Revista+Vida 34 |Uma resposta especializada para a sua saúde

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UMA RESPOSTA ESPECIALIZADA PARA A SUA SAÚDE

Equipa da Unidade de Neurodesenvolvimento do Hospital CUF Santarém (da esquerda para a direita): Sónia Ferreira • Terapeuta da Fala; Sílvia Afonso • Pediatra; Raquel Jerónimo • Psicóloga Clínica; Joana Veríssimo • Psicomotricista

um modo diferenciado, como acontece nas Unidades de Neurodesenvolvimento presentes nos hospitais CUF Descobertas, CUF Santarém e CUF Sintra, que integram profissionais de diferentes áreas, especializados neste tipo de casos. “O seguimento destas crianças é multidisciplinar. Trabalhar em equipa permite- nos saber o que se está a trabalhar com a criança, como é que ela está a progredir, quais as dificuldades que vai sentindo e, assim, otimizar os recursos terapêuticos para cada uma”, revela a pediatra. Muitas destas patologias são crónicas e, à exceção da PHDA, para a qual existe medicação que melhora de forma substancial os sintomas, o acompanhamento é feito apenas através dos vários apoios terapêuticos. Também por isso é necessário que o diagnóstico e o seguimento tenham lugar o mais cedo possível. Sinalizando aos pais os motivos de alerta, “as escolas contribuem bastante, mas é preciso fazer o diagnóstico certo das patologias e de forma precoce. Isto melhora o prognóstico das doenças, evita a acumulação de frustração da criança e permite à escola adaptar a aprendizagem a cada uma. Modifica a vida destas crianças”, garante Sílvia Afonso. Além do mais, a plasticidade neuronal – capacidade do sistema nervoso central se moldar a novas situações – que está presente nos primeiros anos de idade, permite que, com recurso a terapias, a criança possa evoluir de forma mais positiva e recupere de alguns atrasos de desenvolvimento.

frequentes”, admite Sílvia Afonso, pediatra na Unidade de Neurodesenvolvimento do Hospital CUF Santarém. A especialista aponta a Perturbação da Comunicação ou Linguagem como a mais frequente, seguida da Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA), sendo que as dificuldades de aprendizagem (que só podem ser diagnosticadas a partir da idade escolar) e as perturbações do espetro do autismo também são comuns. Para se chegar ao diagnóstico, são necessárias várias consultas e uma avaliação padronizada. “Não conseguimos, através de uma Ressonância Magnética, por exemplo, fazer o diagnóstico de qualquer uma destas doenças. Os diagnósticos são clínicos, feitos pelo médico, com base em critérios clínicos e com o apoio de uma avaliação psicológica, avaliação por terapeuta da fala, por uma psicomotricista ou por uma terapeuta ocupacional, ou seja, por uma equipa multidisciplinar”, explica Sílvia Afonso. O facto de, em alguns casos, haver uma sobreposição de diagnósticos é outro dos desafios colocado por estes problemas e patologias. “Muitas vezes as perturbações do neurodesenvolvimento acontecem em comorbilidade. Uma criança com PHDA pode ter também uma perturbação de linguagem, tal como uma criança com autismo pode ter também PHDA, etc.”, avança a médica. Dada a especificidade destas patologias, dos desafios que colocam e da importância que têm para o desenvolvimento futuro, é importante que o seu seguimento seja feito de

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LUÍS SOUSA (4SEE)

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