Revista + Vida 33 | Cuidados diferenciados transformam vidas

Pedro Ferro e João Mota da Costa , Ortopedista e Cirurgião Plástico da Unidade do Punho e Mão do Centro de Ortopedia e Traumatologia do Hospital CUF Descobertas

A quela sexta-feira, 5 de novembro de 2021, jamais sairá da memória do pianista Pedro Ferro, de 44 anos. Na sequência de um acidente de viação “bastante aparatoso”, quando se deslocava para a Escola Superior de Música de Lisboa, sofreu uma fratura complexa no punho direito que poderia obrigá-lo a abandonar a sua grande paixão: tocar piano. “No princípio, não me apercebi de que tinha algo de muito grave na mão. Ao fazer os exames é que se detetou que tinha várias lesões no punho. O médico aconselhou-me a consultar um especialista o quanto antes. Aí é que me apercebi de que isto poderia ser algo complicado”, recorda o professor na Escola Superior de Música de Lisboa e no Instituto Gregoriano de Lisboa. Este tomar de consciência da seriedade do seu problema de saúde e do impacto que este poderia ter no seu futuro profissional assustou-o. “Precisamente por ser pianista, isto tornou-se algo bastante dramático para mim”, diz Pedro Ferro, neto e filho de músicos e apaixonado pelo piano desde criança. Dada a gravidade do ferimento, o pianista decidiu consultar de imediato João Mota da Costa, ortopedista e cirurgião plástico da Unidade do Punho e Mão do Centro de Ortopedia e Traumatologia do Hospital CUF Descobertas, em Lisboa,

que já o acompanhava há algum tempo, devido às lesões frequentes no pulso resultantes do exercício da sua profissão. Na primeira consulta, João Mota da Costa confirmou os maiores receios do pianista. “Tinha uma fratura no escafoide, uma rotura entre o escafoide e o semilunar e também na cartilagem triangular que liga o rádio ao cúbito”, explica o médico, referindo que este tipo de trauma é “frequente, principalmente em acidentes de mota e desportivos”. Após realizar uma TAC e uma ressonância magnética, Pedro Ferro voltou à consulta com o ortopedista. Tendo em conta a complexidade do ferimento, a cirurgia era o único tratamento possível. “Não dava para fazer só imobilização”, justifica João Mota da Costa. A intervenção cirúrgica realizou-se na semana seguinte e a celeridade do processo foi crucial para evitar o agravamento do estado de saúde do artista. “Foi tudo muito rápido. O Dr. Mota da Costa e a CUF foram incríveis. Foram muito rápidos. Estava num estado de nervos muito grande e toda a gente me ajudou. Foram impecáveis”, sublinha o pianista. O facto de poder ter de desistir daquilo que sempre quis fazer deixou Pedro Ferro num estado de grande angústia e ansiedade. “No início, tive inclusivamente acompanhamento psicológico”, assume o pianista, que nunca se imaginou a fazer algo que não fosse tocar piano: “É o que eu adoro fazer”.

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JOSÉ FERNANDES (4SEE)

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