pré-operatório é, de alguma forma, um dos responsáveis por esta evolução fantástica que a senhora teve depois da operação”, assegura o cirurgião. Hoje, Herminda é acompanhada na Consulta de Insuficiência Cardíaca por Margarida Alvelos, especialista em Medicina Interna no Hospital CUF Porto, que atribui a boa recuperação da doente ao resultado da cirurgia e ao momento em que esta foi realizada. “Nestas situações, quando se ultrapassa o momento ideal, a recuperação já não é tão boa. Estes doentes por vezes são difíceis de identificar na altura certa. Ao contrário de Herminda, que foi tratada no momento em que já estava com sintomas, mas em que ainda era possível a recuperação”, afirma a médica. Nos últimos anos, tem sido Margarida Alvelos a otimizar a terapêutica e a gerir as várias comorbilidades e possíveis complicações que por vezes aparecem associadas à insuficiência cardíaca, como a insuficiência renal ou a diabetes. O facto de haver uma consulta especialmente dedicada à insuficiência cardíaca tem muitas vantagens, defende a médica. “São equipas mais preparadas para vigiar e orientar estes doentes, tanto por terem maior experiência graças ao maior número de doentes que acompanham, como por serem mais dedicadas e acompanharem melhor as recomendações internacionais e os ensaios clínicos recentes. Só isso faz toda a diferença”, diz. A isto junta-se a aposta na individualização dos cuidados e as consultas frequentes que permitem identificar descompensações de forma precoce e, desta forma, evitar internamentos.
"Uma equipa muito diferenciada tem a verdadeira capacidade de antever e prevenir complicações”
Adelino Leite Moreira
Equipa multidisciplinar envolvida no caso de Herminda Alves
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ANTÓNIO PEDROSA (4SEE)
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