Revista + Vida 33 | Cuidados diferenciados transformam vidas

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AS VIDAS QUE A CUF TRANSFORMA

"Numa criança não queremos só que ela recupere. Queremos que tenha um desenvolvimento normal até à idade adulta” as crianças necessitam de ser sedadas ou mesmo anestesiadas quando realizam uma ressonância, não só pelo tempo de imobilização, mas também pelo barulho intenso que o aparelho e interpretação das imagens. Além de realizar a ressonância de crânio, a equipa tomou a iniciativa de estudar também a medula espinal, de maneira a evitar que Mateus tivesse de regressar para fazer outro exame e despistar a presença de outras lesões. Estes são exames desafiantes de realizar em crianças tão pequenas, explica Lia Neto. “É necessário estar completamente imóvel durante cerca de 30-45 minutos. Na sua maioria,

faz e que pode deixar a criança mais nervosa”, explica a especialista, que sublinha a necessidade de este exame ser feito a nível hospitalar, com um local dedicado no recobro. Como Mateus estava muito prostrado, com a ajuda de alguma medicação administrada pelo pediatra, “conseguiu fazer o exame”. Mas tão importante como a “colaboração” do doente é o trabalho conjunto entre equipas. “Inicialmente, é o pediatra quem orienta o processo de diagnóstico. Fomos levantando hipóteses para as quais fomos precisando não só de exames como de especialistas em diferentes áreas”, revela Hugo de Castro Faria, que recorda o papel da Ortopedia Pediátrica, da Medicina Nuclear, da Neurologia Pediátrica, da Neurofisiologia e da Neurorradiologia no processo de pesquisa e diagnóstico de Mateus. “Os exames de Neurorradiologia necessitam de uma boa informação clínica e de ter o maior número de dados possível, por parte do médico assistente, para propor um diagnóstico que faça sentido. A comunicação é fundamental e isso é algo que funciona muito bem na CUF”, acrescenta, por seu turno, Lia Neto, que destaca ainda o papel do técnico superior de Radiologia, dos enfermeiros, assistentes operacionais e administrativos, “que facilitaram toda a organização daquela manhã, dada a urgência do caso do Mateus”. “A abordagem multidisciplinar é sempre importante. Cada contributo é um complemento e vários especialistas trazem

Hugo de Castro Faria

Equipa multidisciplinar envolvida no caso de Mateus Murtinheira Araújo

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DIANA TINOCO (4SEE)

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