testemunhos
HISTÓRIAS FELIZES
Diagnóstico rápido e tratamento eficaz
As potenciais causas da síndrome da apneia obstrutiva do sono são diversas, sendo uma das mais comuns a obesidade, uma vez que a gordura depositada à volta do perímetro do pescoço faz uma maior compressão no diâmetro da faringe. “Há estudos que indicam que, perdendo 20 quilos quando há um índice de massa corporal superior a 30 kg/m 2 , o índice de apneia-hipopneia (IAH) pode diminuir em 50%. Ou seja, o doente pode passar de uma apneia grave para uma apneia ligeira”, exemplifica Pedro Miguel Cebola. No caso de Pedro Correia, os exames médicos concluíram que a sua condição resultava da existência de um palato mole extenso, o que criava um obstáculo à passagem do ar, provocando-lhe a roncopatia e as apneias obstrutivas do sono. O diagnóstico surpreendeu-o. Embora já tivesse ouvido falar em apneia do sono, associava a doença apenas a pessoas com problemas cardíacos ou obesas. “Felizmente, não tenho nenhum desses problemas. Mas ainda bem que foi isto e não outra doença mais grave”, refere. Na apneia obstrutiva do sono moderada a grave, o tratamento de primeira linha recomendado é conhecido como CPAP. Trata-se de um ventilador de pressão positiva contínua da via aérea que o doente tem de utilizar sempre que dorme, mesmo em sestas breves. Por outro lado, se a apneia for ligeira ou moderada e não existir outra doença associada, poderá ser prescrito um dispositivo de avanço mandibular (DAM). Este é um dispositivo intraoral removível que promove o avanço da mandíbula, língua e/ou outras estruturas de suporte das vias aéreas superiores, ou seja, este dispositivo aumenta o espaço para a passagem do ar ao nível da faringe. Foi a opção terapêutica apresentada a Pedro Correia. Entre a primeira consulta no Centro de Medicina do Sono do Hospital CUF Tejo e o dia em que o técnico comercial começou a utilizar o DAM passou apenas um mês e meio, um período de tempo curto que se deveu, em grande parte, ao facto de ter sido observado pelos vários especialistas num único espaço. “Se uma pessoa pode ter todos os serviços centralizados num determinado ponto, é claro que isso é uma mais-valia. Sem dúvida! E, para mim, todos os médicos foram cinco estrelas. Não tenho razão de queixa absolutamente nenhuma”, afirma Pedro Correia. O Médico Dentista Pedro Miguel Cebola sublinha que o foco na abordagem multidisciplinar resulta numa “taxa de eficácia superior” no tratamento da doença e confere mais confiança ao doente. “Há um tratamento individualizado.
Pedro Miguel Cebola • Médico Dentista no Centro de Medicina do Sono do Hospital CUF Tejo
Reunimos sempre em equipa multidisciplinar para discutir o que é melhor para cada pessoa”, explica. Pedro Correia confessa que, inicialmente, causou-lhe alguma estranheza adormecer com o aparelho. “Nos dois primeiros dias, senti algum desconforto. Não estava habituado. No entanto, hoje em dia, para mim, é algo perfeitamente natural”, garante. “É um aparelho pequeno. Mesmo que vá em viagem, é muito fácil de transportar.” Pedro Miguel Cebola explica que o período de adaptação habitual é de uma semana, embora os doentes possam notar melhorias logo desde o primeiro dia de uso. No caso de Pedro Correia, o Médico Dentista refere que a sua situação está perfeitamente estabilizada: “Repetimos o exame do sono passado um mês, com o dispositivo colocado, e observámos que a abordagem terapêutica foi eficaz. Atualmente, repetimos este exame anualmente para termos a certeza de que o sucesso terapêutico se mantém estável.” Desde que utiliza o DAM, Pedro Correia nunca mais ressonou nem acordou com falta de ar. “Felizmente, agora consigo ter boas noites de sono”, afirma, aliviado.
Cerca de das pessoas que ressonam têm apneia obstrutiva do sono 80%
A síndrome da apneia obstrutiva do sono afeta entre da população adulta, em especial homens acima dos 40 anos, mulheres pós-menopausa e crianças 9 e 24%
SABIA QUE...
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