Revista+Vida 34 |Uma resposta especializada para a sua saúde

“Com a adoção destas práticas, a segurança do doente não é comprometida, pelo contrário, é aumentada”

Cristina Pestana , Coordenadora de Anestesiologia do Hospital CUF Descobertas

Qualidade e segurança garantidas Substituir os gases anestésicos dos blocos operatórios não só torna os últimos menos poluentes como garante a segurança dos doentes. Com a adoção destas práticas, “a segurança do doente não é comprometida, pelo contrário, é aumentada, pois utilizamos técnicas mais seguras, de acordo com a literatura científica internacional”, garante Cristina Pestana, acrescentando que “foram elaborados protocolos que são utilizados por todos os médicos anestesiologistas do serviço, de forma a tornarmos a nossa prática consistente”. Evidenciando o posicionamento distintivo e inovador da rede CUF, Cristina Pestana conclui que “os resultados conseguidos com a introdução deste projeto só foram possíveis porque somos um prestador de cuidados de saúde que coloca a sustentabilidade como uma prioridade”.

Uma prática clínica mais ecológica Por esta razão, a CUF definiu e implementou um projeto de descarbonização nos blocos operatórios na sua rede hospitalar, assente na substituição do desflurano por sevoflurano, um gás anestésico com uma pegada de carbono significativamente menor. Com este projeto diferenciador, a CUF reforçou o seu compromisso com a sustentabilidade e tornou-se o primeiro prestador privado de saúde em Portugal a implementar esta alteração nos gases anestésicos utilizados nos blocos operatórios. Esta mudança teve início em 2022 e foi alargada à restante rede, com 85% dos hospitais a terem blocos operatórios mais sustentáveis até ao final de 2023. Uma transformação que permitiu alcançar resultados muito positivos, traduzindo-se na redução de 800 toneladas de CO ! emitidas para a atmosfera, o que representou uma diminuição de 46%. Estima-se que, no final de 2024, essa diminuição se situe nos 77%, em comparação com 2022. Além de um impacto direto na pegada carbónica dos blocos operatórios, esta iniciativa gerou mudanças que não se limitam à substituição dos gases anestésicos, explica Cristina Pestana, Coordenadora de Anestesiologia do Hospital CUF Descobertas. A médica tem seguido de perto a implementação deste projeto junto das equipas de Anestesiologia e observado como esta iniciativa tem aumentado a consciencialização ambiental das equipas clínicas, promovendo práticas mais sustentáveis, como o uso eficiente dos recursos. Além da descontinuação do gás desflurano, Cristina Pestana destaca “a otimização de modos ventilatórios e de estratégias anestésicas, bem como a redução de consumíveis e de descartáveis”. No Hospital CUF Descobertas – que realiza mais de 14 mil cirurgias por ano – foi ainda criada uma secção de eco-anestesia, “que se debruça sobre o estudo da sustentabilidade e que zela pela implementação de boas práticas por todos os elementos do serviço”, destaca a anestesiologista.

Consciente de que prestar cuidados de saúde e acompanhar pessoas ao longo da vida envolve também a preocupação com um futuro mais sustentável, a CUF assume um papel ativo na procura de soluções que permitam gerir de forma adequada os recursos naturais. Alia, assim, as boas práticas assistenciais a uma postura ambientalmente responsável.

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