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testemunhos

HISTÓRIAS FELIZES

Conforto essencial à recuperação A hospitalização domiciliária existe na CUF desde 2020 e permite ao doente receber cuidados 24 horas por dia, sete dias por semana, no seu próprio lar. Margarida Alvelos refere mesmo que o conforto é uma das mais-valias da hospitalização domiciliária. O facto de o doente poder ter uma vida quase normal no seu próprio espaço e junto da sua família permite também que a mobilidade não seja prejudicada. “Os doentes, sobretudo os mais idosos, perdem mobilidade e massa muscular no internamento convencional. Em casa, isso não tende a acontecer. Pelo contrário, até a recuperam, e isso ajuda a uma recuperação mais rápida dos restantes problemas que o doente apresenta”, refere. Apesar dos benefícios, algumas famílias mostram relutância em aceitar a hospitalização domiciliária por desconhecerem o serviço. “No início, a família fica ansiosa, porque pensa que o doente não está a ser vigiado, mas passadas 24 horas percebe que o acompanhamento é igual, só que à distância, e fica muito mais tranquila”, conta a médica. Cuidados médicos de proximidade Durante os dias de Hospitalização Domiciliária, Rogério Sá esteve em constante contacto com a equipa clínica. “Tive um problema com o cateter durante a noite. Tinha saído do sítio. Telefonei e rapidamente a enfermeira estava cá em casa”, recorda. “Senti-me sempre acompanhado. Sempre que ligava para a equipa atendiam-me e explicavam-me aquilo que queria saber. A disponibilidade dos enfermeiros e dos médicos foi o que mais me marcou”. Rogério Sá teve ainda uma reação alérgica retardada a um dos antibióticos e foi necessário fazer um ajuste na medicação. “Houve uma descompensação da insuficiência cardíaca, mas a situação foi perfeitamente gerida em casa. Não foi motivo para ir ao hospital”, refere Margarida Alvelos, esclarecendo que “se o doente tiver um agravamento que faça com que a sua permanência no domicílio comprometa a sua segurança, somos nós que propomos o seu retorno ao hospital”. Depois da alta hospitalar, a 29 de maio, Rogério Sá continuou a ser seguido em consulta. Foi submetido a nova endoscopia para a extração do pólipo complexo e desde então mantém-se sob vigilância endoscópica regular. Atualmente, encontra-se assintomático do ponto de vista cardiovascular, estável a nível neurológico e a diabetes mellitus tipo 2 controlada. Agradece pela experiência que viveu enquanto esteve internado em casa, que “foi muito positiva”, garante. “Recomendo mesmo este tipo de internamento, tendo a possibilidade de vir para casa. Para mim, foi muito importante”.

Helder Martins • Enfermeiro, e Margarida Alvelos • Internista da equipa de Hospitalização Domiciliária CUF com Rogério Sá

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ANTÓNIO PEDROSA (4SEE)

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