Revista + Vida 27 | A saúde em primeiro plano

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Não existe saúde sem saúde oral Valorizar a saúde oral é essencial para uma visão mais completa do estado geral de saúde de cada pessoa. Descubra porquê. Q uer manter uma saúde de ferro? O primeiro passo pode muito bem ser uma avaliação à sua saúde

décadas, foi demonstrada a associação entre a periodontite (doença que afeta as gengivas e os tecidos que suportam o dente) e outras patologias que não se julgavam relacionadas, como doenças cardiovasculares, diabetes e partos prematuros. “A plausibilidade biológica que explica esta relação está suportada, fundamentalmente, em dois mecanismos: por um lado, a presença de bactérias leva a que algumas passem para a corrente sanguínea e, por outro, as substâncias produzidas por essas mesmas bactérias e pelo processo inflamatório têm influência nos diferentes órgãos”, explica. “Mais recentemente, a investigação científica também evidenciou a relação entre periodontite e artrite reumatoide, doença de Alzheimer e cancro, principalmente colorretal e pancreático.”

OS NÚMEROS DA SAÚDE ORAL DOS PORTUGUESES 96,2% afirmam escovar os dentes com frequência 29,8% têm a dentição completa (excluindo dentes do siso) 55,5% com falta de dentes naturais não têm dentes de substituição 32,7% nunca visitam o dentista ou apenas o fazem numa urgência 37,4% nunca marcam consulta para check-up dentário FONTE: BARÓMETRO DA SAÚDE ORAL 2019 (ORDEM DOS MÉDICOS DENTISTAS)

oral. Até porque, como refere Susana Noronha, Coordenadora Clínica de Medicina Dentária na CUF, “longe vão os tempos em que a medicina dentária era considerada uma área distante das outras especialidades médicas”. Hoje, é cada vez mais universal a convicção de que uma abordagem holística de saúde não está completa sem considerar a saúde oral. Várias razões podem ser apontadas para esta evolução na perceção geral. De acordo com a especialista, “o conhecimento científico e o desenvolvimento tecnológico têm contribuído para o entendimento da relação entre as diferentes patologias da cavidade oral e outras doenças sistémicas”. Basta pensar que, nas últimas

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