SINAIS DE ALERTA DA ESCOLIOSE
• Assimetria nos ombros e/ou na cintura • Omoplatas salientes • Ancas desniveladas • Dores nas costas (embora menos frequente)
Nuno Alegrete • Coordenador da Unidade de Ortopedia da Criança e do Adolescente do Hospital CUF Porto
Nova técnica cirúrgica desenvolvida no Hospital CUF Descobertas
A equipa de ortopedistas liderada por Jorge Mineiro desenvolveu e implementou uma técnica cirúrgica inovadora para o tratamento da escoliose: Posterior Vertebral Pedicular Tethering , que está agora a ser divulgada em todo o mundo. Através de uma incisão nas costas, as vértebras incluídas na curva são presas através de parafusos e ligadas com uma corda. Desta forma, o crescimento da coluna vertebral é utilizado para corrigir a curvatura de forma progressiva, ao longo dos anos. Esta técnica preserva a mobilidade da coluna e tem um tempo de recuperação mais curto, permitindo que o doente volte à atividade física, sem restrições, em apenas dois meses. “O mais comum é achar-se que a escoliose é fruto de más posturas durante a infância ou do transporte de mochilas escolares. Nenhuma dessas situações está associada ao aparecimento ou à progressão da escoliose”, garante Nuno Alegrete. “Também se acredita que a prática de ballet ou natação são fatores protetores ou tratamentos para a escoliose. Na verdade, nem uma coisa nem outra. Aliás, sobre o ballet , há até estudos que mostraram uma maior prevalência de escoliose em adolescentes praticantes”. Os mitos da escoliose
Tethering (PVPT), que representam um avanço significativo ao nível da terapêutica utilizada para tratar a escoliose. “São alternativas que preservam a mobilidade e o crescimento da coluna, proporcionando uma melhor qualidade de vida”, refere Nuno Alegrete. O médico explica as diferenças entre as técnicas: “o PDDD utiliza uma barra móvel, que incorpora um mecanismo de roquete fixado à coluna vertebral através de parafusos, e faz um auto-alongamento, permitindo uma correção gradual da curvatura. O VBT, realizado através de uma abordagem minimamente invasiva da coluna torácica, por toracoscopia, utiliza um cordão flexível e resistente, que é fixado com parafusos. O cordão é tensionado, aplicando uma força de compressão do lado convexo da curva, o que leva à sua correção”. Não obstante, a escolha do tratamento dependerá sempre da avaliação feita por um especialista diferenciado em Ortopedia Pediátrica e em cirurgia da coluna pediátrica, em articulação com a Medicina Física e Reabilitação. Para o tratamento, pode ser necessária uma abordagem multidisciplinar, integrando especialistas em Anestesiologia, Cirurgia Pediátrica, Pediatria, Radiologia, Neurofisiologia e Psicologia. Para além de equipas diferenciadas, a CUF disponibiliza todos os sistemas para o tratamento cirúrgico da escoliose idiopática do adolescente.
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