Revista + Vida 33 | Cuidados diferenciados transformam vidas

Causas

MIGUEL AMARO Coordenador de Oftalmologia no Hospital CUF Torres Vedras e oftalmologista nos hospitais CUF Tejo, CUF Açores, CUF Santarém e na Clínica CUF Mafra

• Envelhecimento • Acidentes • Má formação do embrião • Doenças genéticas • Outras doenças, como diabetes, glaucoma ou infeções oculares

Cuide da sua visão

Fatores de risco

Não existem medicamentos que previnem a catarata ocular, pelo que os comportamentos individuais são fundamentais para atrasar o surgimento da doença e preservar a saúde geral dos olhos. Deixar de fumar, seguir uma alimentação saudável, usar óculos de sol e chapéus de abas largas são escolhas que, embora aparentem ser pequenas, têm um grande impacto no bem-estar da sua visão a longo prazo. Se trabalhar, por exemplo, numa indústria, na construção civil, ou caso pratique desportos como o padel, não se esqueça de utilizar óculos de proteção, de modo a evitar traumatismos. A par destas medidas, é fundamental assegurar uma vigilância regular da saúde dos seus olhos, junto do seu oftalmologista.

• Tabagismo • Consumo de álcool • Exposição prolongada e desprotegida aos raios ultravioleta • Maus hábitos alimentares Sintomas • Diminuição gradual da visão ao perto e ao longe • Dificuldade em distinguir cores • Ver halos à volta das luzes • Redução da visão noturna • Visão dupla • Necessidade mais frequente de mudar a graduação dos óculos

O que esperar do tratamento?

A única forma de tratar a doença definitivamente é através de uma cirurgia que remove a catarata. O cristalino também é retirado e substituído por uma lente intraocular transparente, que devolve a visão nítida ao doente. Normalmente, este procedimento é feito com a pessoa acordada, recorrendo a anestesia local. No caso de existir uma catarata bilateral, é primeiro operado o olho que tem a pior visão e o segundo olho é intervencionado, habitualmente, uma a duas semanas depois. Embora seja uma operação rápida e segura, a recuperação envolve alguns cuidados. Deve evitar ler, caminhar, ver televisão e olhar para o ecrã do telemóvel no dia da cirurgia. Nos últimos anos, o tratamento tem evoluído significativamente, tornando-se cada vez menos invasivo e com um risco de complicações muito reduzido. Atualmente, além da remoção da catarata, é possível, na mesma cirurgia, corrigir erros refrativos, como a miopia, o astigmatismo, a hipermetropia e a presbiopia.

PUPILA

ÍRIS

CRISTALINO

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