com o investimento em respostas tecnológicas como a neuronavegação, o O-arm e a monitorização neurofisiológica intraoperatória. “Hoje é praticamente inaceitável fazer cirurgia cerebral sem neuronavegação”, defende Rui Vaz que, para melhor compreensão, compara a tecnologia às aplicações de navegação usadas pelos automobilistas. “Consigo ver exatamente o sítio onde estou porque tenho essa localização que me permite navegar dentro do cérebro e, com isso, reduzir o atingimento de áreas que quero poupar”, explica. Garantias que também são dadas pelo O-arm , no que toca à cirurgia de coluna. “Se estou a colocar um parafuso dentro de uma vértebra, em vez de o ver apenas no raio-X, agora estou a ver exatamente qual o tamanho de que preciso, onde estou a entrar e o trajeto que estou a seguir. A percentagem de parafusos mal colocada é praticamente de 0%”, enaltece o médico. Já a monitorização neurofisiológica, que pode ser usada tanto na cirurgia cerebral como em cirurgia à coluna, permite avaliar um eventual atingimento do tecido nervoso vizinho durante uma cirurgia. “Se estiver a causar trauma durante a cirurgia, somos avisados. Estamos sempre a falar de evitar morbilidade e dar ao doente a melhor resposta possível”, explica.
Compreender e tratar a doença de Parkinson "Entre as doenças do sistema nervoso central, a doença de Parkinson distingue-se por ser uma doença neurodegenerativa, caracterizada por um agravamento progressivo dos sintomas quer neurológicos, quer relacionados com outros sistemas e órgãos”, explica Fradique Moreira, Coordenador da Unidade de Parkinson e Doenças do Movimento do Hospital CUF Coimbra. Esta doença provoca a degeneração de neurónios numa região específica do cérebro, resultando numa produção insuficiente de dopamina. “A dopamina tem várias funções e uma delas é promover o movimento de forma harmoniosa”, explica o especialista. “O caráter progressivo da doença obriga a um acompanhamento regular”, refere o médico. “O doente com doença de Parkinson, no momento do diagnóstico, evidencia sintomatologia motora, como o tremor de repouso, a lentificação dos movimentos, a rigidez muscular e as alterações da marcha. No entanto, alguns destes doentes podem apresentar sintomas não motores (distúrbios do sono, obstipação, alteração do olfato, alterações de humor, fadiga e dor) até vários anos antes do diagnóstico. Por não serem facilmente reconhecidos como parte da doença, esses mesmos sintomas podem levar o doente a procurar apoio médico não especializado, o que leva frequentemente a investigações e tratamentos desnecessários, comprometendo a qualidade de vida destes doentes desde as fases mais precoces da doença”, esclarece Fradique Moreira. “Esses sintomas, que podem surgir anos antes do diagnóstico, também vão agravando com a progressão da doença e tendem a tornar-se mais incapacitantes do que os próprios UNIDADE DE NEURORREABILITAÇÃO DO HOSPITAL CUF TEJO A cada hora que passa, três portugueses sofrem um AVC que, em mais de 40% dos casos, condiciona algum grau de incapacidade. Coordenada pelo neurologista Alexandre Amaral e Silva, a Unidade de Neurorreabilitação do Hospital CUF Tejo dispõe de uma equipa altamente especializada e de programas de reabilitação pensados à medida de cada doente e do seu cuidador, tendo em vista a recuperação funcional do doente. A equipa presta cuidados em regime de internamento e também a doentes em fase aguda, subaguda e crónica. É composta por médicos de Neurologia, Medicina Interna e Medicina Física e Reabilitação, tendo o apoio de Otorrinolaringologia, Oftalmologia, Urologia e Psiquiatria, assim como de fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e da fala, psicólogos, neuropsicólogos e enfermeiros de reabilitação.
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