Revista + Vida 29 | Saúde Mental

Qual é a prevalência da insuficiência tricúspide? A insuficiência tricúspide é bastante frequente na população geral, já que, nos seus estadios mais ligeiros, pode atingir 85% da população. Neste grau, é considerada benigna. Por outro lado, quando avança para estadios mais graves, pode atingir 5% das mulheres com mais de 70 anos ou 1,5% dos homens com mais de 70 anos. Quais são os principais sintomas? Nas fases iniciais, normalmente a insuficiência tricúspide não gera sintomas, sendo apenas diagnosticada quando a pessoa faz uma avaliação por outro motivo de saúde. Já em estadios moderados ou graves, podem surgir sintomas associados ao aumento ou congestionamento 3 PERGUNTAS A... RÚBEN RAMOS Cardiologista de Intervenção no Hospital CUF Tejo

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do fluxo sanguíneo do lado direito, nomeadamente pernas inchadas, cansaço, falta de ar, dificuldade em respirar, falta de apetite, emagrecimento, aumento do volume abdominal e alterações do trânsito intestinal. O tratamento passa sempre pela substituição da válvula? Nem sempre. A terapêutica mais comum é com fármacos, nomeadamente os diuréticos, que expulsam todo o excesso de líquido que se vai amontoando no abdómen, intestinos e membros inferiores. Contudo, os fármacos têm um teto terapêutico e de tolerabilidade a partir do qual os efeitos secundários poderão ultrapassar os benefícios – e é aí que surge a intervenção cirúrgica ou por cateterismo.

O que é a insuficiência tricúspide?

De acordo com Rúben Ramos, a válvula tricúspide tem a função de “controlar o fluxo entre a aurícula direita e o ventrículo direito, que são as câmaras cardíacas do lado direito do coração”, fazendo com que o sangue se mova numa só direção. Porém, quando a válvula não funciona bem, a circulação sanguínea é afetada, dando origem à designada insuficiência tricúspide, que pode ter vários graus de gravidade. Nos estadios moderados a graves, implica tratamento.

Assista a um vídeo sobre a intervenção cirúrgica através deste código QR.

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