Revista+Vida 34 |Uma resposta especializada para a sua saúde

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INOVAÇÃO

Para a Enfermeira Diretora, este é um sinal de como a IA não substitui, mas antes complementa o trabalho humano. “Cuidar é a essência do que fazemos e nenhuma máquina o poderá substituir. Mas a IA é uma grande mais-valia. Na Clara encontramos uma aliada que nos permite fazer um melhor trabalho, com base em informação rigorosa e detalhada gerada pelo relatório. Permite-nos prestar melhores cuidados e gerir o tempo de forma mais eficiente”, sublinha. Por todos estes benefícios, a CUF já está a perspetivar a aplicabilidade deste sistema a outras áreas de seguimento clínico que possam, também, beneficiar desta tecnologia. Da esclerose múltipla à TAC cardíaca A Clara é apenas uma de múltiplas aplicações de IA utilizadas na rede CUF. Em 2019, de modo pioneiro em Portugal, a CUF disponibilizou a quantificação de imagem em ressonância magnética aplicada à esclerose múltipla e às demências, através de um algoritmo de IA chamado Icobrain. Esta tecnologia, implusionada na CUF pelo neurorradiolgista Tiago Baptista, atual Coordenador de Imagiologia do Hospital CUF Tejo, permite, em particular, detetar precocemente novas alterações nos doentes com esclerose múltipla, possibilitando um ajuste terapêutico antecipado e, provavelmente, uma melhoria na qualidade de vida. Permite também avaliar as modificações do volume cerebral em doentes com alterações da memória. Outro exemplo são os mais recentes equipamentos de TAC cardíaca do Hospital CUF Santarém e do Hospital CUF Descobertas, únicos em Portugal, que, através da IA, aumentam a qualidade da imagem, permitindo um diagnóstico mais preciso das doenças do coração. Empenhada em desenvolver as sinergias entre a IA e a saúde, a CUF constituiu, na área da Imagiologia, uma equipa especializada e multidisciplinar dedicada à identificação e gestão de novas soluções clínicas que possam contribuir para uma maior qualidade do diagnóstico, prognóstico e tratamento. De acordo com João Abrantes, radiologista no Hospital CUF Porto, esta equipa tem desenvolvido um trabalho de identificação das áreas nas quais a IA pode ser útil e das melhores soluções para cada um destes casos, garantindo também a sua monitorização contínua e a formação dos profissionais que as utilizam. “Queremos ter a certeza de que a segurança dos dados científicos já publicados acerca das soluções que prevemos integrar também se traduz na nossa população específica de doentes. E assegurar que constituem, de facto, uma verdadeira mais-valia para o doente e para as equipas clínicas”, explica João Abrantes.

Vários estudos mostram que a IA está a transformar a área da saúde ao aumentar a precisão e a rapidez dos diagnósticos. SABIA QUE...

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DIANA TINOCO (4SEE)

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