Os Centros e Unidades Autónomas CUF garantem cuidados de saúde cada vez mais céleres, seguros e inovadores e estão preparados para uma resposta individualizada. Espalhados pelos vários hospitais da rede CUF, refletem a aposta numa abordagem multidisciplinar, especializada e centrada nas necessidades específicas do doente.
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Cancro do rim Novo tratamento para uma recuperação mais rápida
Inteligência Artificial Soluções disruptivas ao serviço da medicina
Reportagem O primeiro ano do Hospital CUF Açores na ilha de São Miguel
Os Centros e as Unidades Autónomas da rede CUF asseguram cuidados de saúde multidisciplinares, centrados nas necessidades de cada pessoa, através da aposta em abordagens inovadoras e equipas diferenciadas Uma resposta especializada para a sua saúde
editorial
O nosso compromisso com a saúde e confiança dos portugueses
A CUF apresentou, em 2023, indicadores de atividade que traduzem a confiança e a responsabilidade que os portugueses depositam em nós. Foram realizados perto de três milhões de consultas, 10 milhões de exames complementares de diagnóstico, 65 mil cirurgias, cerca de 500 mil atendimentos de urgência e mais de quatro mil partos. Estes dados são reflexo de uma procura crescente pelos nossos cuidados de saúde, números que impactam diretamente 12% da população portuguesa e representam um crescimento contínuo, também já visível em 2024. Mas o que leva tantas pessoas a confiar a sua saúde à CUF? Esta confiança não surge por acaso; é o resultado de um compromisso constante com a excelência e com a diferenciação dos cuidados de saúde. Na CUF, procuramos oferecer uma experiência única, uma abordagem que acompanha as famílias em todas as fases da vida, proporcionando cuidados personalizados, de proximidade e de elevada qualidade. A nossa diferenciação assenta num projeto clínico que integra cuidados altamente especializados, com uma resposta abrangente e integrada para cada doente. Este é o nosso principal diferencial e o que nos posiciona como uma referência na saúde em Portugal. Na CUF, olhamos para cada pessoa como um indivíduo único, com necessidades próprias, que merece uma abordagem de saúde igualmente singular. Com esta visão, organizamos equipas multidisciplinares e inovadoras, que trazem para a prática clínica as mais modernas tecnologias, os métodos mais atuais e as melhores práticas, sempre com o objetivo de obter os melhores resultados para os doentes. O modelo de cuidados multidisciplinares que seguimos é um pilar fundamental do nosso projeto clínico. Este trabalho de equipa permite-nos responder com eficácia e humanidade a situações de saúde complexas, oferecendo soluções adaptadas a cada contexto. Para que isso seja possível, a comunicação entre as equipas é essencial, apoiada em interações constantes, em registos integrados e em planos de ação cuidadosa e rigorosamente planeados. Outro aspeto central da nossa missão é o investimento na educação e na autonomia dos doentes. Informamos, capacitamos e incentivamos a adoção de práticas de autocuidado, com foco na prevenção através de intervenções proativas. Acreditamos que a educação em saúde é um dos
Eduardo Mendes Presidente do Conselho Médico da CUF
passos mais importantes para melhorar a qualidade de vida e prevenir doenças a longo prazo.
O caminho que traçamos é o da exigência, da inovação e da presença constante onde e quando é necessário. Esta é a nossa missão e os valores que nos motivam todos os dias a fazer mais e melhor pela saúde dos portugueses. Encontrará nesta edição da revista + Vida exemplos claros disso mesmo.
Boas leituras.
5 Todas as notícias na área da saúde e ainda as novidades da CUF. notícias testemunhos
foco
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Especial Uma resposta especializada para a sua saúde Conheça os Centros e as Unidades Autónomas que permitem que a CUF ofereça cuidados diferenciados e multidisciplinares, desenhados para ir ao encontro das necessidades de cada pessoa.
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saúde
Perfil Rui Marques
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Saiba mais sobre a técnica RSD que permite menor risco de complicações pós-operatórias e uma recuperação mais rápida. Oncologia Tratamento inovador para o cancro do rim
O fundador do projeto A Pitada do Pai recorda o nascimento do seu terceiro filho na CUF e reflete sobre a paternidade.
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57 “Enfraquece os dentes?”; “Dura para sempre?”; “É necessário realizar uma Verdades e Mitos Branqueamento dentário
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Família Como maximizar o seu potencial de saúde
Histórias Felizes Rogério Sá
Conheça o caso do engenheiro e gestor reformado que, aos 83 anos, beneficiou da Hospitalização Domiciliária, recuperando totalmente de uma infeção no coração no conforto do seu lar.
Descubra a importância que manter um estilo de vida saudável e um acompanhamento médico regular têm para a sua saúde e bem-estar.
consulta prévia?” – esclareça estas e outras questões sobre este tratamento. Explique aos mais novos o que precisam para se prepararem para este exame. CUF Kids Ressonância Magnética
16 Reportagem Institucional Descarbonização dos blocos operatórios
48 Fique a conhecer mais sobre a doença que afeta um em cada 30 jovens e os tratamentos inovadores que preservam o crescimento da coluna. 50 Conheça o empenho da CUF em desenvolver sinergias entre a Inteligência Artificial (IA) e a saúde. Inovação IA ao serviço da medicina Infantil Compreender a escoliose
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Com a implementação de um projeto de descarbonização nos blocos operatórios, a CUF conseguiu diminuir o seu impacto ambiental, reforçando o compromisso com a sustentabilidade.
Com quase oito décadas de experiência, a CUF lidera a saúde privada em Portugal com uma rede integrada de 30 hospitais e clínicas. Conselho Editorial: Direção de Comunicação da CUF Edição: Adagietto • R. Centro Cultural, 6A, 1700-107 Lisboa Coordenação: Carolina Bento, Francisco Jacobetty e Juliana Santos Redação: Andreia Vieira, Cláudia Brito Marques, Fátima Mariano, Inês Pereira, Júlia Serrão, Rita Vassal e Susana Torrão Paginação: Joana Mota, Sara da Mata e Tetyana Golodynska Fotografia: António Pedrosa, Diana Tinoco, José Fonseca Fernandes, Luís Catarino, Luís Sousa, Rui Soares, Sérgio Azenha (4SEE), e CUF • Imagens: iStock e Freepik Propriedade: CUF • Av. do Forte, Edifício Suécia, III - 2.º 2790-073 Carnaxide Impressão e acabamento: Lidergraf
18 Reportagem Institucional 1.º ano do Hospital CUF Açores
Recorde o primeiro ano da CUF nos Açores, marcado pelo aumento da acessibilidade a cuidados de saúde diferenciados na região.
conhecimento
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Aprenda mais sobre o conjunto de sintomas que afetam a qualidade de vida de muitas mulheres. Conselhos e Dicas Síndrome Génito-Urinária da Menopausa
Tiragem: 2620 exemplares Depósito legal: 308443/10 Publicação: Novembro de 2024 Distribuição gratuita
56 Tudo o que precisa de saber antes de fazer uma endoscopia ou uma colonoscopia. Descomplicador Exames gastrointestinais
notícias
COOPERAÇÃO COM UNIVERSIDADE DO MINHO Com o objetivo de fomentar a formação médica e a investigação, a CUF e a Universidade do Minho celebraram um Memorando de Entendimento que prevê a promoção de Programas de Doutoramento para médicos do Minho e a cooperação na área do ensino médico e da investigação clínica, através da Escola de Medicina.
CINCO ANOS DEPOIS DO FIM DA PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA DO HOSPITAL DE BRAGA, A CUF REGRESSA À REGIÃO DO MINHO COM UM PROJETO CLÍNICO DIFERENCIADOR QUE PRETENDE COLABORAR DE FORMA PRÓXIMA COM A UNIVERSIDADE DO MINHO E INTEGRAR-SE FORTEMENTE NA COMUNIDADE BRACARENSE. Em 2027, Braga vai receber uma nova unidade hospitalar CUF que irá garantir cuidados especializados e de elevada qualidade clínica à população do Minho, com capacidade de dar resposta a mais de 100 mil doentes por ano. Com um investimento de 45 milhões de euros, o novo hospital, que vai ocupar uma área de 12 mil metros quadrados, estará dotado de equipamentos médicos e tecnologias de diagnóstico e tratamento de última geração. A nova unidade irá contar com um corpo clínico altamente qualificado e em permanente articulação com a rede de hospitais e clínicas da CUF. O regresso da CUF a Braga surge cinco anos depois de terminar a Parceria Público-Privada do Hospital de Braga – considerado o melhor hospital do país pelo Sistema Nacional de Avaliação em Saúde durante vários anos consecutivos – e pretende honrar o legado que a CUF deixou na região ao longo de uma década. Contribuindo, igualmente, de forma ativa para a resposta às questões sociais da região, a CUF integrou, recentemente, o Conselho Local de Ação Social do município de Braga BRAGA VAI RECEBER UMA NOVA UNIDADE HOSPITALAR CUF
HOSPITAL DA CUF EM BRAGA Quando? A abertura está prevista para 2027
Onde?
A localização da unidade será no espaço contíguo ao centro comercial Braga Parque
300 postos de trabalho Dois pisos de atividade assistencial Vasto conjunto de especialidades médico- cirúrgicas e técnicas 40 camas de internamento médico e cirúrgico Unidade de Cuidados Intermédios Três salas de Bloco Operatório Hospital de Dia Oncológico Imagiologia com equipamentos médicos de última geração Atendimento Permanente
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notícias
UNIDADES DE CUIDADOS DE PROXIMIDADE PARA TODA A FAMÍLIA
A CUF dá mais um passo no reforço da sua rede nacional com a criação de unidades de cuidados de proximidade, na sequência do acordo alcançado com a Sociedade Francisco Manuel dos Santos para a aquisição da miMed, uma rede de 13 clínicas localizadas na região da Grande Lisboa, que vão estar disponíveis com a marca CUF no primeiro trimestre de 2025.
CUF FORTALECE PRESENÇA NO NORTE DO PAÍS
JÁ CONHECE A PREVERIS? Garantir a prevenção, saúde e bem-estar dos colaboradores das empresas portuguesas é a missão da Preveris, uma empresa do Grupo CUF. Nasceu da união entre a SAGIES e AtlantiCare, tendo herdado a excelência e elevada expertise das duas empresas. Operadora líder de mercado no setor da saúde ocupacional em Portugal, a Preveris é responsável por servir 25% das 100 maiores empresas que atuam no nosso país.
Resultado da aquisição do Grupo Clínica Médica Arrifana de Sousa (CMAS), as clínicas localizadas em Paredes, Lousada e Marco de Canaveses passam a designar-se Clínica CUF Paredes, Clínica CUF Lousada e Clínica CUF Marco de Canaveses. A integração destas clínicas na rede CUF permite assegurar à população da região do Tâmega e Sousa o acesso a cuidados de saúde de elevada qualidade, com uma resposta diferenciadora e complementar de serviços, sempre em articulação com a rede nacional. Durante os próximos meses de dezembro e janeiro, o processo de integração do CMAS ficará concluído com o hospital e a clínica localizados em Penafiel.
Em 2023, a Preveris realizou: 210 MIL consultas de Medicina no Trabalho
84 MIL exames 16 MIL check-ups
6 | +vida
STARTUPS E PME DESAFIADAS A APRESENTAR SOLUÇÕES INOVADORAS EM SAÚDE
foram convidadas a apresentar projetos na área da Saúde Digital a um painel de 36 membros do consórcio Testbed – ITeCS, guiadas pela ideia “onde o futuro da saúde nasce”. Ao mesmo tempo, puderam reunir-se com parceiros capazes de colaborar no desenvolvimento tecnológico, na testagem e/ou na mentoria necessária à concretização das suas ideias.
Faz parte do ADN da CUF fomentar a inovação em cuidados de saúde e apoiar empresas com ideias disruptivas que farão a diferença no setor. Por isso, o Hospital CUF Porto deu as boas-vindas a startups e Pequenas e Médias Empresas (PME) portuguesas no Born – Encontros de Inovação: 1.º matchmaking Testbed ITeCS. Neste evento, as startups e PME
Esta é a assinatura da mais recente campanha da CUF, que conta a história dos casos desafiantes e inspiradores de Mateus, João e Catarina. Em três pequenos documentários, os protagonistas e as suas famílias contam-nos, lado a lado com os seus médicos, os casos clínicos de elevada complexidade que viveram e que se transformaram em histórias de esperança – reflexo da experiência, inovação e humanização com que as equipas multidisciplinares da rede CUF prestam diariamente cuidados de saúde diferenciados. “MESMO NOS CASOS COMPLICADOS, HÁ RAZÕES PARA ACREDITAR"
PROJETO DA CUF RECONHECIDO INTERNACIONALMENTE
Veja os documentários através deste código QR
O projeto “Centro de Esterilização Hospitalar – um novo paradigma de sustentabilidade hídrica” valeu à CUF uma Menção Honrosa na 9.ª edição dos International Hospital Federation Awards, um dos prémios mais reconhecidos do setor da saúde. O projeto da CUF foi um dos 49 finalistas selecionados entre mais de 500 candidaturas submetidas a concurso e provenientes de 37 países. Com o objetivo de diminuir o desperdício de água em processos de esterilização, este projeto permite poupar 145 mil litros de água por mês e diminuir o consumo deste recurso em cerca de 15%. Desta forma, a Central de Esterilização da CUF poupa agora o equivalente a 100 mil garrafas de água de 1,5 litros todos os meses. Além deste reconhecimento, o Centro de Esterilização da CUF também recebeu este ano a certificação ISO 13485 da SGS Iberia, que atesta a qualidade e competência dos processos de prevenção de infeções hospitalares. Torna-se, assim, o primeiro Centro em Portugal a obter esta certificação.
+vida | 7
notícias
EXCELÊNCIA DAS UNIDADES DE CUIDADOS PALIATIVOS CUF VOLTA A SER DISTINGUIDA As Unidades de Cuidados Paliativos dos hospitais CUF Tejo e CUF Porto foram distinguidas, pela terceira vez consecutiva, como Centros Integrados de Oncologia e Cuidados Paliativos pela Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO), a acreditação mais prestigiante nesta área de cuidados a nível europeu. A distinção confirma que as equipas multidisciplinares destes Centros prestam cuidados altamente diferenciados a doentes com cancro e de acordo com as melhores práticas internacionais.
HOSPITAL CUF TORRES VEDRAS CUIDA DOS ATLETAS DO TORREENSE Nesta época desportiva de 2024-2025, o Sport Clube União Torreense Futebol SAD (SCUT) recebe acompanhamento clínico das equipas altamente especializadas e experientes do Hospital CUF Torres Vedras. Com esta parceria, os jogadores das equipas principais de futebol masculino e feminino do SCUT, assim como os atletas da equipa principal de futsal, beneficiam dos cuidados de saúde oferecidos pelo Hospital CUF Torres Vedras, incluindo serviços de check up completo. EQUIPAS DO HOSPITAL CUF SANTARÉM UNIDAS PELA INCLUSÃO Os colaboradores do Hospital CUF Santarém participaram numa ação de sensibilização para a importância da inclusão de pessoas com deficiência no ambiente de trabalho e na sociedade, na sede da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência Mental (APPACDM) de Santarém. Ao longo do dia, acompanharam os utentes da APPACDM Santarém nas suas atividades, conhecendo de perto os seus desafios e aprendendo sobre as melhores práticas para criar um ambiente inclusivo. Esta iniciativa é apenas uma das muitas atividades promovidas pelo programa de responsabilidade social CUF Inspira.
8 | +vida
CUF ACOLHEU A 1.ª CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE CANCRO DA MAMA NA MULHER JOVEM O número de casos de cancro da mama em mulheres abaixo dos 40 anos está a aumentar. Foi justamente para discutir as causas deste aumento, partilhar avanços emergentes e procurar respostas para os desafios sentidos por estas mulheres que a CUF acolheu a primeira edição da International Conference on Young Women’s Breast Cancer and Health, promovida pela Breast Cancer in Young Women Foundation. O evento destacou-se pela discussão além-fronteiras, com a presença de especialistas conceituados em várias disciplinas, incluindo investigadores, oncologistas, cirurgiões, patologistas, economistas, especialistas em saúde pública, epidemiologistas e, também, representantes de associações de doentes, sobreviventes e familiares.
“WE SHARE KNOWLEDGE, WE SHARE HOPE” Quando falamos de cancro, o conhecimento é o primeiro passo para a prevenção. Por isso, a CUF convidou todas as mulheres jovens a juntarem-se ao movimento “We Share Knowledge, We Share Hope” para a partilha de histórias, esperança e força. Porque cada mulher merece um futuro saudável.
Conheça histórias de superação através deste código QR
SERVIÇO DE IMAGIOLOGIA RECEBE ACREDITAÇÃO EUROPEIA
A Associação Europeia de Imagiologia Cardiovascular (EACVI) reconhece a qualidade clínica e tecnológica do serviço de Imagiologia do Hospital CUF Tejo, atestando-o como referência na realização de ressonância magnética cardíaca, com especialização em ressonância magnética com stress . Com esta certificação, o Hospital CUF Tejo passou a integrar a rede de laboratórios da EACVI, que pertence à Sociedade Europeia de Cardiologia, integrando projetos educativos, científicos e de investigação, numa partilha de conhecimento essencial para oferecer cuidados diários ainda mais diferenciados e especializados às pessoas com doenças cardiovasculares.
+vida | 9
testemunhos
PERFIL
Rui Marques “Sentimos um cuidado extremo com a mãe e o bebé”
Nasceu em Évora, em 1985. Tem três filhos: o Lourenço (9 anos), o Francisco (5 anos), e o Sebastião (4 meses). BI
Criou A Pitada do Pai em 2016 e hoje partilha receitas fáceis, saudáveis e económicas com milhares de famílias portuguesas.
Publicou cinco livros, sendo o mais recente Como Fazer Quase Tudo na Air Fryer (2024).
10 | +vida
Em entrevista à + Vida, o fundador e cara do projeto A Pitada do Pai partilha como foi o nascimento do seu terceiro filho, Sebastião, no Hospital CUF Descobertas e quais os ingredientes para uma vida saudável. O Rui tem três filhos e todos nasceram na CUF. Porque escolheram a CUF para o acompanhamento das três gravidezes? Procurámos uma entidade com proximidade, com qualidade e que nos desse segurança, especialmente no início de uma primeira viagem. Então escolhemos a CUF e a Dra. Cristina Lino Horgan por recomendação da prima da minha mulher, que também estava a ser seguida pela Dra. Cristina. Para a segunda e terceira gravidezes, continuámos esse acompanhamento. Pelo meio, aconteceram duas perdas gestacionais e tudo foi acompanhado e resolvido com grande profissionalismo pela equipa da CUF e pela Dra. Cristina, com quem temos uma grande amizade. O nascimento do Sebastião exigiu algum cuidado específico quando comparado ao dos irmãos? Foi necessário um acompanhamento médico e uma vigilância um pouco diferentes pela idade da minha mulher, que tem 36 anos. Seguimos os cuidados protocolares necessários relativamente a uma gravidez depois dos 35 anos: o ecocardiograma do bebé e todos os rastreios necessários. Felizmente, correu tudo bem. Recordando as suas experiências com os profissionais que vos acompanharam na maternidade do Hospital CUF Descobertas até ao nascimento do Sebastião, há algum momento que guarda especialmente na memória? Há vários. O primeiro foi quando, na cesariana, dei a mão à minha mulher, vi nos olhos dela que estava nervosa, porque era a primeira cesariana, e consegui acalmá-la, em conjunto com a equipa. Recordo também todas as vezes em que [os profissionais de saúde] nos reconheceram na sala de partos e no recobro e nos disseram que recriaram uma das nossas receitas. O seu projeto A Pitada do Pai foca-se muito na família e na parentalidade. Como vê a evolução do papel do pai? Felizmente, os direitos das mulheres e dos homens estão cada vez mais próximos, o que leva o pai a assumir outra responsabilidade. Mas temos ainda um longo caminho a percorrer, porque o pai é transferido da família para o trabalho muito cedo. O papel do pai é essencial e complementar ao da mãe. Nos primeiros meses de vida, quando a mãe está a amamentar, a natureza da relação entre bebé e mãe é de alimentação, de sobrevivência, o que põe o pai um pouco de parte, mas ele tem de estar presente para o que for necessário.
Na CUF, sentiram-se devidamente acompanhados na gravidez e pós-parto? Totalmente. Houve sempre uma enorme abertura por parte da equipa para fazermos perguntas e expormos dúvidas. Sentimos um cuidado extremo com a mãe e o bebé. Recorda-se de alguma dúvida em particular que tenha esclarecido com os profissionais da maternidade? Sim. Quando dava banho aos meus filhos mais velhos [em bebés] e os virava de barriga para baixo para os molhar, eu deixava-os beber água. E a minha mulher dizia: “já engasgaste o miúdo outra vez!”. [Quando o Sebastião nasceu], ensinaram-me a colocar o dedo em forma de pinça na zona do ombro, um truque para o virar e segurar.
Uma das missões d’ A Pitada do Pai é criar receitas saudáveis para as famílias portuguesas. O que o incentivou a criar este projeto? Ser pai. Criei o projeto quando o meu filho mais velho começou a fazer introdução alimentar. O objetivo foi fomentar uma alimentação saudável e evitar que o meu filho tivesse excesso de peso, como eu. Acima de tudo, quis descomplicar a vida das famílias portuguesas. Os pratos lindos, de chefs , são fantásticos para comer cinco dias por ano, mas nos restantes temos de comer em casa e temos de alimentar famílias, dar-lhes uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes e também poupar tempo e dinheiro. Na sua opinião, qual é a ‘receita’ para uma vida saudável e feliz em família? Comer um bocadinho de tudo e aproveitar cada momento. Na vida, como na família, temos de ter o nosso sal e pimenta, não nos pode faltar uma pitada. Viver cada dia, aproveitar cada coisa, ter os pés bem assentes na terra e fazer tudo com amor.
+vida | 11
testemunhos
HISTÓRIAS FELIZES
Durante a Hospitalização Domiciliária “senti-me sempre acompanhado” Uma infeção no coração levou ao internamento de Rogério Sá, mas não num hospital. Todos os cuidados necessários foram assegurados pela equipa da Unidade de Hospitalização Domiciliária da CUF no conforto do seu lar, junto da família. “Foi muito importante para mim”, descreve o octogenário.
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ANTÓNIO PEDROSA (4SEE)
U ma febre que durou quase duas semanas levou Rogério Sá ao Hospital CUF Porto, em abril de 2023. Como a causa do problema de saúde não era clara, Margarida Alvelos, especialista de Medicina Interna no Hospital CUF Porto e Coordenadora dos Serviços Domiciliários CUF nas regiões Norte e Centro, decidiu pelo seu internamento para a realização de exames. Uma semana depois, chegava o diagnóstico de uma infeção da camada interior do coração – uma endocardite infeciosa – provocada por uma bactéria. “Em três dias, fizeram-me seis ou sete exames até descobrirem que tinha a bactéria no coração. Não desistiram. Estava em risco a minha vida”, recorda o antigo engenheiro mecânico e gestor de 83 anos. A identificação de uma bactéria muitas vezes associada ao cancro colorretal obrigou à realização de uma colonoscopia, que desvendou a presença de vários pólipos no cólon. Um deles revelou-se uma lesão complexa que só poderia ser removida depois de combatida a infeção. O caso tornava-se ainda mais complexo dadas as comorbilidades do doente
– diabetes mellitus tipo 2, doenças cardíacas, neurológicas e hematológicas – e o facto de ser polimedicado. O internamento assumia-se como o caminho a seguir, mas a Rogério Sá não o esperava a assistência num hospital, mas na sua própria casa. Esteve seis semanas em Hospitalização Domiciliária, com um acompanhamento médico idêntico ao internamento convencional. Mesmo nunca tendo ouvido falar em hospitalização domiciliária, assim que Margarida Alvelos lhe explicou no que consistia, Rogério Sá não hesitou em aceitar a sugestão da médica e começou o internamento em casa a 17 de abril. “Esclareceram-me bem qual era o tratamento e confiei. Estar em casa não é o mesmo que estar num hospital. Ter o meu computador, a minha televisão, a minha música, os meus livros, poder fazer tudo... A nossa casa é a nossa casa”, refere o engenheiro mecânico e gestor reformado. “Em casa, o tratamento foi mais prático e senti-me muito calmo. As noites no hospital tendem a ser complicadas para mim. Em casa, dormia perfeitamente”.
Helder Martins • Enfermeiro, e Margarida Alvelos • Internista da equipa de Hospitalização Domiciliária CUF com Rogério Sá
+vida | 13
ANTÓNIO PEDROSA (4SEE)
testemunhos
HISTÓRIAS FELIZES
Conforto essencial à recuperação A hospitalização domiciliária existe na CUF desde 2020 e permite ao doente receber cuidados 24 horas por dia, sete dias por semana, no seu próprio lar. Margarida Alvelos refere mesmo que o conforto é uma das mais-valias da hospitalização domiciliária. O facto de o doente poder ter uma vida quase normal no seu próprio espaço e junto da sua família permite também que a mobilidade não seja prejudicada. “Os doentes, sobretudo os mais idosos, perdem mobilidade e massa muscular no internamento convencional. Em casa, isso não tende a acontecer. Pelo contrário, até a recuperam, e isso ajuda a uma recuperação mais rápida dos restantes problemas que o doente apresenta”, refere. Apesar dos benefícios, algumas famílias mostram relutância em aceitar a hospitalização domiciliária por desconhecerem o serviço. “No início, a família fica ansiosa, porque pensa que o doente não está a ser vigiado, mas passadas 24 horas percebe que o acompanhamento é igual, só que à distância, e fica muito mais tranquila”, conta a médica. Cuidados médicos de proximidade Durante os dias de Hospitalização Domiciliária, Rogério Sá esteve em constante contacto com a equipa clínica. “Tive um problema com o cateter durante a noite. Tinha saído do sítio. Telefonei e rapidamente a enfermeira estava cá em casa”, recorda. “Senti-me sempre acompanhado. Sempre que ligava para a equipa atendiam-me e explicavam-me aquilo que queria saber. A disponibilidade dos enfermeiros e dos médicos foi o que mais me marcou”. Rogério Sá teve ainda uma reação alérgica retardada a um dos antibióticos e foi necessário fazer um ajuste na medicação. “Houve uma descompensação da insuficiência cardíaca, mas a situação foi perfeitamente gerida em casa. Não foi motivo para ir ao hospital”, refere Margarida Alvelos, esclarecendo que “se o doente tiver um agravamento que faça com que a sua permanência no domicílio comprometa a sua segurança, somos nós que propomos o seu retorno ao hospital”. Depois da alta hospitalar, a 29 de maio, Rogério Sá continuou a ser seguido em consulta. Foi submetido a nova endoscopia para a extração do pólipo complexo e desde então mantém-se sob vigilância endoscópica regular. Atualmente, encontra-se assintomático do ponto de vista cardiovascular, estável a nível neurológico e a diabetes mellitus tipo 2 controlada. Agradece pela experiência que viveu enquanto esteve internado em casa, que “foi muito positiva”, garante. “Recomendo mesmo este tipo de internamento, tendo a possibilidade de vir para casa. Para mim, foi muito importante”.
Helder Martins • Enfermeiro, e Margarida Alvelos • Internista da equipa de Hospitalização Domiciliária CUF com Rogério Sá
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ANTÓNIO PEDROSA (4SEE)
SABIA QUE?
UNIDADE DE HOSPITALIZAÇÃO DOMICILIÁRIA CUF
1500
Projeto pioneiro no setor privado em Portugal, a Unidade de Hospitalização Domiciliária CUF vem responder a uma procura crescente por cuidados médicos de proximidade. Com a mesma qualidade e segurança clínicas proporcionadas no internamento convencional, a Hospitalização Domiciliária permite ao doente recuperar no conforto do seu lar, junto da família e amigos. Todos os dias de manhã, o doente é visitado em casa por um médico de Medicina Interna e um enfermeiro. À tarde, recebe um telefonema do enfermeiro de serviço para saber se há alguma dúvida ou alteração do estado de saúde. O doente tem ainda à sua disposição um contacto telefónico direto com o hospital que o acompanha e acesso 24 horas por dia, sete dias por semana, a uma equipa clínica pronta a deslocar-se a casa sempre que se justifique. Em caso de agravamento da condição clínica, o doente é encaminhado para o internamento no hospital. CADA VEZ EM MAIS CASAS Inaugurada em junho de 2020, a Unidade de Hospitalização Domiciliária abrangia inicialmente as áreas de influência dos hospitais CUF Tejo e CUF Descobertas, ambos em Lisboa. Em outubro do mesmo ano, o serviço foi alargado a toda a Grande Lisboa e, em 2023, passou também a estar disponível no Grande Porto, Margem Sul do Tejo, Torres Vedras e ilha de São Miguel, no arquipélago dos Açores. Mais recentemente, a 16 de setembro de 2024, a CUF criou a primeira Unidade de Hospitalização Domiciliária dedicada a doentes Paliativos, uma resposta pioneira no setor da saúde em Portugal. A par da Hospitalização Domiciliária, existem ainda os Cuidados Domiciliários. De acordo com Margarida Alvelos, especialista em Medicina Interna no Hospital CUF Porto e Coordenadora dos Serviços Domiciliários CUF nas regiões Norte e Centro, os Cuidados Domiciliários “podem incluir consultas médicas de várias especialidades, consultas de Enfermagem, serviços de reabilitação, colheita de sangue, realização de pensos, prestação de serviços auxiliares para acompanhamento do doente por um período curto de horas ou 24 horas por dia, conforme o que a família necessitar, e ainda alguns exames auxiliares de diagnóstico em casa”, exemplifica.
doentes já estiveram internados neste regime
15000
corresponde ao número aproximado de dias de internamento já realizados pela Unidade de Hospitalização Domiciliária CUF
95%
é o nível de satisfação dos doentes
+vida | 15
testemunhos
REPORTAGEM
A CUF tem a ambição de ser uma referência em sustentabilidade ambiental, avaliando o impacto da sua atividade e assumindo um papel ativo na implementação de práticas que contribuem para um futuro mais sustentável. Um exemplo é o projeto de descarbonização nos blocos operatórios que aplicou na sua rede hospitalar. Os resultados tanto beneficiam o ambiente como garantem a segurança dos doentes. S abia que o setor da saúde contribui com quase 5% das emissões globais de gases com efeito de estufa? Nos hospitais, os blocos operatórios são uma das principais fontes de poluição, gerando 70% dos resíduos e emitindo até seis vezes mais CO ! do que as restantes áreas do hospital. Uma das razões que contribuem para esta pegada ecológica significativa são os gases anestésicos, utilizados para anestesiar os doentes nas cirurgias. Entre os anestésicos mais utilizados está o gás desflurano, um dos maiores poluentes. Blocos operatórios mais sustentáveis com projeto de descarbonização
Ao substituir os gases anestésicos, a CUF:
Reduziu 1.650 toneladas de emissões de CO₂ em 2024 Estima uma diminuição de 77% de emissões em 2024, face a 2022
O equivalente a evitar 16.800 viagens de automóvel a diesel entre a Albufeira e Braga
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“Com a adoção destas práticas, a segurança do doente não é comprometida, pelo contrário, é aumentada”
Cristina Pestana , Coordenadora de Anestesiologia do Hospital CUF Descobertas
Qualidade e segurança garantidas Substituir os gases anestésicos dos blocos operatórios não só torna os últimos menos poluentes como garante a segurança dos doentes. Com a adoção destas práticas, “a segurança do doente não é comprometida, pelo contrário, é aumentada, pois utilizamos técnicas mais seguras, de acordo com a literatura científica internacional”, garante Cristina Pestana, acrescentando que “foram elaborados protocolos que são utilizados por todos os médicos anestesiologistas do serviço, de forma a tornarmos a nossa prática consistente”. Evidenciando o posicionamento distintivo e inovador da rede CUF, Cristina Pestana conclui que “os resultados conseguidos com a introdução deste projeto só foram possíveis porque somos um prestador de cuidados de saúde que coloca a sustentabilidade como uma prioridade”.
Uma prática clínica mais ecológica Por esta razão, a CUF definiu e implementou um projeto de descarbonização nos blocos operatórios na sua rede hospitalar, assente na substituição do desflurano por sevoflurano, um gás anestésico com uma pegada de carbono significativamente menor. Com este projeto diferenciador, a CUF reforçou o seu compromisso com a sustentabilidade e tornou-se o primeiro prestador privado de saúde em Portugal a implementar esta alteração nos gases anestésicos utilizados nos blocos operatórios. Esta mudança teve início em 2022 e foi alargada à restante rede, com 85% dos hospitais a terem blocos operatórios mais sustentáveis até ao final de 2023. Uma transformação que permitiu alcançar resultados muito positivos, traduzindo-se na redução de 800 toneladas de CO ! emitidas para a atmosfera, o que representou uma diminuição de 46%. Estima-se que, no final de 2024, essa diminuição se situe nos 77%, em comparação com 2022. Além de um impacto direto na pegada carbónica dos blocos operatórios, esta iniciativa gerou mudanças que não se limitam à substituição dos gases anestésicos, explica Cristina Pestana, Coordenadora de Anestesiologia do Hospital CUF Descobertas. A médica tem seguido de perto a implementação deste projeto junto das equipas de Anestesiologia e observado como esta iniciativa tem aumentado a consciencialização ambiental das equipas clínicas, promovendo práticas mais sustentáveis, como o uso eficiente dos recursos. Além da descontinuação do gás desflurano, Cristina Pestana destaca “a otimização de modos ventilatórios e de estratégias anestésicas, bem como a redução de consumíveis e de descartáveis”. No Hospital CUF Descobertas – que realiza mais de 14 mil cirurgias por ano – foi ainda criada uma secção de eco-anestesia, “que se debruça sobre o estudo da sustentabilidade e que zela pela implementação de boas práticas por todos os elementos do serviço”, destaca a anestesiologista.
Consciente de que prestar cuidados de saúde e acompanhar pessoas ao longo da vida envolve também a preocupação com um futuro mais sustentável, a CUF assume um papel ativo na procura de soluções que permitam gerir de forma adequada os recursos naturais. Alia, assim, as boas práticas assistenciais a uma postura ambientalmente responsável.
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REPORTAGEM
A CUF chegou aos Açores há um ano e o balanço não poderia ser mais positivo. A acessibilidade a cuidados de saúde diferenciados na região aumentou, com a garantia de uma qualidade clínica distintiva. Em paralelo, a CUF colocou-se ao serviço da comunidade, assumindo-se como parceiro social. H á cerca de um ano, a população dos Açores passou a beneficiar de um reforço da oferta de cuidados de saúde diferenciados e de maior abrangência, num compromisso assumido pela CUF, que chegou à região através da aquisição do Hospital Internacional dos Açores (HIA), localizado na cidade de Lagoa, na ilha de São Miguel. Desde então tem vindo a robustecer não apenas a acessibilidade a cuidados de saúde de qualidade, como também a apoiar a comunidade em momentos cruciais. CUF está ao serviço dos Açores há um ano
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UM HOSPITAL COMPROMETIDO COM A COMUNIDADE
Inevitavelmente o ano ficou marcado pelo incêndio que deflagrou no Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, em maio, deixando a instituição inoperacional. “Embora com apenas alguns meses de funcionamento, desde o primeiro momento, de forma proativa, o Hospital CUF Açores colocou ao serviço dos que necessitavam de cuidados de saúde as soluções e respostas mais ajustadas”, recorda Isabel Cássio. “Tivemos de nos reinventar, uma vez que houve necessidade de envolver todas as equipas da CUF, numa articulação permanente com o HDES, a Direção Regional de Saúde e a Unidade de Saúde da Ilha de São Miguel e a Segurança Social dos Açores, para garantir uma resposta estruturada”, diz Giovanni Nigra. “Tivemos de ter a capacidade de fazer uma boa integração dos colaboradores do Hospital do Divino Espírito Santo – foi quase como fazer uma segunda integração – sem perder a nossa identidade, o nosso foco e a nossa forma de trabalhar”, sustenta. O Diretor do hospital refere ainda que o apoio tem sido dado em toda a linha, incluindo cuidados de Urgência, Neonatologia, Cuidados Intensivos e Cirurgias, “garantindo de forma eficaz a manutenção dos cuidados de saúde à população”. Apesar deste enorme desafio, “os profissionais do hospital demonstraram um extraordinário esforço e dedicação, destacando-se pela capacidade de adaptação e compromisso com os doentes e com a excelência nos cuidados de saúde”, reconhece Isabel Cássio. Ao longo de todo o ano, muitas outras iniciativas foram levadas a cabo junto da comunidade, já que a dimensão da Responsabilidade Social é também de grande relevância para a CUF. Giovanni Nigra destaca que o Hospital CUF Açores “tem vindo a afirmar a sua ligação à comunidade e às entidades do setor social dos Açores, com o objetivo de contribuir para a criação de impactos positivos e sustentáveis”. Recorda que “juntaram-se à equipa três estagiários da Associação de Promoção de Públicos Jovens, focada em jovens com dificuldades de integração, que mantiveram a colaboração no final do estágio”. Outras atividades incluem a participação em ações de voluntariado, a realização de ações de diagnóstico precoce nas escolas e a dinamização do programa Miles, no qual participam quatro instituições sociais da ilha de São Miguel no âmbito de uma parceria com a Fundação Manuel Violante, para a capacitação em gestão.
Giovanni Nigra • Diretor do Hospital CUF Açores
Um ano de grandes conquistas “Muito positivo” é o balanço que o Diretor do Hospital CUF Açores, Giovanni Nigra, faz do primeiro ano de atividade do primeiro hospital da rede CUF no arquipélago dos Açores. Desde logo porque, ao longo deste ano, “foi possível robustecer significativamente a oferta e capacidade de resposta”. Entre outras medidas que permitiram responder às necessidades da população, “o Hospital CUF Açores alargou horários de consultas, reforçou as equipas clínicas, nomeadamente de Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Ortopedia, Gastro, Imagiologia e Medicina Dentária, e, também, fortaleceu a área de Cuidados Intensivos”, partilha Giovanni Nigra. Pretendendo gerar valor e oferecer novos serviços à região, contribuindo para o seu desenvolvimento, o Hospital CUF Açores disponibilizou novas áreas de cuidados. “Neste ano, foi criada a Unidade da Coluna, que conta com uma equipa
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de especialistas em Ortopedia e Neurocirurgia com experiência no seguimento destas patologias, nomeadamente no tratamento cirúrgico minimamente invasivo. Demos também início a um projeto pioneiro no arquipélago com a criação da primeira Unidade de Hospitalização Domiciliária da Região Autónoma dos Açores, que permite o internamento no conforto da casa do doente”. Foi ainda assinado um protocolo com o Governo Regional dos Açores para a realização de Cirurgias Cardíacas no Hospital CUF Açores, o que “evita a deslocação de doentes até ao continente para este tipo de procedimento”, assinala o Diretor do hospital. Além de todo este reforço de acessibilidade, o facto de o hospital estar integrado na rede CUF contribuiu para alterar o paradigma da prestação de cuidados de saúde na região: “agora a população dos Açores tem acesso a uma resposta complementar de serviços que só é possível porque a CUF articula a oferta de cuidados de saúde numa rede com 30 hospitais e clínicas, com perto de oito décadas de experiência”. Giovanni Nigra garante que “esta gestão integrada, acima de tudo, traduz-se numa maior confiança e segurança para a população”. Um hospital para os Açores (e não só) Quem também faz um balanço positivo do primeiro ano de atividade é Isabel Cássio, Diretora Clínica do Hospital CUF Açores, destacando que “esta recente unidade hospitalar disponibiliza à população profissionais de saúde altamente diferenciados e equipamentos médicos de vanguarda, que permitem uma resposta especializada, através de abordagens inovadoras e multidisciplinares, tanto nas perspetivas do diagnóstico e prevenção, como do tratamento médico e cirúrgico”. “Foi um ano de adaptação, com integração de colaboradores, de novos processos de trabalho e novas orientações, sempre com foco na qualidade e segurança dos doentes e profissionais. Melhorámos todos os dias, beneficiando da inclusão na rede CUF. Portanto, o balanço foi positivo e vai ser cada vez melhor”, garante. Para esta visão otimista do futuro, muito contribuem os vários projetos em desenvolvimento. Um deles é partilhado por Isabel Cássio, que já era Diretora Clínica do HIA. “Queremos que o Hospital CUF Açores seja mesmo um hospital dos Açores e não apenas um hospital de São Miguel. Temos cada vez mais pessoas das outras ilhas a procurarem os nossos cuidados”, aponta. A intenção é estender a todo o arquipélago o contentamento que já é sentido e relatado por quem procura o Hospital CUF Açores: “a população recebeu com imensa expectativa e satisfação a chegada da CUF aos Açores, até porque muitas famílias já eram acompanhadas na CUF no continente. Acharam que a proximidade seria uma mais-valia, como
Isabel Cássio • Diretora Clínica do Hospital CUF Açores
O QUE É POSSÍVEL ENCONTRAR NO HOSPITAL CUF AÇORES?
Mais de 550 profissionais de saúde
43 especialidades médico-cirúrgicas
Mais de 90 camas de internamento
50 gabinetes de consultas, exames ou tratamento
Quatro salas de bloco operatório
Unidade de Cuidados Intensivos
Imagiologia e Exames Especiais
Atendimento Permanente
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1.º ANO DE ATIVIDADE DO HOSPITAL CUF AÇORES
numa fusão de experiência e de talento”. “É o resultado de aliarmos os já quase 80 anos da CUF ao espírito empreendedor e também à desenvoltura das equipas do HIA”, conclui. A satisfação dos colaboradores por integrarem o universo CUF é notória nas equipas. Como refere Mariana Sousa, são muitos os benefícios e vantagens que a CUF garante aos colaboradores, nomeadamente o acesso à CUF Academic Center, área da CUF dedicada à formação, ensino, investigação e simulação em saúde, “que abriu um leque de possibilidades para estes profissionais obterem certificação e diferenciação”, assim como a perspetiva de mobilidade e recrutamento interno. Por outro lado, o facto de a CUF ser uma Empresa Familiarmente Responsável é uma garantia “de valorização da conciliação das responsabilidades profissionais com a vida familiar”. Além disso, Mariana Sousa destaca as iniciativas de responsabilidade social corporativa do programa CUF Inspira, que integra medidas de apoio aos colaboradores, que vão desde a disponibilização de consultas de Psicologia à atribuição de bolsas de estudo, distribuição de cabazes escolares e apoio para formação.
Cerca de 22 mil episódios de urgência
Mais de 2200 cirurgias
Mais de 75 mil consultas
Mais de 47 mil exames de imagiologia
tem sido. No global, as pessoas comentam estarem satisfeitas não só com o aumento da oferta, mas também com a qualidade dos cuidados”. Mas não são só os habitantes do arquipélago dos Açores que recorrem ao hospital. Como Isabel Cássio destaca, a CUF foi muito procurada no verão por emigrantes “que aproveitaram a vinda de férias aos Açores para usufruir dos cuidados diferenciados da CUF”. Por outro lado, salienta o “apoio que o hospital dá aos turistas que viajam nos cruzeiros que param na ilha de São Miguel. Este é o primeiro local que encontram na rota Europa-América para receber cuidados de saúde”. Integração do principal ativo: as pessoas Para que a prestação de serviços no Hospital CUF Açores seja de elevada qualidade, importa acima de tudo destacar quem a garante: as pessoas. E estas são consideradas, nas palavras da Gestora de Recursos Humanos do Hospital CUF Açores, Mariana Sousa, “o principal ativo da CUF”. Como tal, quando chegou ao HIA, a CUF procurou manter “as mesmas equipas e os mesmos colaboradores”. “Ao chegar cá, a CUF encontrou infraestruturas recentes e uma equipa com quase 500 pessoas comprometidas com a qualidade dos cuidados prestados, que tinham muito orgulho e carinho pelo projeto do HIA. Contudo mostraram-se muito recetivas face às possibilidades que a CUF lhes poderia proporcionar, nomeadamente em termos de carreira e de desenvolvimento pessoal”, afirma Mariana Sousa, acrescentando que o processo de integração permitiu a “todos aprenderem,
Mariana Sousa • Gestora de Recursos Humanos do Hospital CUF Açores
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