Revista + Vida 33 | Cuidados diferenciados transformam vidas

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AS VIDAS QUE A CUF TRANSFORMA

obrigados a acertar tudo à primeira. Aqui foi tudo feito de uma maneira calculada, com um planeamento prévio”, assume o especialista. Uma postura que traz maior tranquilidade aos doentes, como recorda Herminda Alves. “Na véspera o Professor disse-me que tinha estado a estudar o meu caso afincadamente e eu respondi: ‘se esteve a pensar nisso, confio plenamente. Vai correr tudo bem’”, conta. Uma cirurgia com este nível de complexidade exige cuidados intensivos com profissionais muito diferenciados, refere Adelino Leite Moreira. “Em Cuidados Intensivos e em Cirurgia Cardíaca, mais do que tratar complicações, devemos preveni-las. E uma equipa muito diferenciada tem a verdadeira pedra de toque na capacidade de antever e prevenir complicações”, defende o cirurgião, que lembra que este nível de diferenciação é extensível à equipa de Enfermagem. “Outro fator que faz a diferença na CUF é a possibilidade de ter acesso a qualquer especialidade de que necessite. Felizmente não foi o caso, mas o facto de termos essa segurança e de podermos recorrer imediatamente em caso de necessidade faz toda a diferença”, assegura o cirurgião cardíaco. E mesmo nos casos como o de Herminda Alves, em que tudo corre bem na cirurgia, são sempre necessários cuidados muito próximos no período pós-operatório, nomeadamente para evitar a descompensação respiratória. “Conseguimos que a doente acordasse por si mesma no final da cirurgia e que tivesse alta hospitalar 12 dias após

Adelino Leite Moreira • Coordenador de Cirurgia Cardíaca no Hospital CUF Porto

a intervenção com um grau de autonomia muito significativo”, afirma o médico, destacando o papel da equipa de Fisioterapia e Reabilitação na recuperação da doente. “Um aspeto muito gratificante é que, três anos depois da cirurgia, a senhora está completamente assintomática. Faz a sua vida, recentemente fez uma viagem turística sob condições meteorológicas adversas e era ela que estava a incentivar todos a prosseguir”, celebra o cirurgião. Quem partilha da mesma opinião é a filha de Herminda Alves: “a minha mãe teve uma segunda vida! Num plano inclinado, que ninguém se apercebia que estava inclinado, ela já tinha dificuldade em subir. Agora sobe escadas e faz todos os dias cinco a sete quilómetros em Braga”, conta. “Fiquei muito bem”, confirma Herminda, que destaca a simpatia de toda a equipa médica e o sucesso da cirurgia como os pontos fortes do acompanhamento que o seu caso mereceu. O especialista garante ainda que Herminda tem hoje uma esperança de vida em tudo idêntica à de qualquer pessoa saudável da mesma idade, o que não invalida que não continue a ser acompanhada. Logo após a cirurgia, manteve consultas com Adelino Leite Moreira durante alguns meses. E no pré e pós-operatório foi seguida de perto nas consultas de Medicina Interna de modo a chegar à cirurgia o mais equilibrada possível. “Esse equilíbrio

Cirurgia Cardíaca

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ANTÓNIO PEDROSA (4SEE)

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