresentar o que conseguiu realizar, com recurso a indicadores de impacto de cada ação concretizada, e dar a conhecer os objetivos a que se propõem alcançar no ano seguinte. Ainda neste âmbito da comunicação interna, sublinha Vítor Gonçalves, foi definido “um projeto de reuniões setoriais mensais com a direção para discussão de problemas, leitura de propostas e afinamento de estratégias de intervenção”. Na primeira quinta-feira de cada m s, uma área setorial reúne com Vítor Gonçalves e, na última quinta-feira, decorre uma ação de formação conjunta e transversal a todas as respostas sociais, cada uma delas organizada por uma diretora técnica. A Santa Casa da Misericórdia de São João da Madeira colocou ainda em prática ações de melhoria da comunicação externa, a começar pela imagem no mundo digital. “Era importante tornar o nosso website mais apelativo e, nesse sentido, foi reformulado”, frisa o dirigente.
FORMAÇÃO EM SAÚDE Todas as instituições que participam no Programa recebem gratuitamente formação em saúde promovida pela CUF Academic Center. Em 2022 foram transmitidas técnicas e conhecimentos na área dos primeiros socorros para atuação e situações de emergência.
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