Revista + Vida 33 | Cuidados diferenciados transformam vidas

O Hospital CUF Tejo é o único hospital privado do país que disponibiliza ECMO

Ivan Gomes Bravio • Coordenador de Cirurgia Torácica do Hospital CUF Tejo

Vinham duas vezes por semana: fazíamos todos aqueles exercícios de respiração e começámos a ir para a escada do prédio e, progressivamente, subir e descer uns quantos degraus, até que chegámos ao ponto de subir e descer dois lanços de seguida”, recorda João Ramos. Pouco a pouco, ganhou autonomia e somou pequenas vitórias, até chegar ao dia em que conseguiu sair do prédio e ir até ao jardim próximo, a 50 metros. “Foi uma aventura! E quando lá cheguei disse: ‘não saio daqui o resto da tarde, porque eu tenho de respirar!’. Além do cansaço, era a falta de oxigénio. Mas, a partir daí, todos os dias havia pequenas vitórias”, diz. Um ano após o seu internamento, já retomou a vida normal, faz exercício e apenas tem cuidado em se resguardar, para evitar infeções respiratórias. Na memória guarda muitos profissionais com quem se cruzou. “Aquela equipa é fantástica, desde os médicos, equipa de Enfermagem e auxiliares. São profissionais com uma predisposição e uma dedicação às pessoas de facto extraordinárias. E essa disponibilidade conta muito para a recuperação”.

sido colocado em ECMO. “O doente teve uma pneumonia grave que lhe provocou não só uma falência respiratória, como um choque séptico. Quando as pessoas têm estas pneumonias graves, muitas vezes fazem um derrame pleural, acumulam líquido fora do pulmão que, por sua vez, também infeta”, revela Ivan Gomes Bravio. Se não for tratada, esta situação vai prolongar o estado de infeção, mesmo sob a ação de antibióticos. A cirurgia – uma descorticação por toracoscopia – vai libertar o pulmão e limpar as várias bolsas de líquido, pus e sangue que se acumularam. Este é um procedimento que está disponível nos hospitais CUF Porto, CUF Tejo e CUF Descobertas. “A CUF tem uma grande área de abrangência e está articulada em rede, através da qual o doente é referenciado para o hospital onde existe a especialidade”, garante Ivan Gomes Bravio. A remoção do foco de infeção permitiu que João continuasse a recuperar ainda durante o internamento. Depois da alta, o tratamento continuou em casa, onde era acompanhado por uma Equipa de Enfermagem de Reabilitação Domiciliária. “Ainda fiz cinesioterapia, reabilitação respiratória, durante mais um mês ou mês e meio. Foi uma ajuda fantástica.

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JOSÉ FERNANDES (4SEE)

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