Revista + Vida 33 | Cuidados diferenciados transformam vidas

saúde

ONCOLOGIA

“Temos de ter confiança nos médicos e pensar que a nossa saúde está acima de tudo” FÁTIMA MAGRIÇO

de apetite. Se o cancro estiver situado “na zona superior do pâncreas, junto à via biliar, pode contrair essa região e causar icterícia, dando um tom amarelado à pele do doente”, explica Emanuel Vigia. Sobre o cancro do fígado, Ana Raimundo refere que “o mais importante é fazer uma vigilância nas pessoas com fatores de risco ou que têm uma doença hepática crónica, já que é este processo inflamatório persistente que pode favorecer o desenvolvimento da doença” e volta a sublinhar a importância de um diagnóstico em fases iniciais. “O diagnóstico precoce está associado a um melhor controlo da doença e também a uma maior sobrevivência, por isso é fundamental estar atento e não adiar a visita ao médico assistente”. A importância da “medicina de precisão” Na Unidade de Fígado, Vias Biliares e Pâncreas, o seguimento do doente é pautado pela individualização do plano terapêutico porque, como frisa Emanuel Vigia, “é certo que tratamos doenças, mas o importante, sobretudo, é tratarmos os doentes. A medicina de precisão é, verdadeiramente, a decisão individualizada para aquele doente em particular”. As decisões para cada caso clínico que chega à unidade são tomadas em reuniões multidisciplinares, nas quais participam as especialidades envolvidas no diagnóstico, tratamento e seguimento de cada caso, desde a Oncologia, Gastrenterologia, Cirurgia Geral e Imagiologia à Nutrição e Psicologia. Nas palavras de Ana Raimundo, “tratar estes tumores não é muito fácil, porque são doenças complexas que não podem ser tratadas apenas por uma especialidade”. É por esse motivo que “é preciso uma equipa multidisciplinar, com especialistas de diversas áreas e especialmente dedicados a estas doenças”, pois a experiência dos profissionais é fundamental para um acompanhamento segundo as normas de orientação nacionais e internacionais mais atualizadas.

PRINCIPAIS FATORES DE RISCO... ... para o cancro do fígado: • Doença hepática crónica decorrente do consumo excessivo de álcool • Infeção por hepatite B ou C • Antecedentes familiares • Obesidade • Diabetes mellitus

... para o cancro do pâncreas: • Hábitos alimentares

• Obesidade • Tabagismo

• Inatividade física • Diabetes mellitus • Antecedentes familiares

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PEDRO MARTINS (4SEE)

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